Depois de ter obrigado meu olfato, paladar, estômago, fígado etc.,
às piores provas de resistência, possíveis, resolvi
desarrolhar o Grand Cru Wiebelsberg 2008 de Marc
Kreydenweiss.
Antes mesmo de provar o vinho, sabia que meus sentidos
e órgãos me perdoariam pelos dois insultos anteriores.
A cor dourada (ouro velho), que
deixava transparecer a idade
avançada do vinho, não me preocupou: Tinha
absoluta certeza que aquele Resling poderia tranquilamente “viver” por mais
alguns anos sem problema.
Já no nariz, os aromas cítricos e
floreais, característicos da casta, se apresentaram prepotentes, dominantes.
Na boca a mineralidade, a
refinada elegância e um final interminável, me fizeram esquecer o pavoroso
Mâcon-Village e o horrível Cava Brut Nature.
Enquanto bebia o Grand Cru
Wiebelsberg passaram pela minha mente as longas viagens pelo território
alsaciano.
Região belíssima, onde França e
Alemanha viveram intermináveis
conflitos, é hoje um exemplo de civilidade,
tranquilidade e bem-estar.
Quando as lutas territoriais
terminaram e os dois povos resolveram embainhar as espadas e silenciar os canhões, surgiu
um pequeno mundo encantado (basta viajar pelas aldeias da
Alsácia para
comprovar o que digo).
A Alsácia vinícola parece um mundo
de fadas.
Há alguns anos
escrevi as duas matérias que revelam minha admiração pela Alsácia, seus vinhos e
seu território.
A primeira descreve minhas impressões sobre o Grand Cru Wiebelsberg 2008 de Marc Kreydenweiss.
http://baccoebocca-us.blogspot.com/2015/03/grand-cru-wiebelsberg.htmlhttp://baccoebocca-us.blogspot.com/2014/08/alsacia-x-maranhao.html
A segunda revela minha admiração
pelas aldeias alsacianas.
Bacco
O homo bananicus he apedrejado por quem acha que sabe tomar vinho (muitos de nos que somos sabidoes do vinho), mas vou defender esse coitado que so toma porcaria:
ResponderExcluirQuando se arrisca com algum vinho caro e sai da zona do conforto (leia alamos malbec, gato negro carmenere ou lixo equivalente), vem bomba de madeira e geleia e ressaca milenar.
E se apos muita aporrinhacao o coitado tenta um vinho diferente das europa, vem algo caro para cacete, oxidado e velho (champagne) ou somente muito caro.
Volta para o reino de argentina e chile e nao se arrisca mais.
Adieu, grand ravageur.
PQP. Resumiu o que sempre quis escrever. Parabéns
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