Facebook


Pesquisar no blog

quinta-feira, 12 de novembro de 2020

TIGNANELLO-YPACARAI

 

Mais um duro golpe atinge os “bebedores de etiquetas: Estão falsificados até o “Tignanello”.

Afirmei “até o Tignanello” pois é mais que sabido que, o famoso vinho da Antinori, não é dos mais caros e badalados “Supertuscans” do mercado.

O Tignanello, que custa 110/130 Euros, perde longe para o Ornellaia 180/200 Euros, Sassicaia 280/350 Euros, Solaia 380/450 Euros e o Masseto de insanos 850/1.100 Euros.

Vinhos da Maremma produzidos especialmente para bebedores de etiquetas que entendem apenas de “troféus” e não de vinho.

Vinhos-troféus que se prestam perfeitamente ao gosto dos enoloides que não distinguem um Merlot de um Valpolicella.

Considero os dispensáveis e caros vinhos da Maremma iguais às bolsas Vitton: Caros e fáceis de falsificar.



Mas o mercado está repleto de enoloides que estão sempre dispostos a fazer a alegria dos falsificadores.

Os eno-trapaceiros sabem que os enoloides não entendem nada de vinhos, adoram troféus vinícolas e são facílimos de serem sodomizados.

Todos os vinhos caros, sejam italianos, franceses, portugueses, espanhóis etc., são alvo dos vivaldinos que, sem pudor algum com muita eficiência e periodicamente, invadem o mercado com as mais variadas etiquetas “made-in-fundo-de-quintal”.



E tome KY......

Até aqui, tudo normal, comum, corriqueiro.....

O que assusta, todavia, e que a garrafa falsificada foi adquirida, por um enófilo italiano, no site da “Tannico”

Para quem não sabe a “Tannico” é a maior enoteca online da Itália e faz parte do grupo Campari.

A Tannico anunciou, em seu site, o Tignanello 2001 por 185 Euros, cada garrafa e rapidamente esgotou o estoque do vinho toscano.



Um dos compradores, provavelmente um fã do “Supertuscan”, ao receber a compra notou que a etiqueta era menor do que as de garrafas de sua adega.

Desconfiado, entrou em contato com a Antinori que, após rápida verificação, confirmou a falsificação.

A Tannico prontamente, devolveu o dinheiro ao comprador, pediu 1.237 desculpas, mas não se livrou de uma investigação por parte do “Nas” (acrônimo de Nucleo Antisofisticazioni e Sanità) órgão do ministério da saúde italiano encarregado de fiscalizar, inclusive, fraudes alimentares.

O NAS, agora, que saber onde e de quem a Tannico adquiriu o lote de Tignanello-Fake.



Marco Magnocavallo, diretor da Tannico, afirma: “ Como todos os professionais do setor, nós compramos velhas safras de vinhos raros de quatro canais: produtores, leilões, restaurantes e colecionadores. No caso do Tignanello fomos contatados por um colecionador sério e confiável que já nos vendeu outras garrafas, afirmando ter adquirido 6 Tignanello 2001 e que nos poderia ceder por um bom preço. O valor pedido nos pareceu razoável e, assim fechamos o negócio, 


 Magnocavallo continua “ O clamor suscitado é uma clara reação dos concorrentes que, invejosos, querem prejudicar nossa credibilidade. ”

O Magnocavallo pode dizer o que quiser, mas o que salta aos olhos é que os compradores de sua empresa não entendem bosta nenhuma de vinho e que se não tivesse surgido um bom entendedor, a Tannico continuaria vendendo tremendas-bostas falsificadas pelos os olhos da cara.

Você, que é um enoloide de carteirinha e fã de “Supertuscans”, dê uma conferida na sua adega.


 Se ao longe ouvir som de arpas paraguaias tocando “Recuerdos de Ypacarai, já sabe…KY

Dionísio

 

8 comentários:

  1. Todo castigo eh pouco para corno e para enoloide.

    Adorei o "Concorrentes invejosos".

    Ate parece politico falando que quando pegam o cara fazendo rachadinha, ou com dinheiro na cueca seria "calunias que serao provadas como infundadas no seu devido tempo (que nunca chega)".

    ResponderExcluir
  2. "Como é a epopeia para comprar o mítico vinho Romanée-Conti no Brasil"

    https://neofeed.com.br/blog/home/como-e-a-epopeia-para-comprar-o-mitico-vinho-romanee-conti-no-brasil/

    ResponderExcluir
  3. ....e tem babaca que acredita seja possível comprar RC nas lojas de vinho. E tome Recuerdos de Ypacarai.....

    ResponderExcluir
  4. O que me chamou a atenção nessa história é que os falsificadores são tão confiantes nos enoloides tomadores de rótulos, que nem se preocupam muito em fazer uma garrafa minimamente factível. O rótulo deve ser uns 3 cm menor no comprimento... é brincadeira isso.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. O problema é que, apesar deles se ligarem em rótulos, nem os olham e/ou analisam. Preocupam-se mais em tirar fotos para ostentar. Aliás, nem devem se importar muito com o conteúdo. O importante, nesse caso, é mostrar aos amigos e inimigos que bebeu um vinho famoso.

      Excluir
  5. Só tem babaca comprando para aparecer,se colocar um sangue de boi na garrafa eles bebem igual !

    ResponderExcluir