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segunda-feira, 11 de março de 2024

A VIDA SEM ÁLCOOL

 


A série histórica de Dionísio, titulada ‘’Feliz o Tempo que Passou’’, tem alguns pontos que servem de debate.

 Gosto desse tipo de coisa. 

Algumas salvas de entrada: A renda per capita média na Itália em termos REAIS de 1960 até 2023 sofreu uma redução de 5%.

 


 Baita cacetada, portanto. 

Países, outrora do G7, com redução populacional a níveis alarmantes envelhecem e perdem consumidores.

Paulada dupla turbinada.

Os níveis de álcool, consumidos na Itália (em outros países europeus idem), de 1960 até meados de 2020 caiu, e caiu muito.

Não foi somente o consumo de vinho.


Jovens e mais velhos estão adquirindo conhecimento muito rapidamente sobre os malefícios de bebida alcoólica (resistência à insulina é para mim o pior de todos). 

Como já provam e dizem vários pesquisadores na área: Não há nível seguro de álcool.

 Quanto mais e mais frequente, pior.

Em casa somos/éramos consumidores normais de bebidas alcoólicas por décadas.

Algumas transformações hormonais e alguns meses sem beber álcool mostraram rapidamente os benefícios de cortar álcool do cotidiano.

Infelizmente a vida REAL melhora sem álcool (ou sem qualquer outra substância que altere o estado mental). 

Aquela outra vida (fuga da realidade) pode esperar para mais tarde.



O último ponto e vantagem em não beber álcool: Sobra dinheiro de baciada no mês. 

No chamado primeiro mundo os jovens voltaram a morar com papai e mamãe (bando de inúteis literalmente sem vergonha) e isso acarretou sobra na renda deles que está sendo gasta em baboseira.

 Houve um aumento considerável em gastos de coisas supérfluas.

 E o álcool não consta da lista deles.

Resumo da epopeia: Há décadas que os níveis de álcool, nos países tradicionais, desabam.

 Enquanto isso há aumento das populações em lugares bem mais pobres (África, Índia) onde não há costume de bebida alcoólica ou a religião não permite.  

As boas e más notícias se espalham rápido (sic), como os milhares de artigos citando malefícios do álcool e o aumento do consumo de cocktails e outras bebidas sem álcool.

 Amigo conta para amigo que conta para amigo que tomou gin, whiskey, vinhos deliciosos sem álcool. 


Muita risada, muita cantada, muita batida de carro, tudo isso às custas de álcool, o lubrificante social há milhares de anos movendo o planeta (nem sempre na direção correta) perde a tal majestade. 

 Será que haverá substituto para uma vida sem eventual fuga da realidade?

Ao mesmo tempo que me tornei mais ciente de cortar ao máximo a bebida da minha vida, também me lembro da importância de aproveitar cada etapa da vida no limite do que for possível.



 Arrependimento das churrascadas com pavê de sobremesa?

 Nunca.

Foi ótimo.

 Os mais jovens estão satisfeitos com uma vida sem carro (outra tendência forte), sem álcool, sem sexo, sem estudo, sem emprego ou carreira, sem conquistas, sem viver. 


Velhos e inúteis bem antes da hora........ Percamos quaisquer esperanças

 Bonzo

10 comentários:

  1. Penso que a forma de viver a vida dos jovens é parcialmente algo cultural dessa geração e parcialmente uma resposta adaptativa ao que se tornou o mundo do trabalho. Sejamos honestos, praticamente qualquer pessoa que chegava no mercado de trabalho nos anos 70 ou 80 (talvez até 90) com um diploma na mão conseguia um emprego capaz de sustentar uma família com dignidade. Hoje, o jovem sai da faculdade com diploma de mestrado, 3 idiomas e experiência no exterior para ganhar uma merreca e ser constantemente lembrado de que se não trabalhar inúmeras horas extras poderá ser demitido na próxima "reestruturação". Não vou nem falar da inteligência artificial que irá desempregar legiões. Muitos decidiram chutar o balde mesmo, se for pra ganhar mal prefiro pelo menos um pouco de liberdade, vários estão optando por empregos braçais. Da mesma forma a taxa de natalidade despenca, pois um requisito fundamental para criar filhos é renda e segurança em relação a manutenção dessa renda. Chegando no mundo dos vinhos, creio sim que a tendência é uma forte queda visto que é uma bebida muito cara em relação a média, mais fácil se abster do álcool ou buscar outras opções. O mundo está se tornando um pouco 1984, onde uma minuscula elite toma vinhos de altíssima qualidade e todos demais gin vagabundos. Classe média é algo em extinção então quem vende artigos de semi luxo pra ela que se cuide.
    Tagarela.

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  2. A vida é uma merda de qualquer jeito, com ou sem álcool

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    1. Caramba! Quem te lê vai pensar que você vive no Brasil. 😳

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    2. Bingo! O limbo de benefícios do mundo dos vinhos tem baliza estreita, disciplina como sempre é a melhor estratégia. Eu do Bonzo trataria a resistência à insulina com dieta, exercício e medicamento e aumentaria um pouco a oferta de vinho na vida

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  3. Excelente artigo, CT. Um dos melhores que li por daqui. Apenas em relação a India, tenho vários amigos de lá, que me disseram enfrentar muitos problemas com alcoolismo e obesidade. Tragicamente, os pais de dois deles morreram de cirrose hepática.

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    1. Li ontem artigo the economist semana passada falando sobre isso; India se encontra obesa e mal nutrida. Eu conheco a turma do sul (Kerala) que realmente adora um glut glut.

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    2. Pois é. Um destes amigos me disse que a expectativa de vida lá é baixa, não praticam esportes e que indiano magro e praticante de yoga é coisa de filme.

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  4. E, por outro lado, movimentos intensos para liberar a maconha.

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  5. Bonzo, a vida sem álcool também fez diminuir o número de matérias por aqui, não tem um livro de anotações de vinhos degustados? Antes eu retirava o rótulo e anotava minhas impressões, depois migrei p fotografia. Vc deve ter algo semelhante

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