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sábado, 1 de dezembro de 2018

RÊVE CAFÈ


 


Um dos endereços, de Santa Margherita Ligure, que frequento com assiduidade é o “Rêve Cafè”.
 

O “Rêve” (Sonho, em francês) é tocado por Matteo e um ajudante de cozinha
 

Matteo, nos dias de semana, é proprietário, garçom, cozinheiro, sommelier....
 
 
 
 

Nos finais de semana, quando o movimento aperta, Matteo se exila na cozinha enquanto um casal de garçons se encarrega da sala.

O ambiente aconchegante, simples, mas refinado, poucas mesas, ótima cozinha e a sábia carta de vinhos, motivos mais que suficientes que me “obrigaram” a eleger o ”Rêve Cafè” meu restaurante predileto em Santa Margherita.
 

O “Rêve Cafè” não é somente restaurante.....

Das 11,30 às 12,30 e das 18,30 às 20 horas o “Rêve” é um concorrido wine-bar onde os moradores do bairro se encontram, faça sol, chuva, neve, tempestade etc., para o sagrado aperitivo antes do almoço e jantar.

E dá-lhe vinho….
 

O cardápio do “Rêve” não é muito extenso, mas os pratos são preparados com raro cuidado e maestria.
 

Não perder as “Alici Impannate” (alici à milanesa), “Cappun Magro” (prato típico não traduzível), “Ricciola com Mandorle” (peixe com amêndoas) e o sensacional “Cous-Cous” preparado com frutos do mar..... Soberbo.
 

Com a chegada do frio, Matteo mudou sensivelmente o cardápio e introduziu pratos mais calóricos.

“Encontrei uma ótima carne de “Fassone” e se você quiser, na sexta feira posso lhe servir um belo prato de carne crua”.
 

Fassone é uma raça piemontesa que produz uma carne muito tenra e quase sem gordura (menos de 3%).

A “Salada de Carne Crua de Fassone” “battuta al coltello” (triturada com faca), receita típica do Piemonte é, quando bem preparada, um prato sensacional.
 

 A salada de carne crua, por sinal, é uma das minhas especialidades” culinárias e que preparo em 5 diferentes versões.

Matteo continuou...

“Recebi, também, algumas coxas de ganso de Mortara e se você quiser posso preparar como prato principal.”.

Para quem não sabe, Mortara é a capital dos gansos na Itália e lá são criados milhares de aves para abastecer os restaurantes regionais.

Reservei a mesa, pedi para levar um vinho e pontualmente às 20 horas, daquela sexta feira, iniciava o jantar bebendo a primeira taça de Pigato “Marenè” da vinícola BioVio.
 

A carne crua cortada com a ponta da faca, perfeita.

Apenas um pouco de ótimo azeite lígure, alho e uma pitada de sal.

A coxa de ganso de Mortara, temperada e cozida com maestria, desmanchava na boca.
 

O vinho que, gentilmente, Matteo permitiu que levasse para acompanhar o ganso?

O Pigato “Marenè” e o tinto da Borgonha?

Depois eu conto......

Bacco   

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