Aguardei alguns dias, para escrever esta matéria, à espera de
algum comentário sobre a astronômica elevação do preço entre o “Barolo Vigna Rionda” do Tommaso Canale e o mesmíssimo vinho, produzido
por seu primo Davide, da vinícola “Giovanni Rosso”.
Canale vendia, nos últimos anos, um litro de Barolo por 10 Euros.
Um simples cálculo nos
leva a crer que uma garrafa de 0,750ml, do mesmo vinho, custaria 7,5 Euros.
Alguém poderá argumentar que deveríamos acrescentar, no
cálculo, rolha, garrafa, etiqueta, cápsula e finalmente a caixa de papelão.
Ok…. Hoje estou bonzinho, acrescento 1,50 Euros e obtenho um
total de 9 Euros, preço que custaria uma garrafa de “Vigna
Rionda” Tommaso Canale.
A “Giovanni Rosso” vinifica a mesma quantidade de uva da mesma
vinha, com o mesmo sistema tradicional de Tommaso Canale, mas não se encontra
uma garrafa de seu “Barolo Vigna Rionda” por menos de 300 Euros.
Perguntas: O que mudou?
Qual motivo e razão para um aumento tão exagerado?
Resposta: “A mãe dos eno-idiotas está sempre grávida” ......
Davide Rosso produz cerca de 2.000 garrafas (será?) de “Vigna
Rionda e sabe perfeitamente que é facílimo encontrar, entre os milhões de enófilos,
2.000 idiotas abonados que não titubeiam em gastar uma pequena fortuna por uma
garrafa de vinho.
Há mais....
O “Vigna Rionda Ester Canale Rosso”, como nós já
anunciamos, custa, em média, nas enotecas, 320/380 Euros.
Ótimos Barolo, também da Vigna Rionda, dos concorrentes Massolino, Anselma, Pira, Oddero podem ser adquiridos facilmente por 70/90 Euros.
Qual bicho predador teria mordido e infectado, então, Davide
Rosso?
Rosso, com alguma frequência visita o Brasil (certa feita arrumou,
até, uma namorada brasileira) e fez amizade com os Miolo que, por sinal,
importam um de seus Barolo.
Davide, ao constatar que a Miolo Predadora consegue vender
alguns de seus quase-vinhos por 100/150 Euros, não teve dúvida “inventou” um belo
e eficiente marketing, com certeza lubrificou algumas canetas certas e lascou
um preço insano em seu “Vigna Rionda”.
Finalmente o Brasil vinícola exporta “conhecimentos” aos
europeus.
Tommaso Canale levou, com ele no caixão, o antigo, romântico e
racional mundo do Barolo.
Bacco
o título dessa matéria me lembrou das manchetes do falecido Notícias Populares...
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