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segunda-feira, 23 de novembro de 2020

ALDEIAS DA TOSCANA

 


De Monteriggioni até Certaldo os pouco mais de 30 km podem ser percorridos, com calma e apreciando a belíssima Val D’Elsa, em menos de meia hora.


Antes de retornar a Santa Margherita e ainda ignaro dos ataques e problemas da corona vírus, resolvi visitar mais esta belíssima aldeia relegada a um terceiro ou quarto plano pelo turismo de massa.

O motivo mais forte?



Certaldo é o berço de Giovanni Boccaccio.

Alighieri, Boccaccio e Petrarca foram os três mais emblemáticos pilares da literatura italiana e nada mais importante, na minha viagem Toscana, do que “viver” o Decameron em suas origens.

O Decameron é uma coletânea de cem contos que três rapazes e sete moças se dispõem a narrar no período de dez dias.



O “Decameron”, filmado por Pier Paolo Pasolini em 1970, é imperdível.

Certaldo parece ter dormido quase 1.000 anos para, de repente, acordar sem que nada tenha mudado: todas suas características medievais estão perfeitamente conservadas.



Depois de percorrer a sinuosa e estreita estradinha, que escala uma íngreme colina, cruzar o imponente portão principal e ingressar em Certaldo, tem-se a nítida impressão de estar revivendo o século XIII e não causaria espanto algum encontrar os certaldesi (habitantes da aldeia) percorrendo os becos e ruelas da cidade vestindo roupas medievais.



O tempo, como costuma acontecer nas antigas aldeias toscanas, parece incapaz de se mover e ciumento deseja conservar, para sempre, tamanha beleza.

Além de percorrer, calmamente, as poucas e misteriosas ruas da aldeia é preciso visitar a “casa-museu”, onde Boccaccio nasceu e viveu até sua morte, a igreja dos santos Michele e Jacopo, onde está sepulto o escritor, e o “Palazzo Pretorio”.



Não há muitos endereços para beber ou comer em Certaldo, mas a limitação de escolhas não diminui o charme dos poucos endereços.

Indicações? Nenhuma e todas.....



Curta e descubra por conta própria.

Bacco


Um comentário:

  1. li o Decameron entre abril e maio desse ano, aproveitando a pandemia de 2020 para ler sobre a de 1348.

    a leitura é longa, mas tranquila e maravilhosa. chamar de obra-prima parece pouco...

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