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segunda-feira, 7 de março de 2022

TRÊS GRANDES CHARDONNAY

  


Vivendo uma fase ditosa de poucos, mas grandes vinhos, no ultimo almoço, na casa de Bacco, entre outras ótimas etiquetas, bebi três extraordinários Chardonnay: “Puligny-Montrachet 1er Cru 2018 “Les Perrieres” de Jean Louis Chavy, Puligny-Montrachet 2013 1er Cru “La Truffière” de Thomas Morey, Chablis Grand Cru “Valmur” de Alain Gautheron.


O que dizer?

Dois vinhos de Puligny-Montrachet que expressam toda a elegância, harmonia aromática e grande complexidade dos melhores Chardonnay.

A juventude do “Les Perrieres” não “sucumbiu” nem foi “atropelada” pela maior suntuosidade do irmão mais velho,

 O “Les Perrieres” é um excelente Chardonnay que, pasmem, custa 60 Euros.

É sempre bom lembrar que o Chardonnay piemontês da Coppo, “Riserva della Famiglia” custa 115 Euros é não chega aos pés do vinho francês.

O Puligny-Montrachet “La Truffière”, de Thomas Morey, mais uma vez me convenceu que o “vigneron” de Chassagne sabe tudo e um pouco mais, de vinificação (os Morey são viticultores há 10 gerações…)

Seus vinhos na juventude costumam apresentar, um leve excesso de madeira, excesso que desaparece com a idade e cede lugar à elegância e uma impressionante persistência na boca.

Mais uma coisa: O “La Truffière”, um dos menores 1er cru de Puligny-Montrachet (2,5 hectares), doa insuperáveis Chardonnay, mas custa, salgados, 100 Euros.

 O Gaja & Rey, proveniente de anônimas e piemontesas (será?) Vinhas, custa sodomíticos 350 Euros...... uma piada de mau gosto e muito gasto.

Chablis é mais uma denominação da Borgonha que atualmente mais me “enfeitiça”.


Me seduz pela sua “cortante” acidez, mas também por sua elegância e maciez.

Com os preços, sempre em elevação, dos primos da Côte D’Or, os Chablis aparecem como uma ótima opção.

A predominância do aço, na vinificação, contribui para doar ao Chablis características de maior frescor deixando de lado a opulência, as vezes enjoativa do excesso de manteiga e madeira presentes em alguns Chardonnay da Côte de Beaune.

Dos 7 Grands Crus (Blanchot, Bougros, Les Clos, Grenouilles, Preuses, Valmur e Vaudésirs), Alain Gautheron produz três: “Les Preuses”, “Vaudésir” e “Valmur”.

O “Valmur” 2017, degustado no almoço, nada ficou devendo aos bem mais caros Chardonnay de Puligny-Montrachet

Com passagem em madeira e aço não apresentou as cansativas notas de manteiga e baunilha algumas vezes presentes nos vinhos da Côte D’Or.

No Chablis “Valmur”, os agrumes, a mineralidade e o frescor foram os donos incontestáveis das nossas taças.

Grande vinho que custa 50/60 Euros.

Dionísio

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