Há anos não bebia um Chateauneuf-du-Pape branco.
Os tintos da Côte-du-Rhône, mais conhecidos e reconhecidos,
são mais fáceis de encontrar: o enófilo brasileiro, apesar dos tropicalíssimos 35º,
teima em consumir tintos “quanto mais alcoólicos e encorpados, melhor.
Eno-idiotice pura!
Brancos, das denominações Hermitage e Chateauneuf-du-Pape,
além de raramente encontráveis, custam verdadeiras fortunas.
Uma pequena informação: Na
promoção da Mistral, o Hermitage branco vai de R$ 690 até 2.470 e na Grand Cru
um branco, Chateauneuf-du-Pape, não sai por menos de R$ 470.
As promoções da Mistral, além dos preços hiperbólicos, não
garantem a integridade dos vinhos e os brancos, da liquidação, muitas vezes já
estão ladeiras abaixo.
Em um final de semana, visitando parentes em Belo Horizonte,
foi aberta, em minha homenagem, uma grande seleção de ótimas garrafas.
Para retribuir, em
parte, o tsunami de vinho que bebi, resolvi presentear os anfitriões com uma
garrafa de prestígio.
Em um supermercado, da capital mineira, encontrei uma enoteca
que nada deve às melhores europeias.
Ótima variedade, etiquetas de inúmeros países, renomados produtores….
Uma beleza.
Percorri com calma as prateleiras e resolvi comprar uma
garrafa (deveria ter comprado todas) de Chateauneuf-du-Pape Blanc 2014 do produtor “Xavier Vignon”,
de quem nunca ouvi falar, por razoáveis R$ 220.00.
Que vinho!
O vinho da Côte-du-Rhône não possui a elegância dos grandes Puligny-Montrachet, mas a cor, os aromas, a estrutura e a assombrosa
permanência na boca, são de tirar o chapéu.
O Chateauneuf-du-Pape
de Xavier Vignon surpreende e confirma, mais uma vez, que a França, dos
brancos, está anos luz à frente do restante do mundo.
Os preços exagerados, a dificuldade de encontrar e comprar
vinhos dos pequenos produtores, estão me convencendo a “esquecer” um pouco a
Borgonha e visitar novas regiões francesas.
Há anos “esqueci” a Côte-du-Rhône, mas ao degustar o Chateauneuf-du-Pape Blanc do Vignon, decidi que preciso
retornar à região.
Grande vinho, ótimo preço.
Bacco
Onde comprou? Foi no supermercado Verde Mar!? Abcos
ResponderExcluirConcordo. Frances branco eh uma diliça. Muita coisa espetacular a precos ainda palataveis. Alias, nao sejamos excluidores nessa nova era de amor e democracia: pela europa toda ha brancos do kct. Uma pena que nao sejam mais presentes nas enotecas e afins.
ResponderExcluirSds, peste.
Não sabia que Chateauneuf-du-Pape é um Côte-du-Rhône. Não seria um cru, a primeira AOC da França?
ResponderExcluirNão é um cru é uma denominação . Há o tinto e o branco, assim como muitos outros vinhos
ExcluirBacco,
ResponderExcluirno ano passado, provei, em Avignon, um Châteauneuf-du-Pape branco do produtor Pierre Usseglio, bem interessante. recomendo bastante, assim como recomendo a enoteca em que o bebi (Le Vin Devant Soi), onde também provei um Crozes-Hermitage branco, do produtor David Reynaud, melhor que qualquer tinto da mesma denominação.