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quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

GAJA AINDA É GAJA?


Angelo Gaja foi e ainda é, um dos maiores e mais conceituados nomes do panorama vinícola italiano.

Competente, esperto, grande visão, bom de marketing, Gaja construiu, ao logo de décadas, um verdadeiro império.

Sua vinícola, em Barbaresco, não aceita visitas e, na enorme porta de ferro da entrada, há uma placa informando que para compras é preciso contatar, via telefone, o escritório.

Visitas? Nem pensar
 

Degustações? Somente com agendamento e 300 Euros no bolso.

Gaja, desde 2018, retirou da web o site da empresa, não dá a mínima para as opiniões dos “especialistas” do setor e sabe, perfeitamente, que atingiu um estágio em que os elogios abafam as críticas.   

Gaja, se fosse um viticultor brasileiro, seria o pesadelo de nossos critico$, sommelier$, formadore$ de opinião.
 

Já imaginaram o ridículo Bilu-Didu-Teteia e similares, tentando beber de graça, como de costume, os vinhos do Gaja?

Frustração e desespero total.

Angelo Gaja, apesar de desprezar a internet, mantém um site de sua distribuidora de vinhos e destilados.

Quem desejar poderá consultar o site e verificar que Gaja distribui vinhos e destilados da França, Espanha, Alemanha, Chile, África do Sul, Estados Unidos, Nova Zelândia, Hungria, Israel, Austrália etc. etc. etc., até Rhum da Martinica entra no rol.
 

Pena que Angelo Gaja não tenha sido informado sobre a ótima relação preço/qualidade dos vinhos gaúchos, de São Roque, Cocalzinho e outros raríssimos “terroirs” brasileiros.

Um pecado….

Na produção de vinhos, Gaja, ultrapassou as fronteiras piemontesas, lançou seus tentáculos sobre vinhas da Toscana e recentemente da Sicília, mais exatamente, nas encostas do Etna.
 
 

Angelo Gaja pode ser considerado um gênio comercial, do mundo vinícola, que conseguiu colocar e consolidar a etiqueta “GAJA” entre as mais respeitadas e desejadas pelos enófilos de todos os cantos.

Pecados?

Alguns, mas deixemos para a próxima matéria.

Bacco.

4 comentários:

  1. Gaja já não precisa da turma que escreve assim...

    https://paladar.estadao.com.br/noticias/bebida,pequeno-e-absurdo-dicionario-dos-termos-usados-para-descrever-vinhos,70002710481.amp

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  2. Já tomei alguns vinhos do Gaja de sua linha mais básica, mas nunca tive coragem de pagar essa fortuna que ele cobra de seus Barbarescos. Mas quando estive no Museo del Vigno a Barolo, na comuna de mesmo nome, tomei uma taça (caro!)de Barbaresco do Gaja (não me lembro o ano) que estava junto com outras garrafas numa daquelas máquinas "Enomatic". Não sei dizer se essas geringonças conservam o vinho igual, mas o vinho que bebi era tímido de aromas e desprovido de qualquer elegância ou personalidade.

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    Respostas
    1. Engraçado o comentário do autor acima. Eu mesmo impressionado com a fama do Gaja trouxe de uma viagem um garrafa do Barolo, e tive a mesma impressão do vinho... Desprovido de qualquer elegância ou personalidade.
      abs

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    2. Peraí! Podem até falar que os vinhos de Gaja são muito caros etc., mas falar que eles não têm elegância é prova de desconhecimento. Uma marca dele é a elegância. Principalmente aqueles do Piemonte. Os da Toscana, tratados no ótimo post seguinte do Bacco, perdem fácil para vinhos regulares de lá. Mas tratando de Barolo e Barbaresco sempre preferi Giacosa e Conterno, que também não são nem um pouco baratos, principalmente aqui no Brasil. Quanto ao termo "personalidade", nunca entendi direito o que querem dizer com isso.
      Sds,
      Carlos P. Dante Toledo

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