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domingo, 29 de novembro de 2020

MAIS UMA TREMENDA-BOSTA

 


“Nada está tão ruim que não possa piorar”. Não sei exatamente onde li, mas acredito que poderia se encaixar perfeitamente na   Lei de Murphy


 A frase acima poderia ser aplicada, à perfeição, na matéria que estou escrevendo, mais uma vez, sobre uma das maiores porcarias que já bebi (vinhos nacionais exclusos, pois, no quesito “porcaria”, são insuperáveis): O Prosecco.

A DOC “Prosecco”, não satisfeita com o quase meio bilhão de garrafas produzidas, que inundam o mercado mundial, no dia 28 de outubro concluiu o processo, junto a EU, que abre o sinal verde para comercializar e exportar o “Prosecco DOC Rosé.



Dos 11.460 viticultores e 1.192 vinícolas, por enquanto e apenas 27 estarão aptos a produzir e comercializar o Prosecco Rosé.

O nova “tremenda-bosta-rosé” a partir de 1º de janeiro de 2021, inundará as prateleiras do norte da Europa, Reino Unido e USA com 20 milhões de garrafas e já está previsto um aumento significativo (40 milhões) para 2022. 


 

Mais um insulto aos paladares dos enófilos de todos os cantos do planeta, mas que recebe os parabéns até do ministro da agricultura da Itália que afirma “..... uma ótima notícia que consente aos produtores de um vinho de enorme sucesso conquistar mercados sempre mais amplos”.

Pode até ser, mas a qualidade?

Bem, a qualidade seguirá descendo a ladeira, cansará os paladares dos enófilos até encontrar o “inferno” vinícola onde jazem o Beaujolais Nouveau, Supertuscans, vinhos Laranja, vinhos “ naturais, vinhos “assinados” por enólogas famosos, vinhos “marmelada” e outros eno-modismos que ninguém mais bebe.



O Champanhe permanecerá, por enquanto, no alto do pódio, mas não por muito tempo..... Os espumantes nacionais conquistam sempre mais merdalhas e já são os mais requisitados nos wine bar de Marajá do Sena.



Dionísio

 

 

segunda-feira, 23 de novembro de 2020

ALDEIAS DA TOSCANA

 


De Monteriggioni até Certaldo os pouco mais de 30 km podem ser percorridos, com calma e apreciando a belíssima Val D’Elsa, em menos de meia hora.


Antes de retornar a Santa Margherita e ainda ignaro dos ataques e problemas da corona vírus, resolvi visitar mais esta belíssima aldeia relegada a um terceiro ou quarto plano pelo turismo de massa.

O motivo mais forte?



Certaldo é o berço de Giovanni Boccaccio.

Alighieri, Boccaccio e Petrarca foram os três mais emblemáticos pilares da literatura italiana e nada mais importante, na minha viagem Toscana, do que “viver” o Decameron em suas origens.

O Decameron é uma coletânea de cem contos que três rapazes e sete moças se dispõem a narrar no período de dez dias.



O “Decameron”, filmado por Pier Paolo Pasolini em 1970, é imperdível.

Certaldo parece ter dormido quase 1.000 anos para, de repente, acordar sem que nada tenha mudado: todas suas características medievais estão perfeitamente conservadas.



Depois de percorrer a sinuosa e estreita estradinha, que escala uma íngreme colina, cruzar o imponente portão principal e ingressar em Certaldo, tem-se a nítida impressão de estar revivendo o século XIII e não causaria espanto algum encontrar os certaldesi (habitantes da aldeia) percorrendo os becos e ruelas da cidade vestindo roupas medievais.



O tempo, como costuma acontecer nas antigas aldeias toscanas, parece incapaz de se mover e ciumento deseja conservar, para sempre, tamanha beleza.

Além de percorrer, calmamente, as poucas e misteriosas ruas da aldeia é preciso visitar a “casa-museu”, onde Boccaccio nasceu e viveu até sua morte, a igreja dos santos Michele e Jacopo, onde está sepulto o escritor, e o “Palazzo Pretorio”.



Não há muitos endereços para beber ou comer em Certaldo, mas a limitação de escolhas não diminui o charme dos poucos endereços.

Indicações? Nenhuma e todas.....



Curta e descubra por conta própria.

Bacco


quinta-feira, 19 de novembro de 2020

VALPOLICELLA 2009

 


Em mais um final de semana, chuvoso e frio, resolvi cozinhar meu “famoso” Coelho ao vinho.


Na realidade a receita é originária da minha avó que a repassou à minha mãe e chegou às minhas panelas sem nunca sofrer grandes ou importantes modificações.


Além do coelho o segundo ingrediente mais importante é o vinho tinto.




Não é necessário utilizar um grande vinho, mas é preciso lembrar que quando se usam bons ingredientes o resultado final é sempre mais satisfatório.

Seguindo este preceito evito, sistematicamente, vinhos nacionais e recorro aos italianos, portugueses ou chilenos: o preço é menor e a qualidade nem se compara...

Visitei minha quase deserta adega (bebo sempre menos, mas melhor) à procura de um Cabernet ou Merlot chileno para usar na marinada.

Na pequena pilha, de pouco mais de meia dúzia de exemplares, uma garrafa, mais empoeirada do que as outras, chamou minha atenção.



Na luz difusa (parece bolero.... “Que será da luz difusa do abajur lilás..... ”) da adega e com a ajuda dos óculos consegui ler a etiqueta: “Valpolicella Cesari 2009”.

Pensei: “Um Valpolicella com 11 anos deve estar mais morto do que o PT nas últimas eleições, mas vou abrir”.

A surpresa me deixou de queixo caído: O Cesari definitivamente não era petista; estava vivo, integro e mais que bebível.



A cor, bem mais carregada do que a dos normais Valpolicella, anunciava um agradável e bem controlado envelhecimento.

Aromas diversos, complexos e importantes, revelavam que aquele vinho nada tinha de banal; aquele era um grande Valpolicella que lembrava um ótimo “Ripasso”.

Na boca, o Valpolicella Cesari 2009, se apresentou com bom corpo, aveludado, envolvente, harmônico.

Uma bela surpresa, um vinho que nem por um minuto pensei em utilizar na marinada e resolvi degustá-lo calmamente enquanto cozinhava.



Quem encontrar o Valpolicella Cesari não pode deixar de comprar, beber e depois, se possível, me agradecer pela dica.

Bacco

PS. Todos os enófilos, com razoáveis conhecimentos vinícolas, sabem que o método “Ripasso” é uma prática enológica que consiste em adicionar o vinho Valpolicella durante 15/20 dias ao bagaço das uvas utilizadas na vinificação do Amarone ou do Recioto.



 Neste período, de 15/20 dias, ocorre uma segunda fermentação alcoólica.

A técnica, muito antiga, é usada há séculos pelos produtores locais, mas o termo “Ripasso” somente foi adotando recentemente.

 A “DOC Ripasso” é também muito jovem e foi aprovada em 2010.


O que poucos sabem é que o Ripasso nasce da antiga cultura dos agricultores italianos: “tudo se aproveita e nada se joga fora”.

O Ripasso nasce, então, do desejo de não desperdiçar os preciosos aromas complexos, álcool, açúcares e taninos ainda presentes no bagaço do Recioto

 

  

quinta-feira, 12 de novembro de 2020

TIGNANELLO-YPACARAI

 

Mais um duro golpe atinge os “bebedores de etiquetas: Estão falsificados até o “Tignanello”.

Afirmei “até o Tignanello” pois é mais que sabido que, o famoso vinho da Antinori, não é dos mais caros e badalados “Supertuscans” do mercado.

O Tignanello, que custa 110/130 Euros, perde longe para o Ornellaia 180/200 Euros, Sassicaia 280/350 Euros, Solaia 380/450 Euros e o Masseto de insanos 850/1.100 Euros.

Vinhos da Maremma produzidos especialmente para bebedores de etiquetas que entendem apenas de “troféus” e não de vinho.

Vinhos-troféus que se prestam perfeitamente ao gosto dos enoloides que não distinguem um Merlot de um Valpolicella.

Considero os dispensáveis e caros vinhos da Maremma iguais às bolsas Vitton: Caros e fáceis de falsificar.



Mas o mercado está repleto de enoloides que estão sempre dispostos a fazer a alegria dos falsificadores.

Os eno-trapaceiros sabem que os enoloides não entendem nada de vinhos, adoram troféus vinícolas e são facílimos de serem sodomizados.

Todos os vinhos caros, sejam italianos, franceses, portugueses, espanhóis etc., são alvo dos vivaldinos que, sem pudor algum com muita eficiência e periodicamente, invadem o mercado com as mais variadas etiquetas “made-in-fundo-de-quintal”.



E tome KY......

Até aqui, tudo normal, comum, corriqueiro.....

O que assusta, todavia, e que a garrafa falsificada foi adquirida, por um enófilo italiano, no site da “Tannico”

Para quem não sabe a “Tannico” é a maior enoteca online da Itália e faz parte do grupo Campari.

A Tannico anunciou, em seu site, o Tignanello 2001 por 185 Euros, cada garrafa e rapidamente esgotou o estoque do vinho toscano.



Um dos compradores, provavelmente um fã do “Supertuscan”, ao receber a compra notou que a etiqueta era menor do que as de garrafas de sua adega.

Desconfiado, entrou em contato com a Antinori que, após rápida verificação, confirmou a falsificação.

A Tannico prontamente, devolveu o dinheiro ao comprador, pediu 1.237 desculpas, mas não se livrou de uma investigação por parte do “Nas” (acrônimo de Nucleo Antisofisticazioni e Sanità) órgão do ministério da saúde italiano encarregado de fiscalizar, inclusive, fraudes alimentares.

O NAS, agora, que saber onde e de quem a Tannico adquiriu o lote de Tignanello-Fake.



Marco Magnocavallo, diretor da Tannico, afirma: “ Como todos os professionais do setor, nós compramos velhas safras de vinhos raros de quatro canais: produtores, leilões, restaurantes e colecionadores. No caso do Tignanello fomos contatados por um colecionador sério e confiável que já nos vendeu outras garrafas, afirmando ter adquirido 6 Tignanello 2001 e que nos poderia ceder por um bom preço. O valor pedido nos pareceu razoável e, assim fechamos o negócio, 


 Magnocavallo continua “ O clamor suscitado é uma clara reação dos concorrentes que, invejosos, querem prejudicar nossa credibilidade. ”

O Magnocavallo pode dizer o que quiser, mas o que salta aos olhos é que os compradores de sua empresa não entendem bosta nenhuma de vinho e que se não tivesse surgido um bom entendedor, a Tannico continuaria vendendo tremendas-bostas falsificadas pelos os olhos da cara.

Você, que é um enoloide de carteirinha e fã de “Supertuscans”, dê uma conferida na sua adega.


 Se ao longe ouvir som de arpas paraguaias tocando “Recuerdos de Ypacarai, já sabe…KY

Dionísio

 

quinta-feira, 5 de novembro de 2020

CONFRARIAS?

 

 

A “moda” das confrarias, no Brasil, ainda bem, está perdendo o fôlego.

Há alguns anos as confrarias se multiplicavam, rápida e exageradamente, em todos os cantos do país.

 Os encontros semanais, quinzenais ou mensais, eram, com muita frequência, “desculpas”, subterfúgios, escapadas, de amigos enófilos para se reunirem e encherem a cara.

Para desespero das mulheres (esposas, namoradas, noivas etc.), nas datas fatídicas, os “caras metades” armados de garrafas mil, se dirigiam aos endereços do encontro para retornarem, horas depois, quase sempre de porre.



Para amenizar o sofrimento feminino era muito comum que no último encontro do ano fosse permitido ao “sexo frágil” participar da derradeira confraria.

Machismo etílico….

O entusiasmo “confraria” arrefeceu um pouco, mas continua vivo.

As confrarias no Brasil não podem ser comparadas, nem de longe, às europeias.

As confrarias do velho continente não realizam semanalmente “encontros-maratonas-alcoólicas” para apenas encher os cornos

 Os encontros, dos confrades, acontecem, no máximo, 4/6 vezes ao ano e não há notícias de bebedeira em nenhuma ocasião.

 Escolhi, ao acaso, a “Confraternita della Vite e del Vino”, do Veneto-Friuli-Venezia Giulia, para ilustrar e demonstrar a enorme diferença entre a nossa confraria e as da Europa.

A “Cofraternita della Vite e del Vino”, que foi fundada em 1969, é administrada por um Grão-Mestre, um Chanceler, um Camareiro (administrador dos bens e das finanças da confraria), um “Castaldo” (responsável para operar na esfera judiciaria) e um Mestre de Cerimônia.



No estatuto é possível ler e tomar conhecimento dos escopos da confraria:

1). Honrar a vitivinicultura e a arte da cozinha especialmente do Véneto do Friuli e da Venezia Giulia.

2). Desenvolver a amizade entre os confrades

3). Estabelecer relacionamentos com associações que possuam análogos objetivos

Os confrades ,40 atualmente, se reúnem, pelo menos, três vezes ao ano ocasião em que são previstas visitas à vinícolas regionais, nacionais, ou de outros países, visando agregar conhecimentos e promover intercâmbios enológicos. 

Por este pequeno relato é fácil perceber que as confrarias, no Brasil, em nada se assemelham às europeias.

Agora, o Mea Culpa….



Há alguns anos, quando as confrarias eram a coqueluche dos enófilos brasilienses, eu, cedendo aos encorajamentos de alguns amigos, organizei uma delas.

Os membros (uma dúzia), todos funcionários públicos e políticos do Distrito Federal, desde a primeira reunião, promoveram uma silenciosa, velada e predatória competição: Era preciso apresentar a etiqueta mais badalada, mais cara e melhor pontuada pelos gurus de sempre.

Uma verdadeira fogueira de vaidade.



Depois da primeira reunião, mais ou menos organizada, um tsunami de idiotices sem nexo determinou a escolha do vinho.

Merlot competindo, com Cabernet Sauvignon, Barolo, Puligny-Montrachet, Hermitage, Brunello di Montalcino, Amarone, Condrieu .... Suruba total.

O final era sempre o mesmo: O excesso de álcool não permitia que se pudesse distinguir um Amarone de um Merlot.



Frequentei a “minha confraria” por três vezes e a abandonei.

Com muito orgulho confesso que nunca mais frequentei, nem sob tortura, outra confraria.

Alguns poucos amigos, duas ou três garrafas da mesma casta ou denominação, pratos bem pensados e elaborados…. A melhor maneira de se apreciar bom vinho.



Bacco

 

segunda-feira, 2 de novembro de 2020

A CEGUEIRA

Nunca entendi a quase cega confiança que a maior parte dos enófilos dedica aos formadores de opinião, críticos, revistas especializadas, gurus internacionais, propagandas (pagas) etc.



Há clara vontade de acreditar em tudo e todos e um irresistível desejo de rendição ao comportamento “rebanho”.

É fácil, cômodo ......mas frustrante.

Resolvi, pela enésima vez, escrever sobre o assunto para me contrapor à avalanche de falsas informações que nos últimos meses assaltou as taças dos enófilos brasileiros.

Não vou rememorar a imensa maré de estultices, picaretagens e pilantragens com as quais se tentou transformar os apreciadores de vinho do Brasil em idiotas lobotomizados, mas pelo menos uma é digna de nota

A última e mais emblemática picaretagem, divulgada pela mídia especializada, é aquela em que se alardeia o sucesso de um espumante nacional por ter ganho a costumeira “merdalha” de ouro em um dos inúmeros concur$os picaretas espalhados pelo mundo.


Nas duas matérias anteriores tentei mostrar como somos bombardeados com pontos, garfos, taças, cachos, estrelas e outras safadezas que visam apenas aumentar a procura e consequentemente os preços das garrafas elogiadas.

A maior picaretagem, que recordo e que deveria ter sepultado a maior parte das revistas, gurus, formadores de opinião, expert, etc. ocorreu em 2008 e ficou conhecida, na Itália, como “Brunellopoli”.

“Brunellopoli” foi, para mim, um marco: Nunca mais confiei em pontos, cachos, estrelas, ou outra bobagem qualquer e resolvi seguir meu paladar, meu olfato e ......minha carteira.

Com o passar dos anos ninguém mais recorda a tremenda picaretagem à italiana que abalou as vendas e fama do Brunello di Montalcino.

Mas voltemos um pouco no tempo e recordar o que se passou.


Um dos meus wine-bar prediletos, de Rapallo, até 2010, era a “Enoteca Cantine d’Italia (aumentou exageradamente os preços e já não a frequento).

Todas as manhãs, antes do almoço, pedia ao proprietário e amigo, Fausto, uma taça de espumante, Champanhe ou vinho branco.

Fausto, que já conhecia muito bem meus gostos, todos os dias tentava me surpreender com suas ótimas escolhas.

 Foi assim que durante alguns anos pude conhecer e degustar grandes e ótimos vinhos.

Uma bela manhã encontrei Fausto atarefado em remarcar, para cima, garrafas e mais garrafas de Brunello.

Na Itália, normalmente, as garrafas das prateleiras são remarcadas para baixo (quando há promoções) e é raríssimo que ocorra o contrário

Intrigado, perguntei o porquê.



Fausto respondeu: “Você não leu a nova Wine Spectator? O Casanova di Neri ganhou 100 pontos e foi considerado o melhor vinho do mundo”

Fausto, sem pudor algum, estava aumentado os preços, do “Tenuta Nuova” 2001, em nada módicos 50%.

A possibilidade de provar o “melhor vinho do mundo” despertou minha curiosidade e revelei meu desejo a Fausto que gentilmente me cedeu uma garrafa pelo preço anterior ao aumento.

Com a mesma curiosidade e expectativa, que a Barbera da “La Spinetta” me havia provocado, deixei descansar o Brunello e aguardei alguns dias

Com a devida pompa e finalmente, após uma semana, abri a garrafa do Brunello di Montalcino “Casanova di Neri”.

O Brunello não decepcionou como ocorrera com a Barbera “La Spinetta”, mas, para mim, aquela garrafa estava milhas de distância de ser o “melhor vinho do mundo” e, para dizer a verdade, nem pareceu ser o melhor Brunello di Montalcino.



O “Tenuta Nuova”, em minha opinião, perdia em qualidade, característica, interpretação do território etc. ao “Baricci”, “Pietroso”, “Canalicchio”, “Sasso di Sole” que, por sinal, custavam um terço do preço.

Depois daquela experiência e nas inúmeras vezes em que visitei Montalcino, sempre mantive segura distância dos Brunello da “Casanova di Neri”.....

Onde quero chegar?

Alguém ainda recorda o escândalo que, em 2012, manchou a reputação e fama do Brunello di Montalcino?

Alguém lembra o nome dos produtores (famosíssimos) que durantes anos falsificaram milhares de garrafas adicionando, ao Sangiovese Grosso, uvas não permitidas pelo disciplinar (Cabernet Sauvignon, Merlot, Syrah …)?

Pois bem, entres os picaretas, que produziam “Cabernello di Montalcino”, constava a vinícola “Casanova di Neri”, a mesma que a Wine Spectator consagrara como produtora do “melhor vinho do mundo” em 2006.

Picaretagem de altíssimo nível .......



Considerações finais.

Acreditar cegamente em revistas, críticos, “gurus”, formadores de opinião etc. e quase sempre uma tremenda roubada onde o roubado é sempre o enoloide-ovelha que segue, sem nunca contestar, duvidar, raciocinar, pontos, estrelas, taças, cachos de uva, ou outro ícone qualquer que invariavelmente promove e classifica os vinhos na mesma proporção dos $$$$$ recebidos.

O mais incrível é que, apesar de todas as barbaridades cometidas, revistas, experts, gurus, críticos, sommeliers, degustadores etc. continuam sendo seguidos, prestigiados, respeitados.

Se há picaretagens inomináveis, no “primeiro-mundo-vinícola”, imagine a qualidade e seriedade de informação que Didu Bilu “natureba” Teteia, Beato “…aberração de tão bom” Salu, Rebola “eterno perdedor de concurso”, Marcelinho “ ...melhor tinto do mundo: Undurraga Chardonnay”, e outros, que orbitam ao redor do saco dos produtores e importadores, podem nos oferecer.


Você riu?

Deveria chorar.....

Bacco