Vivendo uma fase ditosa de poucos, mas grandes vinhos, no
ultimo almoço, na casa de Bacco, entre outras ótimas etiquetas, bebi três
extraordinários Chardonnay: “Puligny-Montrachet 1er Cru 2018 “Les Perrieres” de
Jean Louis Chavy, Puligny-Montrachet 2013 1er Cru “La Truffière” de
Thomas Morey, Chablis Grand Cru “Valmur”
de Alain Gautheron.
O que dizer?
Dois vinhos de Puligny-Montrachet que expressam toda a
elegância, harmonia aromática e grande complexidade dos melhores Chardonnay.
A juventude do “Les Perrieres” não
“sucumbiu” nem foi “atropelada” pela maior suntuosidade do irmão mais velho,
O “Les Perrieres” é um excelente Chardonnay que, pasmem, custa 60 Euros.
É sempre bom lembrar que o Chardonnay piemontês da Coppo,
“Riserva della Famiglia” custa 115 Euros é não chega aos pés do vinho francês.
O Puligny-Montrachet “La Truffière”, de Thomas
Morey, mais uma vez me convenceu que o “vigneron” de Chassagne sabe tudo e um
pouco mais, de vinificação (os Morey são viticultores há 10 gerações…)
Seus vinhos na juventude costumam apresentar, um leve excesso
de madeira, excesso que desaparece com a idade e cede lugar à elegância e uma
impressionante persistência na boca.
Mais uma coisa: O “La Truffière”, um
dos menores 1er cru de Puligny-Montrachet (2,5 hectares), doa insuperáveis
Chardonnay, mas custa, salgados, 100 Euros.
O Gaja & Rey,
proveniente de anônimas e piemontesas (será?) Vinhas, custa sodomíticos 350
Euros...... uma piada de mau gosto e muito gasto.
Chablis é mais uma denominação da Borgonha que atualmente mais
me “enfeitiça”.
Me seduz pela sua “cortante” acidez, mas também por sua elegância e maciez.
Com os preços, sempre em elevação, dos primos da Côte D’Or, os
Chablis aparecem como uma ótima opção.
A predominância do aço, na vinificação, contribui para doar ao
Chablis características de maior frescor deixando de lado a opulência, as vezes
enjoativa do excesso de manteiga e madeira presentes em alguns Chardonnay da
Côte de Beaune.
Dos 7 Grands Crus (Blanchot, Bougros, Les Clos,
Grenouilles, Preuses, Valmur e Vaudésirs), Alain Gautheron
produz três: “Les Preuses”, “Vaudésir”
e “Valmur”.
O “Valmur” 2017, degustado no almoço, nada ficou devendo aos bem mais caros Chardonnay de Puligny-Montrachet
Com passagem
em madeira e aço não apresentou as cansativas notas de manteiga e baunilha
algumas vezes presentes nos vinhos da Côte D’Or.
No Chablis
“Valmur”, os agrumes, a
mineralidade e o frescor foram os donos incontestáveis das nossas taças.
Grande
vinho que custa 50/60 Euros.
Obrigado pela aula e excelente produção textual! Deu sede
ResponderExcluirOs vinhos comentados, realmente, dão sede kkkkkk
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