Vamos inverter a clássica pergunta?
Que tal comentarmos os vinhos que já não gostamos e não mais
beberíamos com prazer?
Não conheço o gosto de vocês, mas eu já não beberia, nem de
graça, dúzias de vinhos.
Se alguém pensou “vinhos nacionais” acertou em cheio, mas há
muitos outros que descarto sem titubear, em especial alguns que comandaram a
moda nos últimos 20 anos.
Quem acredita não existir “modas impostas”, no mundo do vinho,
é sério candidato ao prêmio “Pangloss 2021”.
As primeiras e bem-sucedidas tentativas de criar “Vinhos-Moda” é bem anterior ao domínio da internet e redes sociais.
Tímidas e de pouca penetração, as modas vinícolas não eram
muito importantes: Bebia-se o que nossos pais e avôs recomendavam e as garrafas
que custavam menos.
Em cada país produtor havia alguns “Papas” das taças, mas
ninguém conhecia ou dava importância à figura do sommelier, enólogo, crítico,
jornalista etc. que somente deram as caras no início dos anos 1980.
O primeiro e mais importante?
Robert Parker.
Parker nasce em 1947 em Baltimore onde, em 1973, se forma em direito
e por dez anos exerce a profissão.
Em 1984 decide abandonar a advocacia e abraça a cultura do
vinho para se tornar “escritor”.
É preciso voltar um pouco no tempo, mais exatamente em 1967,
quando Parker, durante uma viagem de um mês pela Alsácia, “descobre” sua
eno-perspicácia gustativa.
Em 1975 decide esboçar sua primeira “Guia
do Consumidor Independente” dos vinhos franceses ao perceber que
na América não existia nenhuma referência a este respeito.
Parker começa a escrever suas primeiras críticas em 1978 na revista “The Wine Advocate Baltimore Washington”.
Não demora muito para as críticas
enológicas de Parker começarem a influenciar seguidores, pasmem, em 37 países.
Nascia o “vinho moda”.
Bacco
Continua.
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