Facebook


Pesquisar no blog

quarta-feira, 23 de março de 2022

VINHO PARA 14 NEURÔNIOS

 

Constato, infelizmente, que o número de idiotas no mundo aumenta, rapidamente, sem trégua e os parvos já são a maioria da humanidade.

Estima-se que sejam 800 milhões os analfabetos no planeta, mas se adicionarmos os analfabetos-funcionais o número mais que dobra.

Para que se tenha uma ideia, do que 1,6 bilhões de iletrados representam, bastaria lembrar que a população mundial, em 1920, era composta por 1,9 bilhões de indivíduos, ou seja, quase o mesmo número de analfabetos e semianalfabetos existentes em 2022.


14 NEURÔNIOS

Livros? Nem pensar.

Teatros? Credo….

Informação, diversão, passatempo, cultura?  Instagram

Música? Bem, na música a vitória é da mediocridade total e irreversível.

O brasileiro trocou Ary Barroso, Tom Jobim, Cartola, Noel Rosa, Dorival Caymmi, Dolores Duran, Milton Nascimento, Elis Regina, Gal Costa etc., por Pablo Vittar, Jojo Todynho, Wesley Safadão, Valesca Popozuda, Xamã ….

Funk e sertanejo, duas banalidades musicais, podem ser assimiladas, compreendidas, digeridas e consumidos até por aqueles que possuem, apenas, 14 neurônios

Qualquer imbecil consegue entender as repetitivas e primarias cantilenas sertanejas: “..... não vivo sem você - minha vida está perdida –não me deixe - volta pra mim...”.

Se alguém acredita que, culturalmente, alcançamos o fundo do poço, lembro que é sempre possível piorar: Mediocridade não tem limite.

Alguém perguntará: “B&B quer, agora, ser crítico musical? ”

Não, mas o setor vinícola brasileiro aposta na mediocridade para conquistar, definitivamente, os enoloides “14 neurônios” que curtem Wesley Safadão, Anitta, Kevinho, Valesca Popozuda etc.

A mediocridade nunca anda sozinha.

Uma prova?

Há alguns meses acompanhei uma discussão, no Facebook, onde centenas de enoloides comentavam e elogiavam o quase-vinho “Pérgola”.

Quando um quase-vinho, como o Pérgola (há muitos outros), invade as redes sócias e atrai centenas de comentários, vão para o ralo as últimas esperanças de que um dia o Brasil seja considerado um produtor sério.

Quem bebe Pérgola adora Wesley Safadão & Cia.... é a vitória da mediocridade vinícola e musical.

OS DIVULGADORES

O Brasil é o paraíso dos quase-vinhos e dos quase-sommeliers.

Já notaram o impressionante número de “mestres do vinho” que assaltam as redes opinando, comentado, indicando, guiando degustações, harmonizando, ministrando cursos etc.?

Qualquer cara de pau, que tenha bebido 12 garrafas e frequentado um curso picareta, já se considera apto e pronto para “encinar” o que não sabe.

As “vinícolas” nacionais, que teimam produzir porcaria com “labruscas”, recrutam verdadeiros exércitos de influenciadores, postadores e Youtubers, para divulgar suas eno-obscenidades.

Há inúmeros vídeos, de you-bostubers, exaltando a qualidade dos quase-vinhos nacionais, mas escolhi apenas dois links que representam perfeitamente os “14 Neurônios Wesley Safadão”.

https://www.youtube.com/watch?v=RbfMguQe5nA

https://www.youtube.com/watch?v=I-wEoZHhk1w

Não é surpresa, então, que os “14 neurônios” tenham conseguido confirmar, mais uma vez, o “Pérgola” como vinho mais vendido do Brasil.

O pessoal do Wesley Safadão merece engolir Pérgola, Quinta, do Morgado, Chalise, Sangue de Boi, Cantina da Serra, Dom Bosco, Colina, Canção e outras tremendas-bostas que, impunemente, invadem as prateleiras dos supermercados.

Resultado: O Brasil, do vinho, bebe mal e bebe caro.

Há, também, o pessoal “22 Neurônios” que ouve Wesley Safadão e acredita   estar curtindo Frank Sinatra.


São os “22 Neurônio” hipnotizados pelos Mandrakes do vinho nacional.

Quem são .... Na próxima matéria revelarei.

 Dionísio

quinta-feira, 17 de março de 2022

A ABS CONTINUA A MESMA 2

 


Como previsto o GD 109 ABS (RJ) reagiu e contestou a matéria “ABS CONTINUA A MESMA”.

Educadamente, diga-se, mas sem convencer.

O monitor, do GD 109, afirma que um dos membros e com o próprio dinheiro, comprou os vinhos em “.... uma visita a nova e interessante região”.

É preciso lembrar que “....a nova e interessante região” não é tão nova assim e produz vinhos desde 2008.

A ABS continua sendo a rainha do atraso.

A explicação da “…improbabilidade de se fazer boas colheita de inverno” parece press release da “Predadores Associados da Serra”.

Nem uma palavra, todavia, sobre os preços absurdos praticados pelos produtores da Serra da Mantiqueira.

Criticar?

Nem pensar!

Críticas podem fechar portas e secar taças......


B&B adora pesquisas e lá fomos verificar quantos R$ seriam necessários para implantar um vinhedo e produzir vinho Syrah em Espírito Santo dos Pinhais.

CUSTO VINHEDO PREDADORES MANTIQUEIRA

1 hectare de terras agrícolas, na região de Espirito Santo dos Pinhais, custa R$ 30/100 mil + R$ 80/100 mil para a implantação de 1 hectare de vinhas = Total R$ 110/200 mil.

CUSTO MATERIA PRIMA E ACESSÓRIOS PARA PRODUZIR UMA GARRAFA DE SYRAH

Kg uva Syrah Babo 15º R$ 1,8340

Kg uva Syrah Babo 25º R$ 3,5763

Média = R$ 2,705

Lembrando, sempre, que 1 kg de uva é mais que suficiente para produzir uma garrafa de 0,750 ml.

Rolha, garrafa, etiqueta etc. R$ 2,60

Custo barrique (será?) 225 litros (4 passagens) R$ 10/garrafa

TOTAL = R$ 15,35

Vamos ajudar os “pobres” viticultores e acrescentar 25% (mão de obra, juros, embalagens etc.)?

R$ 19,20/garrafa

Caso o GD 109 tenha conhecimento de outros custos “ocultos” (propinas, doações de garrafas, bocas-livres, viagens, permutas, etc.) favor comunicar.

RESUMO.

O Syrah, da Serra da Mantiqueira, que custa ao produtor, aproximadamente, R$ 20 é vendido, aos enoloides, por R$ 298 (58 Euros).

Nada mal, nada mal......Sobra muita grana para “engraxar” dúzias de canetas de aluguel.

O SYRAH DA CÔTE-ROTIE

Não quero me alongar muito e apresento, apenas, alguns dados comparativos importantes.

Consultando a tabela abaixo salta aos olhos, imediatamente, a desproporcional diferença de preço entre um hectare na Serra da Mantiqueira e um na Côte-Rôtie

Prix de la vigne dans la vallée du Rhône (par hectare)


Côte-Rôtie

€1,100,000

Condrieu

€850,000

Saint Joseph

€110,000

Cornas

€450,000

Crozes Hermitage

€110,000

Hermitage

€1,100,000

Vinsobres

€38,000

Chateau Neuf du Pape

€390,000

Gigondas

€180,000

Vacqueyras

€90,000

 

1 hectare de vinhedo, na Côte-Rôtie, custa 1,1 milhões de Euros (R$ 6.160.000)

 Na zona rural, de Espírito Santo do Pinhal, R$ 100/200 mil.

Os custos da mão de obra francesa são muito superiores aos da Serra da Mantiqueira.

Salário mínimo São Paulo = R$ 1.183,33

Salário mínimo França = Euros 1.554,58 (R$ 8.857)

O MILAGRE


Preço “Vista da Serra Syrah” R$ 298 (53 Euros)

Preço do “Côte-Rôtie La Sybarine 2016” Euros 38 (R$ 216).

O GD 109, da inútil e paquidérmica ABS, comemora o “fim da pandemia”, não com grandes vinhos, prefere viajar 500 km na ida e outros tantos na volta, para comprar e festejar com garrafas caríssima e de qualidade mais que duvidosa.

O GD 109 jura (cruzando dedos?) Que pagou pelas garrafas, mas eu continuo achando que foi um “troca-troca”.

 Qualquer grupo de degustação, da ABS, teria a obrigação de informar e condenar os preços absurdos praticados pelos predadores da Mantiqueira que, em menos de 20 anos de mercado, já superam os das regiões francesas com milenar tradição e comprovada excelência vinícola.

O GD 109, devo reconhecer, teve o pudor de não apresentar, na degustação, o ainda mais caro “Syrah Vista do Chá” de R$ 378,00 (66 Euros) e o “Guaspari Terroir – Pinot Noir” de pornográficos R$ 628,00 (110 Euros)

Não perca a calma, não mande ninguém à merda, mas leia quanto custa um Gevrey-Chambertin 1er Cru na Europa.


GEVREY CHAMBERTIN 1ER CRU - LES CORBEAUX 2019 - CLOSERIE DES ALISIERS

0,75 L Vino Rosso / Francia / Borgogna / Gevrey Chambertin 1er cru AOC / 13 % vol

Regalati l'unicità, la tipicità e la qualità costante di un Premier Cru al prezzo di un Village.

La tenuta Closerie des Alisiers ci ha abituati a vini dal rapporto qualità-prezzo irresistibile. E fidandoci ciecamente ci siamo lasciati sedurre dall'esplosione di sapori, i tannini integrati con eleganza e il finale leggermente acidulo di questo vino, che rivela una grande freschezza sia al naso che al palato. Noi siamo rimasti letteralmente stregati.
Vedi le caratteristiche

Parte superior do formulário

€ 56,19 € 

 

Parte inferior do formulário

 Última coisa, caro GD 109: Com um salário mínimo o brasileiro leva para casa 4 garrafas de “Syrah Vista da Serra”

O francês, quando resolver encher a cara, pega o salário compra e leva para a adega 41 garrafas de “Côte-Rôtie La Sybarine”

Essa é uma das razões pelas quais ..... “A vida do enófilo brasileiro é uma merda.

Dioniso

 

 

 

segunda-feira, 14 de março de 2022

A ABS CONTINUA A MESMA

 

Confesso que nem mais lembrava da existência da dispensável e inútil ABS que, em momento de inexplicável fraqueza, até frequentei no início dos anos 2000.

Naqueles anos acreditava em quase tudo......

Acreditava que o PT, no poder, moralizaria o Brasil, que o Pré-Sal transformaria o Brasil em uma nova Arábia Saudita, que Rubens Barrichello seria um novo Ayrton Senna, que o vinho brasileiro alcançaria elogiável qualidade e preços razoáveis ETC. ETC. ETC.

 Deu no que deu…. Hoje nem um panglossiano convicto teria razões para acreditar que a ABS sirva para alguma coisa.

Na verdade, serve, sim: Seus diretores continuam frequentando bocas livres e catando migalhas de importadores e produtores.

Disse “alguns”, pois a importância, da atual ABS, no cenário vinícola nacional é comparável ao peso do “Lagarto Futebol Clube” no panorama futebolístico brasileiro.

Poderia escrever horas sobre a inutilidade da ABS, mas o que me interessa, no momento, é um post, inserido no Facebook, que comunica a “volta em grande estilo” do GD 109 ás degustações.


A @abs_rj voltou e nós do GD 109 voltamos em grande estilo.

Primeira reunião presencial do grupo foi com os ótimos vinhos de Colheita de inverno. Há alguns anos era impensável a produção de vinhos de qualidade na região Sudeste. Graças a introdução da dupla poda e inversão do ciclo da videira, as uvas são capazes de ter uma maturação fisiológica/fenólica permitindo produzir grandes vinhos, quando colhidas no inverno onde a chuva é escassa, há maior incidência de luminosidade solar e amplitude térmica em locais de altitude entre 600 m e 1300 m. Hoje esse método se aplica além das regiões serranas do Sudeste. O mesmo método já se apresenta no Centro Oeste e Nordeste em regiões tipicamente tropicais.

Foram provados:

1) Guaspari Chardonnay Vista do Lago 2018

2) Casa Geraldo Gran Reserva Terroir Syrah 2018

3) Guaspari Syrah Vista da Serra 2018

4) Casa Verrone Gran Speciale 2018

5) Guaspari Cabernet Franc Terroir 2015

E a turma? Ah! A turma é bem animada

Quando li “grande estilo” pensei que uma das inúmeras importadoras-patrocinadoras-parceira$ das ABS tivesse aberto a porteira oferecendo algumas garrafas para serem degustadas e elogiadas (alguém acredita que a ABS-Rio teria a coragem de descer a lenha nas garrafas e preços das parceira$ “Clarets”, “Zahil”, “Grand Cru” etc.?)

A volta “grande estilo” do GD-109 (grupo de degustação) foi patrocinada por novos predadores vinícolas brasileiros que, lideradas pela in$aciável “Guaspari”, se multiplicam e vicejam na Serra da Mantiqueira.

Perguntas: Será que o GD 109 resolveu realmente comprar e degustar os vinhos elencados ou fizeram um “troca-troca-comercial" para ganhar as garrafas?

Quem, em sã consciência, gastaria quase R$ 1.500 por 5 garrafas de vinhos nacionais para comemorar uma volta em “grande estilo”?

Vou antecipar a próxima matéria comparando e revelando: O “Guaspari Vista da Serra Syrah” é vendido, pela predadora de Espirito Santo dos Pinhais, por nada modestos R$ 298,00 (53 Euros).

Os franceses, coitados, que não conhecem a qualidade dos Syrah da Guaspari, são obrigados a gastar 38 Euros (R$ 213) para beber um Syrah produzido na Côte Rotie.

 


DOMAINE GARON, COTE ROTIE, LA SYBARINE 2016

  • Prix moyen TTC : 38 €
  • Note moyenne : /100 ( critiques).
  • Maturité

 

 A ABS continua a desinformar, sempre

Dionísio

Continua.

 

sexta-feira, 11 de março de 2022

PATO AO "GRAND MARNIER"

 


Certa vez e já se vão mais de dez anos, comi, em um restaurante de Montichiello, na belíssima Val D’Orcia, um prato extraordinário: “Cosce di Anatra al Grand Marnier” (Coxas de Pato ao Grand Marnier)

Um clássico prato de pato com laranja, mas que se torna único e insuperável com a adição do licor “Grand Marnier”.

Já tentei cozinha-lo com “Cointreau”, mas o resultado me fez correr de volta para os braços do “Grand Marnier”.

O prato não é fácil, nem barato e muito menos   simples.

A receita requer algumas horas de dedicação às panelas e fogão e um bom conhecimento de cozimento.

INGREDIENTES (4 pessoas)

6 coxas de pato (o ideal seriam 4, mas sempre há um ou dois glutões à mesa, então......)

Manteiga (150g), Cognac (½ copo), vinho branco seco (uma garrafa), caldo vegetal, suco de laranja (4/5), cascas das laranjas, 2 colheres de mel, licor “Grand Marnier”.

PREPARO

Retire o excesso de gordura das coxas e salgue-as em ambos os lados.

Em uma frigideira, de bom tamanho, junte a manteiga e frite as coxas, em fogo médio, iniciando pela parte da pele.

Quando a pele estiver dourada (2/3 minutos) vire-as e repita o procedimento de fritura.


Quando as coxas adquirirem mais cor, adicione o Cognac e flambe (cuidado com as labaredas).

Ao apagar das chamas, do Cognac, coloque as coxas em uma panela de bom tamanho, deglaceie a frigideira com a metade do vinho, derrame a “deglassè” sobre as carnes, tampe a panela e comece o cozimento em fogo médio.


Lembra da “dedicação” no início da matéria?

Pois é..... É aqui que começa.

Durante uma hora, ou mais, você deverá lavar, descascar, com o aparelho apropriado, as laranjas, extrair o suco, preparar a caldo vegetal (um litro de agua, 2 tabletes Knorr, Maggi, ou outra marca, servem e são suficientes, sempre lembrando que se o premiado Atala os usa, você pode, também....) e acompanhar o cozimento do pato.

Quando o vinho estiver quase evaporado adicione 1 conchas de caldo vegetal, o restante do vinho e vire o as coxas para cozinharem de maneira uniforme.

Quando o liquido estiver bem reduzido junte o suco, as cascas de laranja, o mel, continue o cozimento por mais 15/20 minutos e finalmente adicione o “Grand Marnier”.

Em 5 minutos o caldo deverá estar espesso e a carne macia.

Corte um pedacinho de uma das coxas do pato e controle a maciez.

Tampe a panela, apague o fogo e deixe, descansar.

Não terminou, ainda...

A comida do dia seguinte é mais saborosa.

Meia hora antes de servir o pato leve-o novamente à ebulição e se preciso adicione mais um pouco de caldo, lembrando, sempre, que o molho deverá ser denso e cremoso.

Para beber?

Em dia de “o amanhã é incerto” torrei uma pequena fortuna em garrafas dignas de oligarcas russos, mas sugiro resguardar o cartão e abrir alguns bons Chardonnay chilenos: Tarapacá Gran Reserva, Morandé Gran Reserva, Caliterra Reserva.

Bom apetite

Bacco

 

 

 

 

 

 

 

 

segunda-feira, 7 de março de 2022

TRÊS GRANDES CHARDONNAY

  


Vivendo uma fase ditosa de poucos, mas grandes vinhos, no ultimo almoço, na casa de Bacco, entre outras ótimas etiquetas, bebi três extraordinários Chardonnay: “Puligny-Montrachet 1er Cru 2018 “Les Perrieres” de Jean Louis Chavy, Puligny-Montrachet 2013 1er Cru “La Truffière” de Thomas Morey, Chablis Grand Cru “Valmur” de Alain Gautheron.


O que dizer?

Dois vinhos de Puligny-Montrachet que expressam toda a elegância, harmonia aromática e grande complexidade dos melhores Chardonnay.

A juventude do “Les Perrieres” não “sucumbiu” nem foi “atropelada” pela maior suntuosidade do irmão mais velho,

 O “Les Perrieres” é um excelente Chardonnay que, pasmem, custa 60 Euros.

É sempre bom lembrar que o Chardonnay piemontês da Coppo, “Riserva della Famiglia” custa 115 Euros é não chega aos pés do vinho francês.

O Puligny-Montrachet “La Truffière”, de Thomas Morey, mais uma vez me convenceu que o “vigneron” de Chassagne sabe tudo e um pouco mais, de vinificação (os Morey são viticultores há 10 gerações…)

Seus vinhos na juventude costumam apresentar, um leve excesso de madeira, excesso que desaparece com a idade e cede lugar à elegância e uma impressionante persistência na boca.

Mais uma coisa: O “La Truffière”, um dos menores 1er cru de Puligny-Montrachet (2,5 hectares), doa insuperáveis Chardonnay, mas custa, salgados, 100 Euros.

 O Gaja & Rey, proveniente de anônimas e piemontesas (será?) Vinhas, custa sodomíticos 350 Euros...... uma piada de mau gosto e muito gasto.

Chablis é mais uma denominação da Borgonha que atualmente mais me “enfeitiça”.


Me seduz pela sua “cortante” acidez, mas também por sua elegância e maciez.

Com os preços, sempre em elevação, dos primos da Côte D’Or, os Chablis aparecem como uma ótima opção.

A predominância do aço, na vinificação, contribui para doar ao Chablis características de maior frescor deixando de lado a opulência, as vezes enjoativa do excesso de manteiga e madeira presentes em alguns Chardonnay da Côte de Beaune.

Dos 7 Grands Crus (Blanchot, Bougros, Les Clos, Grenouilles, Preuses, Valmur e Vaudésirs), Alain Gautheron produz três: “Les Preuses”, “Vaudésir” e “Valmur”.

O “Valmur” 2017, degustado no almoço, nada ficou devendo aos bem mais caros Chardonnay de Puligny-Montrachet

Com passagem em madeira e aço não apresentou as cansativas notas de manteiga e baunilha algumas vezes presentes nos vinhos da Côte D’Or.

No Chablis “Valmur”, os agrumes, a mineralidade e o frescor foram os donos incontestáveis das nossas taças.

Grande vinho que custa 50/60 Euros.

Dionísio