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terça-feira, 25 de agosto de 2020

PALHAÇOS & PREDADORES





O tragicômico vídeo, dos apresentadores da Rádio Pampa, poderia ser considerado um belo exemplo do exagerado e ridículo sentimento bairrista que já faz parte do folclore gaúcho.

Os nossos irmãos do Sul, não todos e ainda bem, acreditam que o Rio Grande é o paraíso terrestre e que, lá, tudo é melhor, maior, incomparável.

Acreditem: há um exército de gaúchos que acredita ser, o Bordô, um grande vinho e que as garrafas da Serra Gaúcha nada devem às francesas italianas, portuguesas, espanhola etc.

Os palermas da Rádio Pampa devem ter levado uma esmola dos Valduga, mas, provavelmente, acreditam que o “130” seja realmente superior aos Champagne.

É o complexo “gauchês” de superioridade que, incontido, aflora


Um dos palermas, no final da patética apologia ao “130” dos Valduga, não se contém e chama de otário quem compra espumantes importados por R$ 2.000/3.000 sem saber que o “...melhor espumante do mundo é vendido no Brasil por menos do que R$ 150”.

O babaca nem sabe quanto custa um bom Champagne no Brasil e chuta R$ 2.000/3.000.

É preciso salientar que R$ 150 equivalem a 25 Euros e as prateleiras, das enotecas e supermercados da Europa, estão repletas de ótimos Champagne que custam 18/30 Euros e que um produto equivalente ao “130” é vendido por 3/5 Euros.

O mais interessante é que o custo de vida na Europa está quase proibitivo e o Brasil, de tão barato, se transformou no próprio Éden.

Vamos analisar alguns preços: Filé mignon 33,90 Euros (R$ 204) o kg, coxão duro 22,90 (R$ 133), ovos ½ dúzia 1,59 (R$ 9,54), leite 1 litro 1,99 (R$ 12), peixe dourada 25,9 (R$ 155), atum 15,90 (R$ 95) e por aí vai.......

Verdura, frutas, frango, porco, arroz, açúcar, café etc. custam muito mais na Itália e se o Real continuar sua corrida “baixista” em poucos dias serei conhecido como “Dionizinho-Pão-e-Vinho”: Vou viver, apenas, comendo pão e bebendo vinho



Sim, meus caros amigos da Rádio-Valduga-Pampa, o vinho é um dos raros produtos que, apesar do Euro ultrapassar a barreira dos 6 R$, custa muito menos na Itália do que no Brasil.

Não vou argumentar, basta olhar as fotos.

Qual a razão?


Várias, mas as mais relevantes e que saltam aos olhos (e na carteira....): Forte consumo, grande produção, muita concorrência.

O Brasil produz 45 milhões de litros de vinho e 145 milhões daquele liquido que os produtores, sem enrubescer de vergonha, nos “empurram” goela baixo (Sangue de Boi, Sinuelo, Cantina da Serra, Chapinha, Gões, Canção e outras grandes bostas.....)

A Itália derrama no mercado 5 bilhões de litros

Deu para perceber a diferença?

Produtores de vinhos no Brasil: Pouco mais de 1.100

Produtores de vinho na Itália: Perto de 46.000.


O pior, para os consumidores brasileiros, é que meia dúzia de produtores domina 90% do mercado, dita normas, preços, comercialização e política predatória cujo lema é: “Meter a mão sem dor nem remorso”

Os pequenos viticultores nada representam e já nascem, também, portadores do “Vírus-Predatórius”.


O vírus ataca, logo após o nascimento e os vinicultores, já no primeiro ano de vida, acreditam que podem produzir Puligny-Montrachet, Barolo, Don Perignon, Brunello, Cheval-Blanc e outros ícones da viticultura mundial.

 Na comparação, a qualidade é ridícula, mas os preços praticados nada devem aos grandes e renomados franceses, italianos, espanhóis, portugueses etc.

Acreditem: A mentalidade predatória dos produtores, aliada à falta de seriedade e despreparo de nossos formadores de opinião, críticos, ministradores de curso etc. e finalmente a disparada do dólar, levará o consumo de vinho, no Brasil, a níveis ainda mais risíveis que os 1,9 litros/anos atuais.

Dionísio

P.S recebi, há poucos minutos, mais uma notícia alvissareira que enche de orgulho nossos corações

 Tchan, tchan, tchan, tchan....

 No famosíssimo concurso “Sakura Awards 2020” mais dois vinhos brasileiros ganham a medalha de ouro: Na categoria “Sweet Wine” o insuperável Vinho Fino Catania Tinto Suaveda vinícola Mioranza e no tinto seco “ Intenso Marselan” da Salton.

Ninguém segura nossos vinhos........mas até o Mioranza?


Vão à merda!!!!!

quinta-feira, 13 de agosto de 2020

MAGDA-ANTA


Creio que vi e revi o vídeo, dos dois eno-palermas da Rádio Pampa, uma dúzia de vezes e não consigo parar de rir (deveria chorar...)

Magda & Gustavo são os insuperáveis canastrões do ano!

A pantomima é ridícula.

https://www.youtube.com/watch?v=QmE3LV7E4-g

 Apesar da tentativa de transmitir, aos ouvintes, um sentimento ufanista é facílimo perceber que ambos receberam um “incentivo” dos Valduga para falar aquele monte de merda na Rádio Pampa.

Vamos esquecer o francês de botequim, o “black de blonc” de Gu$tavo-Faturino, o “black de blanche” da Magda-Anta e foquemos as atenções em mais uma pérola da eno-palerma gaúcha:  “denominasione controlata...é doc”

É obvio que nenhum dos porta-voze$ da Valduga tem o mais remoto conhecimento do que é, quando surgiu e como se obtém, na Itália, uma D.O.C.

Apesar de ser missão quase impossível vou tentar ajudar os dois eno-palermas a entenderem o que é e como se consegue uma “Denominazione di Origine Controllata” (D.O.C).

No panorama enológico italiano há, atualmente, 300 vinhos D.O.C e 77 D.O.C.G.

O carimbo D.O.C nasce oficialmente em 1963 através do decreto 903 do “Ministero dell’Agricoltura".

 Em 1966 , após decreto específico do Presidente da República Italiana, foram reconhecidas as 4 primeiras D.O.C: Vernaccia di San Gimignano, Est! Est! Est! Di Montefiascone, Ischia, e o Frascati.


Para conseguir a D.O.C é necessário certificar que o vinho foi produzido através de uvas colhidas em determinado e exclusivo território, respeitando um específico disciplinar de produção, reconhecido e estabelecido por decreto ministerial.

Para obter a D.O.C o vinho precisa respeitar, pelo menos, 6 requisitos: Zona de colheita e produção, tipologia da casta, tipologia do terreno, rendimento uva/vinho, técnicas de produção da uva e características finais do vinho.

Os vinhos, antes de serem comercializados, ostentando a sigla D.O.C, ainda são submetidos a rígidos controles em cada fase da produção.


Todos os cuidados e controles, todavia, não são suficientes para inibir uma série de falcatruas e falsificações nas 300 D.O.C. italianas.

O total do faturamento do setor vinícola italiano se aproxima dos 4 bilhões de Euros anuais e é um setor importante para economia do país, todavia e apesar dos rigorosos controles, todos os anos há revelação de inúmeros escândalos (lembram do “Cabernello de Montalcino?)

Alguém, com mais de dois neurônios funcionando, acredita que possa existir uma verdadeira  D.O.C. na Serra Gaúcha?

Magda-Anta e Gu$tavo-Faturino acreditam que sim.... Desde que corra uma graninha.

Dionísio

terça-feira, 11 de agosto de 2020

ORGULHO GAÚCHO


A indústria vinícola nacional caminha a passos lentos,
claudicantes, trôpegos.

 Lentos por não conseguir melhorar os números ridículos da produção e do consumo nacional, claudicantes devido o assédio da concorrência internacional e trôpegos por incentivar, constantemente, falsas propagandas.

 Creio que nossos produtores somente percam, nos quesitos desonestidade intelectual e malandragem, para os nossos políticos

 Meias verdades, picaretagens
 e o mais intutíl e grosseiro ufanismo são utilizados para iludir e enganar os consumidores.

Corre nas veias de nossos produtores vinícola o DNA da malandragem.

 Deixar de vinificar uvas não viníferas (80% da produção nacional)?


 Diminuir lucros para incentivar o consumo?

 Parar de divulgar “vitórias” ufanistas em concursos picaretas espalhados pelo mundo?

 Nem pensar!
 As empresas do setor pensam somente em obter mais incentivos fiscais, menos impostos, salvaguardas contra os vinhos importados e tudo o que possa, no final das contas, manter ou aumentar seus lucros.

 Há, também, a propaganda enganosa que parece ser marca registrada de nossos produtores.


 Os papas de nossa crítica vinícola, figurões, gurus, formadores de opinião, revistas, divulgadores etc. não ruborizam e nem sentem um mínimo de vergonha em divulgar as mais absurdas mentiras sobre a qualidade de nossos vinhos.

 A última e talvez a mais ridícula de todas as propagandas, é a vitória do espumante “130” da casa Valduga em um concurso picareta francês.

 Os Valdugas, que não se cansam de tratar o enófilo nacional como um completo imbecil, continuam batendo na tecla de que o “130” foi premiado “Melhor Espumante do Mundo”.

 Só se for o mundo gaúcho…. E por falar em orgulho gaúcho vejam e ouçam, tentando não vomitar, os dois patetas da “Rádio Pampa” em um duelo de gigantes da desinformação.

 https://www.youtube.com/watch?v=QmE3LV7E4-g

 Peço maior atenção na qualidade do francês do apresentador pateta e de sua colega palerma.

 Se o Brasil fosse um país vinícola sério haveria boicote aos vinhos da Valduga que considera o consumidor nacional um babaca de carteirinha.

 Na próxima matéria vou tentar ajudar a radialista palerma a entender como nasceu e o que é necessário para se homologar uma verdadeira DOC.

 Até já, Magda

 Dionísio

P,S É interessante reler a matéria  que postei sobre o concurso picareta

https://baccoebocca-us.blogspot.com/2020/05/picaretagens-ate-quando.html?fbclid=IwAR01MGwHpnUxFlXEVQXJ-8qXnXniEFegp9ASgnaUbBXzPpF92_WEOwej_FI