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sábado, 24 de abril de 2021

HISTÓRIAS & RECEITAS

 


Os Alpes, além de espetaculares montanhas, doaram ao norte da Itália muitos e belíssimos lagos.

Piemonte, Lombardia e Veneto, revelam, ao turista atento, paisagem lacustres de tirar o fôlego.

Lago di Garda e Lago Maggiore são os mais badalados, conhecidos e visitados, mas há muitos outros que nada devem em beleza e sofisticação aos dois “gigantes” mencionados.

Somente 20km separam o Lago Maggiore do Lago D’Orta, mas apenas os turistas mais informados e atentos percorrem a pequena distância para conhecer uma pequena joia: Orta San Giulio.


Orta San Giulio, pouco mais de 1200 habitantes, é considerada uma das 100 mais belas aldeias da Itália.

Escrever, novamente, sobre Orta San Giulio nada acrescentaria de interessante ao que já relatei em 2013.

Leia: https://baccoebocca-us.blogspot.com/2013/08/orta-sn-giulio.html

É imperioso, todavia, informar que a pequena aldeia, além de um estupendo passeio turístico, que alegra os olhos, é, também, um centro gastronômico importante que, com seus 2 restaurantes estrelados Michelin e uma dúzia de outros ótimos endereços, deve ser lembrado e visitados pelos mais refinados gourmets.

Não posso elencar e muito menos apresentar as receitas de todos os ótimos pratos que provei nos restaurantes de Orta San Giulio, mas semana passada resolvi cozinhar um risoto e um filet de salmão que me foram servidos no belíssimo “Leon D’Oro” bem no centro de Orta San Giulio.

É com prazer que publico a receita do ótimo “Risotto di Fragole e Pepe Verde” (Risotto de Morango e Pimenta Verde).

Ingredientes para 4 pessoas:

350 de arroz Arborio ou Carnaroli (Se não tiver balança use a mão…um abundante pugnado de arroz para cada pessoa).


1/2 cebola pequena, 3 colheres de manteiga, ½ copo de vinho branco, 2 litros de caldo vegetal (lembre-se que, se não tiver muito tempo, caldo em tablete também serve... se Atala-Atola usa, você também pode)

Duas colheres de pimenta verde

Uma embalagem de morangos bem maduros.

Preparo

Em uma caçarola baixa junte a cebola picada, 2 colheres de manteiga e frite por um minuto.

Quando a cebola estiver translúcida adicione o arroz, misture bem, toste por um minuto e derrame o vinho branco. Quando o vinho evaporar adicione, aos poucos, o caldo vegetal sem nunca deixar o arroz secar.


Corte os morangos, mas deixe alguns inteiros para usar como enfeite e esmague a pimenta verde.


Adicione os morangos e a pimenta ao arroz, regule o sal e continue o cozimento até a consistência “al dente”.

Antes de servir, junte a manteiga restante, misture bem, tampe a caçarola e deixe o risotto “descansar” por um minuto.

Sirva com um belo branco e...... Buon Appetito.

Bacco

PS. Servi o risotto com “Segura Viudas”, belo Cava de R$ 57,99. Na próxima matéria publicarei o resultado do desafio entre o superpremiado “Valduga 130” e o “Segura Viudas”

Aguarde.

 

quarta-feira, 7 de abril de 2021

TÚRGIDO

 


É preciso reconhecer: Quando o assunto é picaretagem vinícola, o Brasil disputa, com galhardia, os primeiros lugares do pódio e não teme ninguém.

“O Brasil Produz o Segundo Melhor Espumante do Mundo”, “Pinot Noir Gaúcho Atellier Tormentas Melhor que os Borgonha”, “ Chardonnay Gazzaro Medalha de Ouro Lisboa 2020”, Casa Perini Moscatel o 5º Melhor Vinho do Mundo”, “Espumante Valduga 130 Eleito o Melhor do Mundo na França”, etc. etc. etc.

A picaretagem-vinícola-desinformativa, no Brasil, parece não ter fim, não conhecer limites e apostar no “patriotismo” ou imbecilidade do consumidor brasileiro.

Há anos venho combatendo as inúmeras picaretagens que regularmente são veiculadas na mídia especializada e sempre avalizadas por critico$, divulgadore$, influenciadore$, expert$ etc. do setor.  

Ontem uma leitora atenta encontrou esta matéria e imediatamente a enviou.

https://www.gazetadopovo.com.br/bomgourmet/experiencia/vinicola-brasileira-lanca-espumante-com-colageno/

I N A C R E D I T Á V E L!


As duas enólogas, acreditando e apostando na parvice da mulher brasileira, lançam um espumante adicionando, ao suco de Chardonnay, Riesling Itálico, Merlot e Pinot Noir, 2,5g de colágeno “…que é a dose diária recomendada da proteína para quem busca o rejuvenescimento”.


Sincera, doce, mas também, técnica (hahahaha) é a declaração de uma das enólogas: “Criar o Bella foi uma ideia que surgiu da grande paixão que tenho por esses mundos e eu queria materializar isso”.

Não entendi bosta nenhuma, mas não é uma declaração de fácil interpretação; é preciso um profundo preparo intelectual para acompanhar o pensamento da enóloga Regina......

Mais atingível, clara e cheia de felicidade, é a declaração da enóloga Patrícia, cúmplice da Regina: “Sempre fiz vinho e testei técnicas para eu mesma beber. Hoje, com o lançamento do Bella, acho que consegui transcender o conhecimento acadêmico para ajudar a levar felicidade para o mercado”



Meu desejo e que mais essa tremenda Bella-Bosta tenha sucesso e que as duas alquimistas pensem, desde já, em lançar o vinho “Túrgido 25” produzido com Merlot, Cabernet Sauvignon, Barbera, Ancellotta e a adição de 25mg de Viagra.

Os broxas, da Covid 19, desde já, agradecem.

Dionísio

 

 


sexta-feira, 2 de abril de 2021

C'EST LA VIE

 


Será a crise financeira da CBN e Rede Globo?

Será que os importadores adotaram medidas restritivas e cancelaram patrocínios e as bocas-livres?

Será que os produtores nacionais resolveram contratá-lo como garoto propaganda?


Não sei responder a nenhuma das perguntas, mas sei que nosso mais renomado “guru das parreiras”, há alguns meses, vem se dedicando, sempre com maior frequência, a enaltecer, subliminarmente, a ascensão e excelência das várias etiquetas nacionais.

“ Melhores Brancos Nacionais”, “Melhores Tintos Nacionais”, “Melhores Espumantes Nacionais” “ Melhores Custos Benefícios dos Vinhos Nacionais” etc.

 Jorge Sortudo, de repente, se transformou em um nacionalista radical, fã dos vinhos tupiniquins, deu um “Addio Piemonte”, “Adieu Bourgogne”, “Adeus Douro” e.…”Seja Bem-Vinda Serra da Mantiqueira”, “Seja Bem-Vindo Goiás”, “Seja Bem-Vindo Minas Gerais” etc. (estou aguardando, com interesse e alguma ansiedade, se e quando Jorge Sortudo, finalmente, encontrará novas e promissoras fronteiras vinícolas no Maranhão)  

Jorge Sortudo tenta, insistentemente, convencer os enófilos tupiniquins que “tremendas-bostas”, como o Barbera de Cocalzinho, o Sauvignon Guaspari do Espirito Santo, o Valduga 130 Brut da Serra Gaúcha etc.  Melhoraram muito, ganharam prêmios internacionais e são boas opções de compra.


Sortudo esquece de escrever, todavia, que os preços das etiquetas nacionais são absurdamente caros e que, por exemplo, um trabalhador francês, com seu salário de 1.200 Euros, leva para casa 60 garrafas de Champanhe

Com seu salário, de R$ 1.100, o João Silva, morador de São Leopoldo, leva para sua adega, magras 11 garrafas do deplorável “Casa Valduga 130 Brut”.

O Giovanni Rossi, trabalhador braçal, de Brusasco, com seus 800 Euros de salário, leva para casa 334 garrafas de Barbera.


O José Souza, de Corumbá de Goiás, no final do mês resolve esquecer o lockdown, encher a cara e com seus R$ 1.100, compra 6 garrafas do deplorável “Barbera”, de Cocalzinho.

São apenas três exemplos, entre milhares, mas que os defensores do “quase-vinho-nacional”, sistematicamente esquecem de mostrar.

Jorge ex Sortudo, parece aquele locutor esportivo acostumado a transmitir jogos da Champion League, que agora, rebaixado, comenta embates entre o Bacabal Esporte Clube X Instituto de Administração de Projetos Educacionais Futebol Clube, da gloriosa Liga Maranhense de Futebol.


Adeus “Bar au Vin 66” da Place Carnot

Bem-vindo ”Faceburguer Cocalzinho Pub” 


C’est la vie....

Dionísio