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sábado, 30 de março de 2024

BOICOTE

 


Sempre acompanho, por puro masoquismo, as ofertas e promoções dos vinhos que nossos predadores-produtores postam nas redes sociais.

Tento, mas não consigo, entender qual a razão de nosso país abrigar tamanha quantidade de eno-retardados (politicamente incorreto?) Dispostos a levar para casa vinhos nacionais, reconhecidamente medíocres, por preços que fariam desmaiar os consumidores europeus.

Todavia há mais do que um “mistério”: as vinícolas nacionais prosperam, enriquecem, possuem milhares de hectares de vinhedos, adegas faraônicas, patrocinam centenas de “influencers”, sommelier, revistas, críticos etc. ....

Onde está, então, o “pulo do gato”?



 Conseguem vender tudo o que produzem, mesmo garrafas que custam estratosféricos R$ 300 – 500 - 1.000 ou mais até

É a vitória da eno-hipnose para enófilo com capacidade intelectual limitada (antes do politicamente correto era retardado mental, mesmo).

Sim, somente alguém com neurônios em adiantado estado de liquefação é capaz de levar para casa um vinho nacional, com pouco sabor de vinha, muita adega e muita química, por preços superiores aos que os europeus pagam por um Barolo, Chablis, Grevrey Chambertin, Dom Perignon, Brunello di Montalcino, etc.



O mais incrível é que, pesquisando nas gondolas dos supermercados, não é difícil encontrar bons vinhos chilenos, italianos e especialmente portugueses, por preços muito mais baixos do que os das zurrapas nacionais.

Para completar, o quadro dantesco, o governo faz a sua parte impondo um velado “ma non troppo” protecionismo e taxando exageradamente as importações.

  As importadoras-predadoras se encarregam do resto e estupram, sem piedade, os enófilos tupiniquins.



No Brasil qualquer pessoa de bom senso bebe cerveja ou vira abstêmio.

Qual a razão de minha enésima catilinária?

Leio, em um site da Bota, que 2023 foi um ano difícil para o vinho italiano e que 2024 não será muito melhor.

 O artigo comenta que, em 2023, os supermercados e atacadistas venderam “apenas” 756 milhões de litros de vinho (3,3% menos do que o ano anterior)

A matéria, também, aponta quais foram os vinhos mais vendidos em 2023:




Prosecco e outros espumantes = 43 milhões de litros.

Chianti = 16 milhões de litros

Lambrusco = 15 milhões de litros

Montepulciano D’Abruzzo = 13 milhões de litros

Vermentino = 10 milhões de litros.

O consumo diminuiu 3,3%, em compensação ...teve um aumento de 6,3% nos preços.

A matéria termina informando que em 2023 o preço médio dos vinhos DOC, DOCG e IGT, foi de 5,4 Euros/litro.



Sim, você leu bem... 5,4 Euros/litro (garrafa 4,5 euros).

O consumidor brasileiro, precisa desembolsar R$ 25,49 (4,8 Euros),  para comprar esta “magnífica-tremenda-bosta”:



Salton Classic Reservado Corte Tinto Suave

Salton Classic Reservado Corte Tinto Suave: um vinho vermelho rubi com aromas de morango, mirtilo e groselha. Paladar doce e equilibrado com taninos sedosos. Ideal para harmonizar com entradas, sobremesas e pratos típicos. 

Parte superior do formulário

R$ 39,90

R$ 25,49 no pix

 

Deu inveja?

Inveja que aumentará ao compararmos os 1.000 Euros (R$ 5.400) que recebe mensalmente o trabalhador italiano e o nosso “salário ínfimo” (R$ 1.412).

Resumindo: O lixeiro italiano, com seu 1.000 Euros poderia levar para casa 222 garrafas de Barbera, Chianti, Valpolicella, Soave etc.



O Zé da Silva, lixeiro brasileiro, com seus R$ 1.412, leva para seu barraco 55 garrafas da ”tremenda bosta” da Salton.



Quando você vir um dos muitos influencers picaretas (Leandro Baena em 1º lugar) que por dinheiro promovem até Sangue de Boi, mande-o para aquele lugar, corra ao supermercado mais próximo e compre um belo vinho português ou chileno.

Os preços dos vinhos nacionais só serão razoáveis quando os enófilos adotarem o boicote.

Garrafa brasileira custando mais de R$50?

É assalto

Dionísio.

  

quarta-feira, 27 de março de 2024

VERMENTINO LAURA ASCHERO 2

 


Vermentino, casta originaria do oriente médio, no século XIII - XIV (não é conhecida a data certa) foi levada para a Espanha, continuou sua peregrinação até Languedoc-Roussilion (onde é conhecida como Malvoisie Précoce d’Espagne), Córsega, Sardenha e finalmente chegou na Toscana e Ligúria.

Dos 8.250 hectares de Vermentino, presentes na Itália, a Ligúria contribui com 500 hectares.



Apesar da modesta área é preciso lembrar o total da viticultura lígure não supera os 1.500 hectares.

O Vermentino é, então, o vinho mais produzido e consumido na Ligúria.

Menos badalado e mais barato do que seu primo “Vermentino di Gallura”

(Sardenha), o Vermentino lígure é mais delicado, mais fácil de beber e

 menos alcoólico.



O Vermentino da Ligúria não é um grande ou importante vinho, mas no contexto regional acompanha regiamente os pratos de peixes e frutos do mar da cozinha local e alegra, sem complexos, a hora dos aperitivos vespertinos.

Três problemas, todavia, impedem sua penetração no mercado italiano e europeu: baixa produção, preço elevado e falsificação.

O total da produção vinícola da Ligúria não ultrapassa os 4,5 milhões de garrafas, número risível se comparado ao dos 17 milhões de turistas que visitam anualmente a região.

  Analisando os números é fácil perceber que a procura é bem maior do que a oferta e há anos tento descobrir de onde   brotam tantas garrafas de Vermentino, Pigato, Cinque Terre, Rossese, etc.

Sem a ajuda de algum personagem bíblico, que transforme a água em vinho, é bem provável que muito Vermentino lígure tenha sotaque siciliano, napolitano ou de outra região do sul da Itália.



Em matéria de 2016 já abordava o “milagre” do vinho “Cinque Terre” “milagre” que agora se espalha por toda a região.

Leia. https://baccoebocca-us.blogspot.com/2016/05/o-milagre-do-vinho-cinque-terre.html

Além da falsificação os produtores locais abençoam o tsunami de turistas e não hesitam em   praticar preços “brasileiros”.

LIDIO CARRARO SHAAR- ADONAY

DESTAQUELANÇAMENTO

A Partir de:
R$ 232,00



Os produtores sabem perfeitamente que existe um mar de turistas “eno-tontos-abonados” que não se incomodam em pagar até, pasmem, 30/40 Euros por uma garrafa de Vermentino.

A grande procura resulta, além dos altos preços, na escassa qualidade ...... há um mar de Vermentino “Che Fa Cagare”.

 O Vermentino, então, é um vinho caro e uma tremenda bosta?

Nem sempre ...... o vinho da “Laura Aschero” é a prova que é possível vinificar o Vermentino com honestidade, inteligência e competência alcançado, assim, ótimos resultados.

A “Laura Aschero”, pequena vinícola de Pontedassio, produz 70.000 garrafas esmagando apenas uvas típicas da região:  Pigato, Rossese e Vermentino.



O Vermentino, da Laura Aschero, apresenta cor amarelo brilhante com reflexos esverdeados, aromas sutis, finos, elegantes e na boca é quase cremoso.

 Um vinho que entusiasma pelo belo corpo e agradável longo final.

Belo vinho que recomendo com entusiasmo para os turistas que visitam a Ligúria.

Preço?  Nas enoteca 15/20 Euros.

Bacco

sexta-feira, 22 de março de 2024

VERMENTINO LAURA ASCHERO

 


Santa Margherita não é procurada pelos turistas por ser um paraíso gastronômico.

Endereço eminentemente turístico e de fama mundial    (a Ligúria, em  2023, recebeu mais de 17 milhões de turistas), não revela endereços estrelados, locais requintados, sofisticados, com cozinhas inventivas ou de altíssima qualidade.



Os restaurantes locais oferecem aquela meia dúzia de manjados pratos da culinária regional e que podem ser encontrados em todos os restaurantes desde Ventimiglia até Bocca di Magra (veja no google maps).

 Trofie al Pesto (massa com molho de manjericão), Fritto Misto (fritura de peixe), Spaghetti alle Vongole, Peixe à Lígure, Pansotti in Salsa di Noci (massa recheada com verduras e molho de nozes), Coniglio alla Ligure (coelho à moda lígure) etc.



Pratos simples, fáceis de preparar, mas sempre muito bem cobrados......Comer, em Santa Margherita, não é barato.

Nos meses invernais muitos locais fecham as portas e somente reabrem quando a temperatura mais amena anuncia o início da primavera e a volta dos turistas.


Há sempre e ainda bem, alguns restaurantes e bares que permanecem de plantão para atender os moradores e os raros turista dos finais de semana.

Após anos de experiências, nem sempre agradáveis, enxuguei minha lista de restaurante e hoje frequento apenas aquela meia dúzia que atende minhas modestas “exigências”: Boa cozinha, preços justos e proprietários sorridentes.

Se alguém estiver se perguntando qual a importância dos “proprietários sorridentes” e fácil perceber que o questionador nunca esteve na Ligúria…. Os lígures são de uma gentileza e alegria comparáveis as de um rottweiler faminto. 



Almoçar ou jantar, “vigiado” pelos olhares de um rottweiler lígure, é uma experiência nada agradável.

Emilio, proprietário do “Santa Lucia”, restaurante localizado na orla mais badalada da cidade, foge à regra e sempre recebe os clientes com um discreto, mas permanente e sincero sorriso.


O sorriso é importante, mas a cozinha de ótima qualidade e os preços praticados, são os motivos que fizeram eleger o “Santa Lucia” um dos meus três restaurantes prediletos da cidade.

Março é o mês em que as alcachofras “invadem” as mesas italianas para a alegria dos apreciadores da espinhosa (nem sempre.) hortaliça e eu sou um deles.



Emilio nem pergunta: Uma bela salada de alcachofras cruas, pequenas lulas ao molho de alcachofras, grissini pão, uma taça de vinho, agua com gás = 20 Euros.



Valor inimaginável para o turista que resolve almoçar ou jantar em Santa Margherita, mas a minha “fidelidade” e presença constante, amolecem até os mais duros corações lígures......



A taça, que Emilio propõe e serve, é quase sempre a de um vinho local: Pigato, Albarola, Bianchetta Genovese, Vermentino....

Semana passada, como de costume, Emilio me ofereceu o vinho, eu provei e...... “Que vinho você me serviu?



Emilio, quase apavorado, esbugalhou os olhos e balbuciou: “É um Vermentino da Laura Ascheri....Você não gostou? ”

Respondi que havia gostado e gostado muito, mas vamos voltar ao passado.



Bebi inúmeras garrafas de Pigato, da mesma vinícola, mas, o Vermentino é uma casta que não nunca me empolgou (a não ser a da Sardenha), sendo assim, nem lembrava se e quando o havia bebido alguma vez.

Interessante e belo vinho que merece a próxima matéria.

Bacco

    

quinta-feira, 14 de março de 2024

FELIZ O TEMPO QUE PASSOU 3

 


Em minha última matéria abordei o declínio dos grandes “papas” do vinho que comandaram as tendências, gostos e desgostos, dos enófilos, por mais de duas gerações.

Devo informar que os Parker & Cia não influenciaram somente o consumidor, mas revolucionaram todo o sistema produtivo, também.

A maior parte das engarrafadoras italiana produzia vinho com as uvas fornecidas por pequenos viticultores.



Durante muitos anos o sistema funcionou normalmente sem grandes mudanças.

Com o passar dos anos os viticultores perceberam que os vinhos, produzidos com suas uvas, eram vendidos, pelas engarrafadoras, por preços altamente lucrativos e os donos das grandes vinícolas a cada dia se tornavam mais ricos e não se preocupavam em esconder suas vaidades, frequentando programas televisivos, restaurantes estrelados ao lado de belas mulheres e desfilar com SUV de alta cilindrada.



 Os pequenos vinhateiros pararam para e pensar e... “Espera, aí....se deixar de vender as uvas e eu mesmo vinificar e engarrafar posso ganhar muito mais”.

Em poucas e simples palavras foi o que exatamente aconteceu, assim, milhares de viticultores deixaram de vender seus cachos e começaram a produzir suas garrafas.



Exemplos 1: Bruno Giacosa não possuía uma vinha sequer e seu famoso “Barolo Vigna Rionda” nascia de uvas fornecidas pelo viticultor Tommaso Canale.



Canale, que possuía 1,64 hectares de vinhas, no famoso cru de Serralunga D’Alba, foi acompanhando a evolução dos preços de Giacosa e um belo dia decidiu que era chegada a hora de deixar de vender suas uvas e começar a produzir o seu “Barolo Canale Vigna Rionda”.

Tommaso Canale foi um dos milhares de viticultores que tomaram a decisão de vinificr em próprio e entraram no mercado com suas etiquetas.



Exemplo 2: A Nicola Bergaglio não vendia suas uvas Cortese, mas entregava seu vinho, já engarrafado, à famosa vinícola “La Scolca” que somente tinha o trabalho de etiquetar e vender o “Gavi dei Gavi Etichetta Nera” por 400% a mais.



Alguém acredita que os predadores sentiram o golpe, se apavoraram e decidiram pagar mais pela matéria prima aos pequenos viticultores?

Quem acreditou, errou e errou feio.

As vinícolas estavam com os cofres tão abarrotados que não tiveram nenhum problema em sair às compras (Giacosa, incluso) e arrematar tudo o que podiam e queriam.

Resultado: Em 1990 havia, na Itália, 791.000 empresas vinícolas em 2023 o número baixou para “apenas” 255.000.

 Outro dado importante: em 1990 tamanho médio das propriedades era de 0,9 hectares hoje é 2,5 hectares.

Quem resistiu, não vendeu e se estruturou, ganhou muita grana.



Exemplo: Em 1990 um hectare de vinhas de “Brunello di Montalcino”, valia 40 milhões de Liras que correspondem aos atuais 36.550 Euros.

Hoje quem quiser comprar o mesmo hectare, em Montalcino, deverá desembolsar 750.000 Euros.

Mas o mundo gira, gira, gira e.....agora há mais uma crise no setor que atinge, fortemente, os vinhos tintos.

O alerta começou nos Estados Unidos onde, em 2023, as vendas dos tintos diminuíram em 9%.

Os mais atingidos foram os vinhos produzidos com Cabernet Sauvignon -7%, Merlot –12% e o Syrah -17%.



Na Itália, também, os vinhos tintos perdem terreno e a grande distribuição (supermercados, atacadistas, distribuidores etc.) diminui em 800.000 hectolitros suas compras de Barolo, Amarone, Chianti, Brunello, di Montalcino, Montepulciano, Primitivo, Nero D’Avola etc.

Os produtores mandam, de uma vez por todas, os vinhos parkerianos para a lixão da história vinícola e apostam em garrafas com menos álcool, leves e com forte identidade territorial.

Para completar o quadro de declínio: muitos países  produtores, entre eles, USA, Chile, Argentina, Austrália, África do Sul, estão erradicando os vinhedos de Cabernet Sauvignon, Merlot e Cia substituindo-os por Chardonnay e Sauvignon Blanc.



No Brasil dos trópicos e dos 35º de temperatura, os grandes entendedores de vinho, continuam bebendo Amarone, Barolo, Nero d’Avola, Malbec e quanto mais alcoólicos melhor.

Para encerrar, não poderia deixar de parabenizar à vinícola Lídio Carraro que, com seu apurado faro de grande predador, lançou o “Vinum Amphorae” um blend de Merlot, Pinot Noir, Nebbiolo e Malbec.



Não sei se o “Vinum Amphorae” vem com um folheto explicativo escrito em latim, como na etiqueta, mas sei que seus 15,5º de álcool e seus R$ 657,90 de custo, comprovam que a Carraro é o palhaço mais ridículo do circo vinícola brasileiro  



Parabéns!

Dionísio

 

segunda-feira, 11 de março de 2024

A VIDA SEM ÁLCOOL

 


A série histórica de Dionísio, titulada ‘’Feliz o Tempo que Passou’’, tem alguns pontos que servem de debate.

 Gosto desse tipo de coisa. 

Algumas salvas de entrada: A renda per capita média na Itália em termos REAIS de 1960 até 2023 sofreu uma redução de 5%.

 


 Baita cacetada, portanto. 

Países, outrora do G7, com redução populacional a níveis alarmantes envelhecem e perdem consumidores.

Paulada dupla turbinada.

Os níveis de álcool, consumidos na Itália (em outros países europeus idem), de 1960 até meados de 2020 caiu, e caiu muito.

Não foi somente o consumo de vinho.


Jovens e mais velhos estão adquirindo conhecimento muito rapidamente sobre os malefícios de bebida alcoólica (resistência à insulina é para mim o pior de todos). 

Como já provam e dizem vários pesquisadores na área: Não há nível seguro de álcool.

 Quanto mais e mais frequente, pior.

Em casa somos/éramos consumidores normais de bebidas alcoólicas por décadas.

Algumas transformações hormonais e alguns meses sem beber álcool mostraram rapidamente os benefícios de cortar álcool do cotidiano.

Infelizmente a vida REAL melhora sem álcool (ou sem qualquer outra substância que altere o estado mental). 

Aquela outra vida (fuga da realidade) pode esperar para mais tarde.



O último ponto e vantagem em não beber álcool: Sobra dinheiro de baciada no mês. 

No chamado primeiro mundo os jovens voltaram a morar com papai e mamãe (bando de inúteis literalmente sem vergonha) e isso acarretou sobra na renda deles que está sendo gasta em baboseira.

 Houve um aumento considerável em gastos de coisas supérfluas.

 E o álcool não consta da lista deles.

Resumo da epopeia: Há décadas que os níveis de álcool, nos países tradicionais, desabam.

 Enquanto isso há aumento das populações em lugares bem mais pobres (África, Índia) onde não há costume de bebida alcoólica ou a religião não permite.  

As boas e más notícias se espalham rápido (sic), como os milhares de artigos citando malefícios do álcool e o aumento do consumo de cocktails e outras bebidas sem álcool.

 Amigo conta para amigo que conta para amigo que tomou gin, whiskey, vinhos deliciosos sem álcool. 


Muita risada, muita cantada, muita batida de carro, tudo isso às custas de álcool, o lubrificante social há milhares de anos movendo o planeta (nem sempre na direção correta) perde a tal majestade. 

 Será que haverá substituto para uma vida sem eventual fuga da realidade?

Ao mesmo tempo que me tornei mais ciente de cortar ao máximo a bebida da minha vida, também me lembro da importância de aproveitar cada etapa da vida no limite do que for possível.



 Arrependimento das churrascadas com pavê de sobremesa?

 Nunca.

Foi ótimo.

 Os mais jovens estão satisfeitos com uma vida sem carro (outra tendência forte), sem álcool, sem sexo, sem estudo, sem emprego ou carreira, sem conquistas, sem viver. 


Velhos e inúteis bem antes da hora........ Percamos quaisquer esperanças

 Bonzo