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quinta-feira, 26 de agosto de 2021

OS BENEVOLENTES

 

Leio, com insofismável orgulho patriótico, que finalmente consumimos incríveis 2,68 l/ano, per-capita, de vinho.

O brasileiro, finalmente, descobre o vinho e agora…tremei portugueses com vossos 51,9 l/ano, nos aguardem italianos com seus 46,6 l/ano, nós, brasileiros do Sangue de Boi, Chalise, Chapinha, Pérgola, Sesmaria, Cantina da Serra, Singular Nebbiolo etc., estamos chegando.


Não sabemos quando, mas estamos chegando.....

Em 2000 consumíamos 2,0 l/ano, agora, 20 anos depois, já estamos nos aproximando dos hiperbólicos 3,0 l/ano.

Em 20 anos aumentamos o consumo de vinho em 34%.

Se os portugueses pararem de encher a cara com   Rabigato, Encruzado, Touriga Nacional etc., se os italianos deixarem de encher os cornos com Barbera, Nebbiolo, Sangiovese etc., pelos nossos cálculos, em 2201 estaremos finalmente ultrapassando os dois decadentes e decrépitos produtores europeus.


É o Brasil potência vinícola!

Para alcançarmos o pódio contamos, como sempre, com nossos valorosos e abnegados produtores que não medem esforços para encher nossas taças e ..... esvaziar nossos bolsos.

Contamos, também, com a grande colaboração de nossas importadoras-predadoras que zelam por nossa saúde praticando preços noruegueses que não nos deixam exagerar nos tintos, brancos ou rosés.

Um exemplo?

Li, com a costumeira atenção, a ótima matéria “A Grande Decepção Branca” que Bacco publicou no blog.

Chamou minha atenção o trecho em que Bacco revela o quanto pagou por uma garrafa de Gavi “Minaia” na vinícola “Nicola Bergaglio”: 5 Euros (R$ 30).

O mesmíssimo “Minaia” pode ser adquirido nas enotecas por 10/12 Euros (R$ 60/72) o que indica que o preço, no varejo, dobra.


Gavi DOCG “Minaia” 2016 – Nicola Bergaglio

 Denominazione: Gavi DOCG

 Vitigno: Cortese 100%

 Alcol: 12%

 Formato: 0,75 l

 Affinamento: in acciaio

11,70

Consultando o catalogo da importadora-predadora Mistral encontrei o Gavi “La Rocca 2018” da vinícola Coppo por delirantes R$ 330,55 (55 Euros)

Há, no catálogo da predadora-importadora, o mesmo Gavi, porém da safra 2017, por desumanos R$ 273,46 (45,50 Euros).


Conhecendo, desde sempre, a política de preço da Mistral, é provável que o “La Rocca” 2017 já esteja adentrando o purgatório das garrafas perdidas.

Voltando ao nosso Gavi 2018 da vinícola Coppo, de “sodomizantes” R$ 330,55 verifico que nas lojas da velha Bota o vinho é encontrado pelo mesmo preço do “Minaia” = 10/13 Euros.

Gavi 'La Rocca' Coppo 2020

Il Gavi "La Rocca" è un classico bianco piemontese a base di Cortese che la storica cantina Coppo ottiene da terreni calcarei che ne conferiscono l'identità minerale. Sentori di mela golden, mandorle e ricordi floreali animano l'olfatto. Sapido e fresco al palato, dal sorso verticale, regala una piacevole persistenza finale

12,30 €

Em um rápido exercício matemático sou levado a crer que a Mistral, na pior das hipóteses, pagou pelo Gavi “La Rocca 2018”, os mesmos 5 Euros que Bacco desembolsou para levar para Santa Margherita Ligure o”Minaia” de Bergaglio.

Disse “na pior das hipóteses”, pois acredito, que para grandes quantidades, os descontos oferecidos à “Mistral” devem ter sido bem maiores.

A Mistral, com sua proverbial benevolência, compra o Gavi “La Rocca” por R$ 30 e o vende, para os apatetados enófilos brasileiros, por pornográficos  R$ 330, 55....Um bride de “apenas” + 1.100%


Pensando melhor…se os predadores, produtores e importadores, continuarem com a mesma indecente política de lucro, em 2201 estaremos consumindo 3,5 litros/ano.

Obrigado produtores, obrigados importadores


Dionísio.

  

terça-feira, 24 de agosto de 2021

A GRANDE DECEPÇÃO BRANCA

 


Vasculhando minha memória, antes que o Alzheimer reine absoluto em meus neurônios, voltei ao final dos anos 1970 quando comecei a me interessar mais seriamente pelos vinhos.

As primeiras viagens pelas regiões vinícola da Itália e França, as primeiras descobertas, boas e más, os primeiros contatos com os produtores, a busca por castas pouco conhecidas e uma enorme vontade de aprender.

 Primeira sede saciada: A triste descoberta que a maior parte das revistas, sites, críticos etc., já naqueles anos, não eram sérios, isentos, confiáveis.

Muitos foram as decepções quando, parecendo zumbi bêbado, seguia as sugestões e indicações dos “deuses das taças”, de então, e não lembro as incontáveis vezes que entrei pelo cano pagando 5 $$$$$$ por vinhos que valiam ½ $

As primeiras e inesquecíveis “eno-entubadas”, ocorreram nos anos 1990/2000

1ª Eno-entubada: Uma garrafa de “Gavi La Scolca Etichetta Nera” pela qual paguei, em um restaurante de Santa Margherita Ligure, exatas 42.000 Liras (o Euro ainda não existia)


O Gavi era o vinho da moda, os ingleses e americanos compravam todas as garrafas que encontravam (85% da produção era exportada para estes dois países).

Em menos de 8 anos a área plantada passou de 1.076 hectares para os atuais 1.510 e as garrafas produzidas saltaram de 9 para 13 milhões.

Muito produtores, para atender as avalanches de encomendas e acreditando no eterno e sucesso, já não se importavam com a qualidade e engarrafavam cachos e mais cachos sem muito ou nenhum cuidado.

Resultado: O Gavi, que antes vendia “sozinho”, hoje encontra enormes dificuldades para escoar a produção mesmo ostentando preços atraente.

Voltando ao “Gavi Etichetta Nera La Scolca” de 42.000 liras.

Certa noite resolvi jantar em um restaurante na marina de Santa Margherita Ligure.


Refinado, característico e eminentemente turístico, o restaurante não era exatamente indicado para cartões claudicantes; ali somente os bravos sobreviviam e eu era, naqueles anos, um dos bravo (leia-se: pavão-bobão)

Consultei a carta de vinhos e.... “Gavi Etichetta Nera” La Scolca Lire 42.000.

 Mesmo sendo pavão-bobão quase enfartei.

 Chamei o garçom e perguntei se aquele preço era o real ou um erro de impressão.

“O senhor conhece o Gavi Etichetta Nera? ”

Respondi que ainda não fôramos apresentados e que pelo preço sugerido, de 42.000 liras, provavelmente, jamais seriamos íntimos.


Quando argumentei que aquela garrafa de Gavi custava quase o dobro de um bom Barolo o garçom, preparado e esperto, explorou minha vaidade:  “42 mil liras não são poucas, mas um refinado apreciador, como o senhor, não pode deixar de provar um vinho que é apontado, pelas revistas especializadas, como um dos melhores brancos da Itália”.

Massageado, meu ego, não resistiu;  orgulhoso e poderoso, não mais titubeei


…. ”Abra! ”

Já no primeiro gole percebi que o Gavi La Scolca não valia nem 4.200 liras......

Se aquela era a “obra prima” da enologia peninsular, qual adjetivo usar para o muito superior “Il Coroncino” Verdicchio dei Castelli di Jesi de Lucio Canestrari?

Resultado da experiência: Nunca mais comprei uma garrafa da vinícola “La Scolca” e minha fé nas revistas, blogs, sites, crítico etc. se esvaiu rapidamente


Anos depois, quando já havia mandado à merda todas as revistas especializadas, críticos, sites, blogs etc. e confiando apenas em minhas experiências, conhecimentos, paladar e olfato, recebi um convite para visitar uma vinícola no município de Gavi.

Boitano, chef e proprietário do mais incrível restaurante que Chiavari já teve, comentou: “Amanhã vou até a vinícola de Bergaglio para comprar algumas garrafas. Quer me fazer companhia? ”

Consultei minha agenda para verificar meus compromissos e....nenhum até 2030.

A vinícola em questão era a “Nicola Bergaglio” em Rovereto.


Rovereto é um micro distrito de Gavi com duas dezenas de casas, uma igrejinha, pouco mais de 70 moradores, todos produtores de vinho.

Gianluigi Bergaglio, filho do falecido Nicola, nos recebeu cordialmente, fez questão de abrir algumas garrafas de diferentes safras e conduziu uma pequena degustação.

Seu extraordinário “ Gavi Minaia” desafiou o tempo com sua estrutura.

A elegância e fineza, do grande Gavi, me pareceram proverbiais e ao paladar o “Minaia” revelou incrível persistência.


Bons seu Gavi “base” e o barricado “Ciapon”.

Preços? O Minaia e Ciapon = 5 Euros o Gavi base 4 Euros.

Para alcançar a vinícola de Bergaglio é preciso passar pelos portões da “rival” “La Scolca”.

Durante a degustação não resisti e comentei que o Minaia me parecera superior, em todos os quesitos, ao pluri-premiado “Etichetta Nera” da vizinha La Scolca.

Bergaglio, sorriu e respondendo ao meu elogio, matou a charada: “Eu vendia o excedente das uvas para o Soldati (proprietário da La Scolca), mas há alguns anos tivemos um desacordo sobre valores e hoje vinifico toda a colheita”.


Quase me mandei à merda…. Pagara, em 1999, 42.000 Liras (21 Euros) por um vinho produzido com as sobras das uvas de Bergaglio e 20 anos depois, estava, eu, comprando um fabuloso Minaia por menos de ¼ do preço.

Pensando melhor, me resguardei, me perdoei e mandei à merda revistas, blogs, sites, críticos etc. que faturam alto para enaltecer vinhos de dúbia qualidade.

Eu me basto e.....basta.

Bacco

P.S Próxima matéria: “A Grande Decepção Tinta”

   

quarta-feira, 18 de agosto de 2021

A REENCARNAÇÃO II

  

Gostaria de complementar a matéria anterior lembrando que na Itália, também, as ordens religiosas tiveram grande importância na preservação de inúmeras denominações.

Algumas: Bardolino, Valpolicella, Locorotondo, Freisa, Gattinara, Greco di Tufo e muitas outras.


Os frades, acredito, devem ter contribuído para a preservação das vinhas da Espanha, Portugal, Alemanha e em todas as nações produtoras da Europa.

Mas para onde poderiam ter migrado e reencarnado os frades Beneditinos da Champagne e os Cistercienses da Borgonha?

Depois de uma minuciosa pesquisa, que tomou 18 segundos do meu inútil tempo, mais vez um raio de luz iluminou minha mente e deu a resposta: Brasil


Sim, senhores, a viticultura nacional “herdou” muitíssimos frades reencarnados e em pouco tempo os nossos vinhos ganharam o respeito e admiração de todos e em todos os cantos do planeta.

Graças aos monges reencarnados, na pele de produtores nacionais, o Brasil vinícola migrou, rapidamente, dos vinhos que “Fanno Cagare” (Sangue de Boi, Chalise, Pérgola, Cantina da Serra, Chapinha etc.) para os mais premiados do planeta e que também são ótimos laxantes.


Os frades reencarnados da Champagne, Dom Pèrignon incluso, migraram para a Serra Gaúcha e em poucos anos fizeram que o espumante nacional fosse aclamado e reconhecido como            “O Segundo Melhor do Mundo”.

Os Cistercienses, reencarnados, deram uma olhada nas terras gaúchas, analisaram o clima e rapidamente perceberam que estavam entrando em uma fria e temendo macular a antiga e gloriosa história optaram por adotar novas identidades e nomes.  Surgiram, assim, os Salton, Peterlongo, Valmarino, Geisse, Milano, Pizzato, Perini etc.

Dom Pèrignon preferiu reencarnar adotando o sobrenome: “Valduga”.


  Não deu outra…nosso Pierre Pérignon Valduga, mais uma vez, agora em terras tropicais, produziu o espumante “Casa Valduga Blanc de Blancs 130” premiado e aclamado como o melhor do mundo em um concurso de 4º mundo.

Pèrignon, não esqueceu suas antigas origens europeias, nem os preços franceses, assim o “melhor espumante do 4º mundo” somente se entrega, às taças dos enófilos brasileiros, por “insignificantes” R$ 210,00. (35 Euros)

Os reencarnados, Cistercienses da Borgonha, bem mais numerosos do que os reencarnados Beneditinos, se espalharam pelo Rio Grande, Santa Catarina, São Paulo, Goiás, Paraná, Minas Gerais etc.


Nossos valorosos monges, nem com a secular experiência e dezenas de reencarnações, conseguiram produzir algo parecido com um bom vinho, assim, para compensar a baixa qualidade de seus líquidos, resolveram adotar os preços dos saudosos Grands Crus franceses.

Exemplos:

Os monges Milano vendem, para os eno-otários, seu “Milantino Gran Reserva” por estrelares R$ 1.500,00 (250 Euros)


Os frades Miolo, mais modestos e cautelosos, entregam seu quase vinho “Sesmaria” por pornográficos R$ 886,66 (se o eno-idiota comprador der uma chorada é provável que obtenha o desconto dos 66 centavos) 144 Euros.

O solitário Cisterciense Bettu, mais que viticultor, é um incrível hipnotizador.

Bettu, no passado, reencarnou como Mandrake e aproveitando seus conhecimentos, da antiga arte, hipnotiza suas “vitimas” que, parecendo apatetados zumbis, pagam até R$ 5.000 (830 Euros) por uma garrafa de seu “Cabernet Sauvignon Tannat Nebbiolo”.

Os monges Carraro, mais modestos e por terem reencarnado muitas vezes no Piemonte, adotaram preços quase racionais, e seu-quase-Singular-Nebbiolo custa “apenas” R$ 380.00 (63 Euros)

Há muitos mais reencarnados no sul do país, mas a lista tende de ser repetitiva e enfadonha.

Muitos Cistercienses e Beneditinos perceberam que os irmãos reencarnados do Sul haviam esquecido a arte de vinificar decentemente, mas apesar de produzir vinhos banais, quando não bisonhos, faturavam alto e enchiam as burras com muita grana.


No imenso Brasil há terras baratas, enorme quantidade de enoloides abonados, então, por que não plantar parreiras em São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Bahia etc.?

Não deu outra...... há frades reencarnados por todos os cantos e alguns faturando alto.

Um reencarnado, “além Serra Gaúcha”, e mais vivo que todos, adotou um sobrenome, também, italiano: Guaspari.

O monge Guaspari conseguiu produzir um Quase-Pinot-Noir que só molha as gargantas dos enoloides por R$ 428,00 (71 Euros)

Não satisfeito com quase Pinot Noir ostentando preço de Grand Cru, nosso frade resolveu produzir um quase-Cabernet-Franc que somente poderá se “desgustado” por sodomíticos R$ 448,00 (75 Euros).


Os Cistercienses e Beneditinos, reencarnados no Brasil, esqueceram a arte de bem vinificar, mas aprenderam, rapidamente, a malandragem de bem cobrar.

Falando sério…. Nenhum frade aceitaria, caso a reencarnação existisse, voltar à vida e produzir quase-vinhos no Brasil, optariam por destilar cachaça

Dionísio

segunda-feira, 16 de agosto de 2021

A REENCARNAÇÃO

 


Ateu convicto, distante de toda e qualquer religião ou crença, nos últimos anos, porém e sempre mais, comecei a admitir e acreditar na reencarnação.

Qual foi o raio de luz, o “milagre”, que me fez encontrar Allan Kardec?

A viticultura brasileira.



Para poder explicar melhor e compreender o raio que iluminou minha árida e escura existência, é preciso voltar no tempo, mais precisamente na idade média e especificamente na França.

Uma pequena e breve incursão histórica....


Após a queda do “Imperium Romanum Sacrum” a invasão barbárica destruiu, entre outras coisas, toda a viticultura que foi praticamente abandonada até o IX século.

 Foi mais que preciosa a contribuição dos monges na recuperação das vinhas e a na retomada da produção de vinho que, diga-se, foi e ainda é, símbolo da celebração eucarística.

Devemos reverenciar e agradecer aos frades o impressionante e minucioso trabalho de seleção dos clones, primeiros estudos ampelográficos, aperfeiçoamento do cultivo e da vinificação.


Os monges, durante quase um milênio e até o século XVIII, foram os verdadeiros “pais das vinhas”.

Não faltam exemplos famosos da obra dos monges.

 Um dos mais ilustres e icônicos nos leva até o mosteiro de Saint-Pierre

 d’Hautvillers onde encontramos o frade beneditino, Pierre Pérignon,


 mais conhecido como Dom Pérignon, que nasceu em 1638 e após de sua

 ordenação entrou no já mencionado mosteiro e nele permaneceu até sua

 morte em 1715.

Pérignon, durante 47 anos, foi o gestor e responsável pelos vinhedos,

 seleção das castas e métodos de cultivo das parreiras do mosteiro.

Nascia, ali e então, o mais famoso e na minha opinião, o melhor vinho do

 mundo: Champagne.


 Mais significativo e importante foi o trabalho minucioso, quase

 obsessivo, dos frades Cistercienses na Borgonha.

A abadia “vinícola” mais famosa da região foi, sem dúvida, a de Citeaux

que, desde o século XII e até a revolução francesa, foi a maior

 produtora dos vinhos de altíssima qualidade que abasteciam as adegas

 de Papas e Reis.


A história da moderna viticultura da Côte d’Or nasce, no final dos anos

 1000, nas colinas da Côte de Beaune quando os Duques de Borgonha

 doaram aos Cistercienses um vinhedo em Meursault.

Uma segunda e importante doação chegou, em 1110, através de Hugo

 II.

 O vinhedo desde sempre mais amados pelos Cistercienses:  “Clos de

 Vougeot”.


O “Clos de Vougeot” conservado e murado, desde então, continua

 atraindo turistas do mundo todo.

As doações não pararam e o mosteiro chegou a ostentar 50 hectares de

 vinhedos espalhados por Corton, Chambolle, Volnay, Fixin, Pommard,

 Vosne.



 De todas as magnificas vinhas aquelas às Margem do rio Vouge sempre

 foram as preferidas e os frades lhes dedicaram os maiores cuidados e

 lá buscaram, através de exaustivos experimentos, a perfeição.

Grandes observadores, os frades Cistercienses foram os primeiros a

 idealizarem o “Cru”; um vinhedo homogêneo capaz de produzir, todos os

 anos, vinhos de qualidade constante e identificável.

 


Rapidamente toda a Côte D’Or, ao norte de Meursault, se transforma

 em um grande mosaico de vinhedos cintados por muros de pedra e

 pasmem….... O panorama atual pouco mudou e lá está, quase

 intacta,toda  a herança deixada pelos Cistercienses apesar da bárbara

 tentativa de  um brasileiro idiota em escalar cruzeiros medievais.



Dionísio

Continua.... até desvendarmos a reencarnação