Facebook


Pesquisar no blog

quinta-feira, 30 de setembro de 2021

VINHO-MODA 2

 


A Robert Parker deve ser creditado o mérito de haver “inventado” a crítica vinícola, classificando os vinhos em centésimos, utilizando uma escala de 50 a 100, com base no aspecto, cor, aroma, sabor e potencialidade de envelhecimento.


Parker, que de tolo não tem nem a sombra, percebeu que escrever sobre vinhos, classificá-los através de pontos e se possível vender esses pontos, poderia ser um ótimo negócio.

Sem pensar muito abandonou a carreira advocatícia e mergulhou nas taças, toneis, barriques etc.


Se no início da carreira. de crítico vinícola, havia algum resquício de seriedade, com o passar dos anos, Parker, sepultou esta seriedade sob uma montanha de $$$$$$$$.

Não vou prolongar o relato, mas quem ainda acredita na lisura e candura parkeriana, na concessão de pontos, é um sério candidato ao eno-idiotismo. 

Parker fez escola, pariu milhares de “parkerzinhos” por todos os cantos do planeta, valorizou desmesuradamente a figura do enólogo, ditou normas, valores, gostos, regras e …. modas.

Uma pequena pausa: Em nenhum outro país Parker “pariu” tantos parkerzinhos picaretas como no Brasil.

O Brasil é o paraíso dos parkerzinhos de ¼ de tigela, haja vista a última e “chorosa videira” descoberta por Dionísio na imensa cloaca em que se transformou a eno-crítica brasileira.

Voltando à moda...

Parker criou, ditou e impôs, a milhões de enófilos, espalhados pelo mundo, seus gostos e seus interesses comerciais.


Quem não seguiu quase cegamente as pontuações, não elogiou ou nunca bebeu os vinhos parkerianos?

Pois bem…. Parker se aposentou (ninguém é eterno) e com ele se foram, ainda bem, as garrafas cheias de madeira, álcool, cores impenetráveis, excesso de concentração, o “gosto californiano”    etc. tão queridas ao advogado americano.

A “Moda Parker” foi praticamente soterrada: Sem seu carisma os colaboradores atuais fazem rir, quando não chorar

Benvindas as novas modas? Viva para as novas tendências?

Nem tanto, nem tanto......

Bacco.

Continua

 

segunda-feira, 27 de setembro de 2021

VINHO-MODA

 


Vamos inverter a clássica pergunta?

Que tal comentarmos os vinhos que já não gostamos e não mais beberíamos com prazer?

Não conheço o gosto de vocês, mas eu já não beberia, nem de graça, dúzias de vinhos.


Se alguém pensou “vinhos nacionais” acertou em cheio, mas há muitos outros que descarto sem titubear, em especial alguns que comandaram a moda nos últimos 20 anos. 

Quem acredita não existir “modas impostas”, no mundo do vinho, é sério candidato ao prêmio “Pangloss 2021”.

As primeiras e bem-sucedidas tentativas de criar “Vinhos-Moda” é bem anterior ao domínio da internet e redes sociais.

Tímidas e de pouca penetração, as modas vinícolas não eram muito importantes: Bebia-se o que nossos pais e avôs recomendavam e as garrafas que custavam menos.

Em cada país produtor havia alguns “Papas” das taças, mas ninguém conhecia ou dava importância à figura do sommelier, enólogo, crítico, jornalista etc. que somente deram as caras no início dos anos 1980.

O primeiro e mais importante?


Robert Parker.

Parker nasce em 1947 em Baltimore onde, em 1973, se forma em direito e por dez anos exerce a profissão.

Em 1984 decide abandonar a advocacia e abraça a cultura do vinho para se tornar “escritor”.

É preciso voltar um pouco no tempo, mais exatamente em 1967, quando Parker, durante uma viagem de um mês pela Alsácia, “descobre” sua eno-perspicácia gustativa.

Em 1975 decide esboçar sua primeira “Guia do Consumidor Independente” dos vinhos franceses ao perceber que na América não existia nenhuma referência a este respeito.

Parker começa a escrever suas primeiras críticas em 1978 na revista “The Wine Advocate Baltimore Washington”. 

                 

          

 A revista obtém sucesso imediato e em pouco tempo alcança incríveis 50.000 cópias.

Não demora muito para as críticas enológicas de Parker começarem a influenciar seguidores, pasmem, em 37 países.


Nascia o “vinho moda”.

Bacco

 

Continua.

segunda-feira, 20 de setembro de 2021

O CHORO

 


Há muito deixei de acompanhar o que nossos jornalista$, blogueiro$, influenciadore$, divulgadore$ etc., escrevem, falam, filmam, divulgam, nas revistas, jornais, lives, blogs, sites, etc.

A credibilidades e seriedade, dos profissionais do vinho, tupiniquins, são parecidas com as da política brasileira.

Um amigo, dotado de um superlativo grau de sadismo, resolveu me acordar, de um longo eno-letargo, enviando uma matéria, escrita em inglês, onde o eno-clown Marcelo Copello, entre outras imbecilidades, elenca os “jornali$ta$” mais importantes do microscópico mundo vinícola brasileiro.


O título da matéria?

Who’s Who in Brazil

 Marcelinho-Eno-Palhacinho, depois de enaltecer o incrível crescimento do consumo de vinho, em 2020, quando o Brasil alcançou ridículos 2,78 litros per capita/ano, omite que em 2010, o consumo alcançava 3,686 per capita



Nosso desmemoriado Marcelinho esquece de mencionar, também, que os quase-vinhos nacionais, mais consumidos, em 2020, foram o Pérgola, Quinta do Morgado, Galiotto, Chalise e outros quase vinhos mais conhecidos como “tremendas bostas”.

Marcelinho-Muito-Pão-Pouco-Vinho, entusiasmado com o fantástico desempenho do consumo do vinho no Brasil, abre seu coração e elenca os que ele considera “Notables Journalist” tupiniquins que ajudaram a vinicultura brasileira a alcançar a glória.

 A modéstia não é exatamente a qualidade mais notória e reconhecida de nosso Marcelinho, assim, como de costume, “The Most Flatulent” se auto elege como mais influente e notável jornalista de vinho no Brasil.

Em um rasgo de rara generosidade cede o segundo lugar ao Jorge Sortudo.

A lista do nosso “Most-Flatulent-Wine-Jornalist”, parecida com a de Schindler, exuma nomes da eno-crítica tupiniquim resgatando, entre outros, os manjados e carimbados Didu-Bilu-Teteia, Suzana Barelli e apresenta uma novidade: Choro da Videira.

Bilu-Teteia não precisa de apresentação…continua o bufão de sempre.

Suzana Barelli transpira alegria, dinamismo e empolgação de quem está sempre à procura de um “sofá-coma” (é coma mesmo) para poder tirar uma soneca: Finalmente uma sommelier repousante ......

“Choro da Videira”, não conhecia:  Confesso que foi uma agradável surpresa para o meu intestino preso: Dois vídeos foram mais que suficientes e eficientes do que uma caixa de Bisalax.


Para dizer a verdade não é somente a videira que chora ao ler, ouvir e ver o ex-cirurgião: todo e qualquer enófilo, com mais de três neurônios íntegros, cai em copiosas e infinitas lágrimas ao esbarrar nos conselhos vinícolas do saltimbanco.

A ascensão de personagens, com as características do nosso charlatão-chorão, reforça a tese de que basta ter cara de pau, ser ousado, poucos escrúpulos e boa dose de niilismo ético, para conseguir, pasmem, mais de 90 mil enoloides-seguidores nas redes sociais.

A desfaçatez com que o Charlatão-Que-Faz-Chorar defende e divulga tremendas bostas, como as produzidas pela Campestre e Galiotto, já o recomenda como forte candidato ao próximo troféu “Eno Picareta de Ouro”

 Se sua coluna não arrebentar, de tanto se curvar para beijar as botas dos produtores nacionais, suas chances de sucesso são enormes:

 O “Choroso” possui todas as características que os produtores nacionais adoram: Barato, bajulador, sem escrúpulos.


Ausência mais notada?

Nosso eterno “melhor-sommelier” Diego Arrebola.

O Arrebola já não faz tanto sucesso e até o “Most-Flatulent-Wine-Journalist” já percebeu que Diego perdeu o rebolado.

Última observação: Alguém poderia informar quando haverá algum resquício de seriedade na crítica vinícola brasileira?


Dionísio

PS. Se eu fosse o Jorge Sortudo pediria para ser excluído da escatológica lista. É muita bosta, um mar de bosta...

  

segunda-feira, 13 de setembro de 2021

ATUM COM HORTELÃ

 


Quem acredita que a história dos restaurantes na Itália se perde no tempo, sempre pertencem à mesma família e são repassados de geração em geração, está redondamente enganado.

Há, sim, os “hereditários”, mas são a minoria.

O imóvel, que quase nunca é propriedade de quem toca o restaurante, os alugueis nada baratos e as incontáveis crises, provocam o fenômeno da “alta rotatividade”: O nome do restaurante quase sempre continua o mesmo, mas o gestor muda mais do que técnico do Botafogo. 

Em Santa Margherita Ligure a alta rotatividade é muito comum e são poucos os locais que permanecem, por mais de uma década, sob a mesma administração.

 Um exemplo típico é o restaurante “ Il Nostromo” (Contramestre) ,localizado na “Via Dell’Arco”, que em cinco anos mudou de gestão cinco vezes.

Próximo de minha casa, aconchegante, agradável, o “Il Nostromo”, todavia, nunca apresentou uma cozinha de sucesso.

Pratos banais, comuns, encontráveis em dezenas de outros restaurantes, preços acima da média e o aluguel salgadíssimo, foram os responsáveis pelos frequentes fracassos.

Durante a última gestão, Patrizia, cozinheira e proprietária do “Nostromo”, me sugeriu um prato diferente, incomum: “Tonno alla Menta e Arancia” (Atum ao molho de Hortelã e Laranja).

Finalmente uma receita interessante que conquistou meu paladar e não lembro quantas vezes a ordenei.

 O meu interesse foi tão grande que já na segunda prova desvendei todos os “segredos” do “Atum com Hortelã e Laranja” que ora repasso aos leitores de B&B

Ingredientes para 4 pessoas:


4 pedaços de filé de atum, 3 raminhos de hortelã, 1 laranja, azeite, sementes de gergelim, vinho branco, pimenta verde, sal.

É sempre bom lembrar que o atum encontrado nas peixarias italianas é de qualidade infinitamente superior ao que os nossos supermercados expõem, mas quem não tem atum cozinha bonito....

O bonito é da mesma família, mas não é atum, todavia o sabor é bastante parecido, assim......

Preparo

Em uma vasilha apropriada junte o azeite (1/2 xicara de chá) as folhas de hortelã, o suco de laranja, 2 colheres de vinho branco, 4 pimentas verdes e bata com o mixer até obter uma emulsão.


Corte e retire a parte preta do bonito em seguida empane as postas com as sementes de gergelim.

Adicione pouco azeite (2 colheres) em uma frigideira, aqueça bem e frite as postas rapidamente, sempre lembrando que o atum deve ser torrado por fora e rosado internamente.

Derrame um pouco da emulsão de hortelã e laranja em um prato, junte a posta de atum (ou bonito) e sirva.

O vinho?

Um bom rosé ou um branco importante.

Bacco.

P S. "Il Nostromo" fechou as portas defenitivamente . No mesmo endereço funciona uma enoteca.  

 

 

 

 

 

sexta-feira, 10 de setembro de 2021

MASSAGEANDO O EGO

 


O texto abaixo foi enviado aos “COMENTÁRIOS”. Habituado em ser saco de pancadas de nossos “inimigos”, o comentário interessante, longo e elogioso, massageou meu ego e resolvi inseri-lo em “MATÉRIAS”. Boa leitura 

Noite de sexta-feira, depois de uma semana de cão no trabalho e noites insones, finalmente havia chegado.

Desliguei o computador, comprei pães, antepastos e resolvi abrir uma garrafa especial: era tudo do que precisava.

 

lCom a seca e as temperaturas em alta, um branco era a melhor opção.

Depois de consultar a pequena adega (menos de 20 garrafas), optei por um Timorasso Derthona 2014 do Claudio Mariotto, vinho fervorosamente recomendado por Bacco nesse espaço.

 https://baccoebocca-us.blogspot.com/2014/05/timorasso-de-claudio-mariotto.html

Quarenta minutos resfriando o vinho e ele mostrou a que veio: uma delícia!

 Não era meu primeiro Timorasso, mas foi o primeiro em que senti algum parentesco distante com seu "vizinho" Gavi, mas talvez tivesse sido apenas a lembrança piemontesa. 

Disposto a entregar-me ao ócio, durante todo o fim de semana prolongado, resolvi checar, no sábado de manhã, o que B&B havia escrito sobre o Timorasso.

Mas, antes, dei de cara com o texto "Fats Waller", em que Bacco, deixando a dica de uma bela canção do jazzista americano, falava sobre a burrice do consumidor médio de vinhos, e de como - a seu ver - o Vivino tinha imbecilizado os enófilos brasileiros, presos a meia dúzia de castas, dez produtores, três países e ao eterno "mais do mesmo". 

Acompanho B&B pelo menos desde 2012 e não exagero quando afirmo que pelo menos 90% do que aprendi sobre vinhos veio do blog.

 Ao ler a última matéria de Bacco, lembrei de quando, na volta de uma viagem ao Peru, passando pelo Duty Free do aeroporto de Guarulhos, vi uma garrafa de Barolo da Batasiolo, pensei "esse é o vinho de que aquele cara sempre fala" e a levei comigo.

 

O resto foi história. 

Onde eu conseguiria, no Brasil ou no Vivino, dicas tão interessantes?

 


É claro que, para cada leitor de B&B, do ótimo Blog do João Ratão ou algum outro Quixote que se atreva a falar, com propriedade, de vinhos bons, há um caminhão de pessoas, bem ou mal-intencionadas, que entram em supermercados e restaurantes e, diante do que veem, bebem vinho ruim, vinho caro, ou desistem e pedem uma Heineken. 

 Um ou outro entra no Vivino e faz alguma consulta, mas sem saber se, do outro lado, o avaliador está falando coisa com coisa, ou até se é um dos i$ento$ vivaldino$ que se vendem para um produtor ou importadora de plantão. 

Não nego que, às vezes, consulto o Vivino: é um aplicativo bacana para gerenciar a adega (nas versões antigas), para saber se o vinho existe ou é feito para o mercado brasileiro (basta ver se há avaliações em outros idiomas, e em especial no do país de onde provém o vinho), para saber quanto pagar por uma garrafa ou colocá-la numa lista de desejos para comprá-la no futuro. 

Sobre os enoloides, Bacco, eles apenas seguem a mesma lógica do mau gosto que há por todo lado: 

- Bill Evans vendeu (e vende) menos discos que qualquer sertanejo universitário; 

- Creio que todos os filmes de Federico Fellini, somados, tenham tido menos bilheteria que "Titanic", mesmo que todos os espectadores soubessem de antemão, que o navio afunda no final (razão pela qual nunca assisti esse filme);

- O melhor vinho brasileiro (e o pior também) vende menos que qualquer cerveja pilsen da Ambev etc.

 

Por isso, meu amigo, se 80 ou 90% dos consumidores não sentem necessidade de serem mais inteligentes, azar o deles.

Como já dizia o Barão de Itararé, "de onde menos se espera, daí é que não sai nada" - o que também é provado pela democracia brasileira. 

A propósito, o Timorasso de sexta à noite, estava ainda melhor no almoço de sábado.

 Foi aqui mesmo, em Bacco & Bocca, que soube que isso de um vinho bom estar ainda melhor no dia seguinte não era tão incomum assim - azar o de quem fica no Vivino e não descobre essas coisas, válidas para um monte de garrafas que eles também não conhecerão.

  

p.s: não poderia terminar esse texto sem recomendar a simpática Enoteca Diapason (Via Lomellina, 48, Milão), onde comprei esse Timorasso em 2017 - uma das poucas coisas que me fariam voltar à capital lombarda:

 

sábado, 4 de setembro de 2021

FATS WALLER

 


Um caro amigo, sempre muito atento e ávido por notícias sobre vinhos, me enviou um artigo em que a inglesa “Wine Intelligence” publica os resultados de uma pesquisa sobre os conhecimentos vinícolas do consumidor médio.

A pesquisa indica que o consumidor médio conhece sempre menos de vinho.

O resultado é desanimador quando aponta o Brasil que, para variar, é o líder na diminuição, no consumo e conhecimento, de variedades de uvas.

Quando foi perguntado, aos brasileiros, quais e quantas castas consumiam regularmente, a resposta apontou que, em 2020, o número havia baixado de 5,8 variedades para 5,2.

Desanimador, também, foi a resultados sobre os conhecimentos vinícolas entre os mais jovens.

 A juventude enófila   declara, candidamente, não se preocupar em memorizar, castas, denominações, regiões produtoras, métodos de vinificação etc., 

 Para o jovem enófilo é muito mais fácil e rápido recorrer ao smartphone para obter, imediatamente, as informações necessárias.

É a vitória da imbecilização liderada pelos aplicativos da família “Vivino”

Tem alguma dúvida sobre aquele tinto, branco, espumante?

Não é necessário beber, provar, degustar.... As “Vivinos” da vida vão “educar” seu paladar e alargar seus conhecimentos com um simples toque no celular.

Quando alguém me revela que ,somente após consultar a “Vivino”, onde conferiu pontuações, estrelas, medalhas, ou apenas cocôs,  decidiu  comprar este Barolo, aquele Chablis, esse outro Brunello, percebo o quanto sou   ultrapassado, quixotesco e nada  serviram  minhas viagens pela 

Borgonha,  Piemonte , Alsácia, Veneto, Alto Adige , Languedoc-Roussillon,

 Lombardia,  Liguria, Marche, Toscana, Côte du Rhone , Abruzzo, Umbria , Sicilia,  Sardenha etc.:  a “Vivino” “explora” , para você, todas as regiões do planeta  em segundos e com custo zero.

 Vou além...

Quem se interessa, ainda, por minhas antigas “descobertas” e degustações

 (pagas sempre com meu dinheiro) de Timorasso, Avanà, Pelaverga, Fara,

 Lessona, Susumaniello, Ruchè, Shioppettino, Incrocio Manzoni, Boca,

 Marzemino, Loazzolo, Malvasia de Nus, Blanc de Morgex, Bramaterra,

 Strevi, Sizzano, Gamba di Pernice, Buttafuoco, Sovana, Bianco di Pitigliano,

 Torgiano, Picolit, Doux D’Henry, Malvasia Istriana, Cannonau. Pigato,

 Carricante, Nerello Mascalese, Nerello Cappuccio e outras dezenas de

 castas e denominações se a média de conhecimento e interesse do enófilo

 brasileiro se limita a 5,2 delas?

A “Wine Intelligence” afirma que a indústria fez um ótimo trabalho na

 democratização do vinho: 80-90%, dos consumidores, declaram não terem

 necessidade, nem   desejo, de aprofundar seus conhecimentos para beber

 uma taça, seja de branco, tinto ou rosé.

A mediocridade ao alcance de todos....


Para dizer a verdade, continuar a escrever sobre Carricante, Picolit, Boca,

 Incrocio Manzoni, Blanc de Morgex etc., é querer ser aplaudido tocando

Paul Desmond, Art Tatum, John Coltrane-Johnny Hartman, João

 Gilberto, Tom Jobim, em um baile funk.


Resta uma saída: Imitar Fats Waller e escrever para mim mesmo.

https://www.youtube.com/watch?v=8ZZRAU3DeOo

Bacco