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sexta-feira, 2 de abril de 2021

C'EST LA VIE

 


Será a crise financeira da CBN e Rede Globo?

Será que os importadores adotaram medidas restritivas e cancelaram patrocínios e as bocas-livres?

Será que os produtores nacionais resolveram contratá-lo como garoto propaganda?


Não sei responder a nenhuma das perguntas, mas sei que nosso mais renomado “guru das parreiras”, há alguns meses, vem se dedicando, sempre com maior frequência, a enaltecer, subliminarmente, a ascensão e excelência das várias etiquetas nacionais.

“ Melhores Brancos Nacionais”, “Melhores Tintos Nacionais”, “Melhores Espumantes Nacionais” “ Melhores Custos Benefícios dos Vinhos Nacionais” etc.

 Jorge Sortudo, de repente, se transformou em um nacionalista radical, fã dos vinhos tupiniquins, deu um “Addio Piemonte”, “Adieu Bourgogne”, “Adeus Douro” e.…”Seja Bem-Vinda Serra da Mantiqueira”, “Seja Bem-Vindo Goiás”, “Seja Bem-Vindo Minas Gerais” etc. (estou aguardando, com interesse e alguma ansiedade, se e quando Jorge Sortudo, finalmente, encontrará novas e promissoras fronteiras vinícolas no Maranhão)  

Jorge Sortudo tenta, insistentemente, convencer os enófilos tupiniquins que “tremendas-bostas”, como o Barbera de Cocalzinho, o Sauvignon Guaspari do Espirito Santo, o Valduga 130 Brut da Serra Gaúcha etc.  Melhoraram muito, ganharam prêmios internacionais e são boas opções de compra.


Sortudo esquece de escrever, todavia, que os preços das etiquetas nacionais são absurdamente caros e que, por exemplo, um trabalhador francês, com seu salário de 1.200 Euros, leva para casa 60 garrafas de Champanhe

Com seu salário, de R$ 1.100, o João Silva, morador de São Leopoldo, leva para sua adega, magras 11 garrafas do deplorável “Casa Valduga 130 Brut”.

O Giovanni Rossi, trabalhador braçal, de Brusasco, com seus 800 Euros de salário, leva para casa 334 garrafas de Barbera.


O José Souza, de Corumbá de Goiás, no final do mês resolve esquecer o lockdown, encher a cara e com seus R$ 1.100, compra 6 garrafas do deplorável “Barbera”, de Cocalzinho.

São apenas três exemplos, entre milhares, mas que os defensores do “quase-vinho-nacional”, sistematicamente esquecem de mostrar.

Jorge ex Sortudo, parece aquele locutor esportivo acostumado a transmitir jogos da Champion League, que agora, rebaixado, comenta embates entre o Bacabal Esporte Clube X Instituto de Administração de Projetos Educacionais Futebol Clube, da gloriosa Liga Maranhense de Futebol.


Adeus “Bar au Vin 66” da Place Carnot

Bem-vindo ”Faceburguer Cocalzinho Pub” 


C’est la vie....

Dionísio

8 comentários:

  1. É a tsunami muar-nacionalista que varre o país! Aqui tudo é melhor: o vinho, o espumante é inigualável ( a França que lute), até melhoramos o carbonara ( mega cremosão), presidento nem se fala é leite moça no café da manhã para ele e as tropas ( não a do exército).

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  2. Mais um golpe genial de marketing, os vinhos "Reserva Reservado". conheço varios..no mercado tem vários reservados pra venda. Nesta Páscoa deixei um reservado na geladeira para beber..:)))
    Talk Wine, com o especialista em vinhos Marcelo Copello. O uso do rótulo Reserva Reservado.

    https://m.youtube.com/watch?v=ikyKBFNRjCQ

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    Respostas
    1. Se você deixou um Buçaco Reservado, no problem...

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    2. O Copelllo , como sempre, só falou merda.Não entende bosta nenhuma de vinhos e há anos ilude os enófilos brasileiros.

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  3. Sommelier Tries 20 White Wines Under $15

    https://m.youtube.com/watch?v=SC4BXKsVEsw

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  4. Depois que os vinhos da Miolo, Aurora e afins forem para o espaço, até o Alf vai ficar sóbrio:

    https://jornalsabores.com/prova-de-vinho-que-esteve-no-espaco/?fbclid=IwAR0B0e3Cn7EpOvHce-dhi_WlN-X3OJZa_MJZQ-zaJUe_uucSNe3No2nTX5w

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