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segunda-feira, 29 de junho de 2020

SALVAGUARDAS AGAIN



Ou seria mais correto escrever “Salva-Rabos”?

Mais uma vez os predadores gaúchos, com lágrimas aos olhos, pedem ao governo salvaguardas para poder enfrentar a predatória concorrência dos vinhos importados.

As lágrimas de crocodilo são falsas, os argumentos ridículos e a preocupação, com a sorte dos pequenos produtores de uvas, refletem uma desonestidade intelectual digna de um Oscar, se houvesse, para o cinismo.  

Os nosso bravos e abnegados predadores vinícolas preocupados com as famílias dos pequenos produtores?

Desde quando?

O que interessa, para eles, é faturamento alto, dinheiro no bolso e o resto, produtores de uva, trabalhadores do campo, qualidade, preços razoáveis, consumidores etc. que se f.......

Os outros predadores do setor, os importadores, também levantam suas bandeiras, vestem suas cuecas de lata e partem à luta.

Quem é paladino dos importadores?

 
“The-Tip-Man” , também conhecido pela alcunha :Bilu-Didu-Teteia.

O Tip-Man, em troca de uma boca-livre ou um dinheirinho, abraça qualquer causa, de qualquer vinho, seja ele importado, falsificado, nacional, extraterrestre.....

Já julgou os vinhos do Dani-Elle superiores aos da Borgonha, mas, agora, a voz do novo patrão, Mistral, falou mai$ alto.

Nosso Tip-Man, impávido, destemido e ousado chama de imbecis os predadores gaúchos.

 
Grande, corajoso, destemido, nosso Tip-Man na luta contra as salvaguardas.

Até quando?

Até o dia em que uma Miolo, Carraro, Geisse, Valduga, Salton etc. da vida, lhe repassem alguma grana.

Eu, na minha modesta e insignificante opinião, quero que os predadores do vinho, que (des)mandam no mercado brasileiro, se autodevorem e parem de encher nosso saco e esvaziar nossos bolsos.

Vinhos caros, de qualidade mais que duvidosa, salvaguardados?

Para que?

Para poder continuar a praticar preços escorchantes, irreais e vergonhosos por garrafas que não valem 1/5 do que custam.

Salvaguardas para continuar vendendo “Sesmarias” por R$ 890, “Singular Nebbiolo” por R$ 375, “Cave Geisse Vintage Nature por R$ 550, Maria Valduga por R$ 190?

 Deveriam ter vergonha e começar a vender vinhos brasileiros por preços brasileiros.

  

 
« Effervescence soutenue et fine, un nez de poire, une bouche de pêche vive et charnue »
à partir de 43,90 €

 

Quero que alguém me convença qual a lógica em gastar R$ 84,90, para comprar o “Dadivas Chardonnay” da Lídio Carraro, quando posso beber melhor e gastar a metade (R$ 38,90), comprando uma garrafa de “Chardonnay Cosecha” da Tarapacá.

Faça como eu: há anos não compro vinhos nacionais e somente tento bebê-los quando me oferecem gratuitamente.

Salvaguardas?

Vão à merda

Dionísio.

quarta-feira, 24 de junho de 2020

ADEGA X VÍRUS



Mês passado dei continuação aos meus insanos ataques às garrafas que ainda resistiam, bravamente, na minha esquálida adega.

Sem remorso, logica ou parcimônia, detonei quase todo o estoque dos vinhos de Thomas Morey.

Passaram pelas minhas taças: “Bâtard-Montrachet”, La Truffiere” (2), “Les Dents de Chien” e, para não deixar rolha sobre rolha, sequei, também, uma garrafa de “Bâtard-Montrachet” e outra de"Bienvenue Bâtard Montrachet" de Paul Pernot.

Thomas Morey, desde sempre, um dos meus produtores prediletos, produz algumas imperdíveis joias vinícolas.

Thomas Morey me “seduziu’ com o raríssimo 1er Cru “Les Dents de Chien”.

Não conhecia, confesso, a denominação e muito menos os vinhos de Thomas

 Morey até que, um belo dia......

Viajando, pela região, acompanhado pelo amigo Pedro Marques, proprietário

 do ótimo restaurante “Terroso”, em Cascais, enquanto dirigia o carro pela

 estradinha que de Puligny leva a Chassagne, Pedro indagou: “Você conhece

 o Les Dents de Chien?



Minha negativa provocou mais uma intervenção de Marques: “Me disseram 

que é um ótimo vinho e que as parreiras do Les Dents de Chien 

confinam com as do Montrachet”

Não é preciso dizer que depois daquela “revelação” e para aprofundar meus 
conhecimentos, em todas minhas viagens pela região, caminhei diversas 

vezes sobre o terreno pedregoso das vinhas do “Les Dents de Chien”.

Não pensem, porém, que foi fácil encontrar o “Dentes de Cão”.

Tive que pedir informações, procurar em muitos “vignerons”, ouvir quase 

sempre “Je suis désolé mais je n'ai plus de vin à vendre” e somente, após 

incontáveis buscas, encontrei o raro 1er Cru bem no centro de Chassagne-

Montrachet na vinícola de Thomas Morey.

Bom vinho, interessante, intrigante, mas que não despertou grandes emoções.

O vinho do Morey, apesar de apresentar todas as características dos 

grandes brancos de Chassagne-Montrachet, pecava, assim como os de 

Bruno Colin, pelo excesso de manteiga.

Decidi não “acelerar” os tempos e, apostando em uma evolução benéfica,

 resolvi deixar ”envelhecer” o “Les Dents de Chien.

 Um belo dia abri a gaveta dos vinhos de “guarda” e dei de cara com 3

 garrafas do “ Les Dentes de Chien”.

Fui até a cozinha, me armei com um belo saca-rolhas e voltei à carga

Após alguns anos de adega a manteiga já não posava de “prima donna” 

liberando espaço aos aromas florais, cítricos, brioches .....

 Com o “declínio” da manteiga, a mineralidade, complexidade, estrutura e 

todas as raras características, que fizeram a fama dos vinhos de 

Chassagne, ganharam espaço e importância.

Thomas Morey, em sua “Domaine” possui alguns 1er crus e Grand Cru de 

altíssima linhagem, seus preços não são assustadores, a recepção é simples, 

calorosa e profissional.

Recomendo o produtor, com entusiasmo, e indico, além do raríssimo “Dents

 de Chien”, o não menos raro e interessante “Vide Bourse” e o 

extraordinário “La Truffiere”.

Voltando ao massacre das garrafas de Puligny e Chassagne devo salientar 

que o Bâtard-Montrachet 2009, do Paul, foi um pequeno degrau superior,

 mais elegante, mais complexo do que o do Thomas Morey.


Talvez o maior amadurecimento (2 anos) tenha feito a diferença.

Bacco

 

sábado, 20 de junho de 2020

SALVAGUARDAS & BONECAS INFLÁVEIS


Há mais de 3 décadas tive duas experiências que me marcaram muito.
 

A primeira foi com vinho nacional.
 
 

Em umas das minhas incursões iniciais, no mundo de Baco, lembro que sorvia uma garrafa ao lado de uma cocotinha da ''alta'' sociedade, do interior do estado (ela jurava que o pai era usineiro de cana de açúcar).
 

Ainda hoje lembro da dificuldade em encarar o vinho nacional e a caipirinha que se autodenominava, socialite.  

A memória marcante, número dois, foi minha primeira vez com uma boneca inflável.
 

 Bons tempos. 

Leio, outra vez, que há a enésima tentativa de salvaguardar (proteger) o vinho nacional. 

Mais uma.....  

Li o tal documento e nele consta que os produtores gaúchos buscam uma competição mais justa com o vinho importado.
 

Não contentes, complementam a defesa, do vinho gaúcho, com entrevistas onde defendem a importância de preservar a atividade da produção familiar, do RGS, citando números onde constam milhares de famílias com propriedades menores que 2.0 hectares (20.000 m2 a vocês do planeta concreto) etcétera e tal. 

Imagino que o pessoal, à frente das instituições, que pleiteiam as “salvaguardas”, precise veicular essas bobagens de tempos em tempos, apenas para justificar o emprego e aparências...... só pode ser. 

 


Mais uma vez eu vou tentar colocar na tela por qual razão penso que isso não passa de uma baita perda de tempo e uma cortina de fumaça das mais bobinhas: 

1) salvo (não guardas) raríssimas áreas, nessepaiz continental, as terras pouco o nada servem para a cultura de uva vinífera. 

Mesmo que houvesse condições climáticas iguais às da Argentina ou Chile, ainda não haveria produção suficiente para agredir o mercado do Mercosul.

 O mercado foi, e sempre será, da Argentina e Chile, apesar de reconhecer que   a maioria dos vinhos, lá produzidos, são muito ruins.

Como dizem, lá na roça, estamos falando de porco brigando com porco por casca de melancia.

 


2) faltam recursos humanos no setor vinícola bananico. 

 Nossos enólogos não viajam em inter-sem -câmbio, simplesmente porque ninguém é doido de “cambiar” profissionais com o RGS. 

 Imagina o cara saindo de Bordeaux para cair lá em Flores da Cunha e frequentar as escolas enológicas locais, deparar com equipamentos feitos no país, técnicos de laboratório etc.…Setor centenário com um amadorismo profissional exemplar.  

Tem que ser muito bom para continuar tão amador depois de tanto tempo (palmas).
 

 

3) O produto nacional é caro na base da base e mesmo suprimindo
 impostos, tentar exportar vinho, mesmo aqueles bem feitos que são poucos, mas existem, é difícil: Não conseguem competir.

Morrem na largada seja em dólar ou euro.

 Se fosse bom e competitivo já estaria nos supermercados chineses e americanos mesmo em pouca quantidade.

Dizem que o pouco vale muito.

Não nesse caso.

 Aqui a raridade não provoca nenhum desejo. 

4) não se muda acordo comercial com tanta facilidade.

 Eles sabem disso.

As tarifas vigentes, no Mercosul, mudariam somente se houvesse condições pós-apocalípticas e realmente justificáveis, depois de muito tempo de negociação e aprovação de todos os países.

Essa resolução é bem provável que mofe, por um bom tempo, nos gabinetes e computadores pagos por nosotros lá na capital do trambique federal. 

Se essas entidades estão realmente preocupadas com os “coitadinhos” pequenos produtores, por que não denunciam os predadores que compram suas uvas e seus vinhos e os pagam quanto e quando querem desrespeitando o preço mínimo estabelecido na região?  

Você que toma vinho desses predadores, tente lhes vender uvas.  Levará dois sustos: Verificar quanto pagam pela sua matéria prima e por quanto vendem a garrafa de vinho. 

Ihhhh, oo gauchada difici, tchammmm. 

Depois de mais de 30 anos as bonecas infláveis evoluíram e parecem mulheres reais...

 Em contrapartida o setor do vinho nacional, no geral, não evoluiu nem à paulada com ou sem salvaguarda.

 Em tempo: A mulher inflável japonesa dá de 10 na nacional. Salvaguarda aqui também? 

Percamos as esperanças.

Bonzo

 

quarta-feira, 17 de junho de 2020

ENO-HORROR II





Depois de ter obrigado meu olfato, paladar, estômago, fígado etc., às piores provas de resistência, possíveis, resolvi desarrolhar o Grand Cru Wiebelsberg 2008 de Marc Kreydenweiss.

 Antes mesmo de provar o vinho, sabia que meus sentidos e órgãos me perdoariam pelos dois insultos anteriores.

A cor dourada (ouro velho), que deixava transparecer a idade
 avançada do vinho, não me preocupou: Tinha absoluta certeza que aquele Resling poderia tranquilamente “viver” por mais alguns anos sem problema.

Já no nariz, os aromas cítricos e floreais, característicos da casta, se apresentaram prepotentes, dominantes.

Na boca a mineralidade, a refinada elegância e um final interminável, me fizeram esquecer o pavoroso Mâcon-Village e o horrível Cava Brut Nature.

 
Enquanto bebia o Grand Cru Wiebelsberg passaram pela minha mente as longas viagens pelo território alsaciano.

Região belíssima, onde França e Alemanha viveram intermináveis
conflitos, é hoje um exemplo de civilidade, tranquilidade e bem-estar.

Quando as lutas territoriais terminaram e os dois povos resolveram   embainhar as espadas e silenciar os canhões, surgiu
um pequeno mundo encantado (basta viajar pelas aldeias da
Alsácia para comprovar o que digo).

A Alsácia vinícola parece um mundo de fadas.

Há alguns anos escrevi as duas matérias que revelam minha admiração pela Alsácia, seus vinhos e seu território.

 A primeira descreve minhas impressões sobre o Grand Cru Wiebelsberg 2008 de Marc Kreydenweiss.
http://baccoebocca-us.blogspot.com/2015/03/grand-cru-wiebelsberg.html

http://baccoebocca-us.blogspot.com/2014/08/alsacia-x-maranhao.html

A segunda revela minha admiração pelas aldeias alsacianas.

Bacco

sexta-feira, 12 de junho de 2020

ENO-HORROR



Semana passada, para amenizar a mais longa quarentena do século, organizei um almoço dominical.

Os convidados deveriam trazer os vinhos e assim  o fizeram

Resultado: Eles conseguiram me apresentar alguns vinhos que jamais pensei beber nem sob tortura

Se alguém estiver pensado na minha enésima cantilena, sobre a ridícula qualidade dos vinhos nacionais, pensou errado: Há no mundo muitíssimos vinhos tão ruins ou até mais do que os nossos.

Depois de me assegurar de que alguns amigos estavam, até aquela data, livres da corona, resolvi oferecer-lhes um almoço nada banal: “Tomate Recheado ao Forno”, “Tagliatelle ai Frutti di Mare”, “Salmão ao Molho de Tomate Mostarda e Mel”.

Pratos com ingredientes bem diversos e sabores contrastantes que exigiam “inventiva” na escolha dos vinhos.

Comuniquei o cardápio aos amigos e esperei, com vivo interesse, a carta dos vinhos.

Interessante a escolha dos convivas:  Riesling 2008 “Wiebelsberg Grand Cru” Marc Kreydenweiss, “Macon Village” 2017 Domaine Eloy, Cava 2015 Bru Nature “Juvé & Camps”.

Iniciamos os aperitivos abrindo a garrafa de Mâcon Village.

Uma pequena pausa para adicionar algumas informações.

Conheço razoavelmente bem a região de Mâcon e já a visitei uma dúzia de vezes.

Em minhas viagens já me hospedei em Mâcon, Solutré Pouilly, Saint Veran, Vergisson.

Visitaram minhas taças: Pouilly-Fuissé, Pouilly-Vinzelle, Saint-Veran, Viré-Clessé, Mâcon-Village, Mâcon-Pierreclos, Pouilly-Loché …. Foram tantos, nem lembro quantos, mas tenho certeza que nenhum foi tão deplorável quanto o “Macon-Village” 2017 da Domaine Eloy......

Nem os Chardonnay chilenos, argentinos, italianos etc. conseguem ser piores (os nacionais conseguem).

O Macon-Village”, da Eloy, nem deveria ser etiquetado com o endereço da vinícola, cuja sede é em Fuissé.

Quem beber uma porcaria como aquela e não tiver um razoável conhecimento vinícola, evitará para sempre os vinhos da região.

Um monumental insulto ao Chardonnay.

Quando pensei que mais nenhuma eno-tragédia visitaria, naquela tarde, minha taça, um dos convivas apresentou, orgulhoso, o Cava Brut Nature “Juvé & Camps”.

Meu conhecimento de Cava é mais que limitado, confesso, mas minha quilometragem “espumantistica” não é desprezível.

Minha preferência pelas “bolhas” é notória e não tenho receio em afirmar que o vasto repertório me permite, com apenas um pequeno gole, perceber a qualidade do espumante que há na taça.

Quando provei o Cava uma grande dúvida me assaltou: “Qual a pior bosta do dia? O Mâcon-Village ou o Cava Brut nature?

Com a franqueza que me caracteriza, mas que contive, com muito esforço, no julgamento do Mâcon-Village, exclamei: “Este Cava é um dos piores espumantes que já bebi e não estivesse olhando para a garrafa juraria se tratar de um espumante nacional de péssima qualidade”.

É difícil entender uma Espanha vinícola, que revelou, na minha opinião, um dos melhores vinhos brancos do planeta, o Viña Tondonia, vinificar e comercializar uma porcaria de espumante “che fa cagare”.

Se você estiver descrente, deprimido, arrasado, por ter sido tratado como um enoloide pela Valduga e seu premiado “Melhor do mundo 130 “, mas mesmo assim quiser ir além, cavar, cavar, até encontrar o fundo do poço, vá de Cava Brut Nature “Juvé & Camps”...... Tudo o que beber, depois, parecerá “Don Perignon”.

O Cava custou R$ 160 e o quase Chardonnay R$ 89 na promoção.

Após as duas experiências terríveis abrimos o Rieslig 2008 “Wiebelsberg Grand Cru” Marc Kreydenweiss.

Continua..

Bacco

sexta-feira, 5 de junho de 2020

LA VIE EN ROSE



Li com atenção, como sempre, a matéria em que Dionísio detona a palhaçada, promovida e incentivada pela Casa Valduga, na qual a vinícola gaúcha se auto elege como produtora do melhor espumante do mundo.

Muitas vinícolas nacionais competem com nossos políticos na corrida para ganhar a “merdalha” da suprema desonestidade intelectual.
 Confesso que será extremamente difícil apontar o vencedor......

Uma frase do texto chamou minha atenção: “Há mais eno-idiotas hoje, do que ontem e menos do que haverá amanhã .........e por aí vai”
Lapidar!
Eu acho que os enófilos deveriam ser, assim, classificados: Os que não sabem beber, os que acham que sabem beber, os que sabem beber, os que bebem etiquetas.
Os que não sabem beber são a escandalosa maioria.
Os que acham que sabem beber são, também, incontáveis e insuportáveis.

Os que sabem beber são poucos, especialmente, no Brasil.
Os bebedores de etiquetas são os mesmos da 1ª e 2ª turma, mas adoram ostentar suas garrafas caríssimas, nem sempre boníssimas e muitas vezes falsificadíssimas.

Onde quero chegar?
Continue lendo e verá onde....
Leio com desespero e estupefação que o “ Ministero delle Politiche Agricole” (Ministério da Agricultura da Itália) aprovou, há pouco, uma modificação no disciplinar do Prosecco.
 Depois de breve estudo o ministério   autorizou, a produção do “Prosecco Rosé”.
Alguns dados: O Prosecco, em 2010, derramou no mercado 140 milhões de garrafas.
Em 2019 as garrafas produzidas foram 564 milhões.
Em 2010 os vinhedos do Prosecco cobriam 16.000 hectares.
Em 2019 os hectares já eram 95.000.

Todo o sucesso do Prosecco não satisfez a insaciável fome dos produtores que não conseguem e nem querem parar de crescer e aumentar o faturamento.
E a qualidade?
Uma tragédia!
Há anos não coloco uma gota de Prosecco na boca, mas há um exército imensurável de eno-idiotas que o adoram.
É justamente aí que Dionísio tem razão ao declarar que os enoloides não param de aumentar.


O mais interessante é aprofundar a pesquisa.
O “Consorzio del Prosecco DOC” resolveu pedir a autorização, para produzir o Prosecco Rosé, depois de conhecer o resultado de uma pesquisa realizada em 2019.
O estudo revelou que 74% dos entrevistados, nos Estados Unidos, estavam convencidos de ter visto, nas prateleiras dos supermercados, o Prosecco Rosé.

O mais interessante e que 46% dos enoloides americanos afirmaram que já o havia bebido.
Quem acha que há enoloide em profusão nos Estados Unidos, precisa saber que, na mesa pesquisa, realizada na Itália, 54% dos peninsulares juraram, de patas juntas, que conheciam o Prosecco Rosé e 23% juraram tê-lo bebido.
A novidade rosada será produzida com 85/90 de Glera e 10/15% de Pinot Noir .
O Prosecco “original”, que é uma bosta, em breve poderá ser degustado na versão “Prosecco-Bosta-Rosé”

 Para captar toda a gama de aromas e sabores do “Prosecco-Bosta-Rosé” recomendo acompanhar a degustação com a imortal “La Vie em Rose” …. Dói menos
Bacco.