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domingo, 12 de novembro de 2017

OS ENO-IDIOTAS


 


Não quero tripudiar, mas quando leio as matérias, de alguns "colegas" blogueiros e de inúmeros sommeliers, onde encontro elogios (falsos) e recomendações incentivando a compra de vinhos nacionais, sinto pena dos consumidores brasileiros.

 Acreditar que algum dia, num remoto futuro, o consumo de vinho, no Brasil, alcançará níveis europeus é crer que Renan Calheiros, poderá ser, algum dia, um político probo.

As razões?

Bastam poucos neurônios funcionando para obter a resposta.....

Impossível

Estou passando alguns dias na casa de Bacco antes de rodar até Alba para apreciar, mais uma vez, seus vinhos e sua gastronomia.

Ontem entrei num mercadinho de Santa Margherita Ligure, na rua próxima do "Castello dei Bacco", para comprar uma garrafa de Barbera.
 

 Não consegui resistir e fotografei os preços dos vinhos expostos.

Veja.
 
 

Você que pagou R$ 169 por um "Barbera-Bandeiras Que Fa Cagare" de Cocalzinho ou R$ 178 pela "Tremenda Bosta Syrah da Guaspari", ao ver os preços das fotos, não se sente um perfeito eno-imbecil?
 

Caso acredite não ter alcançado, ainda, a perfeita eno-idiotice, recomendo a compra do "Tempranillo Seleção Pessoal Marcelo de Souza DIG" (Denominação de Imbecilidade Garantida) por insanos R$ 450

 

Pronto: com a ajuda de blogueiro$ e $ommelier$, que indicam e elogiam vinhos ridículos e extremamente caros, você já pode se considerar um perfeito eno-imbecil

Dionísio

PS. Acabara de escrever esse texto quando recebi um comentário que parecia ter sido escrito justamente para discordar da matéria.

Leiam



Prezado Sr. Dioníso,

Acredito que é a segunda vez que o sr. faz comentários sobre a vinícola Pireneus vinhos e vinhedos. Como leitor de seu blog, gostaria de saber se o sr. já conheceu algum dos vinhos produzidos pela vinícola?
Ademais, não consegui encontrar em seu blog alguma referência da sua qualificação pessoal para comentar sobre o assunto vinho...

Só para lembrar, falar sobre qualquer coisa é fácil, em qualquer tipo de lousa. Por um outro lado fazer, demanda muito conhecimento e além disso, trabalho e respeito, que deveria existir em qualquer situação da vida...
 

Marcelo, aguarde minha resposta.

By the way...... recomendo um bom estoque de K Y.

Dionísio

13 comentários:

  1. Prezado Dionísio, comungo com sua revolta em relação aos preços dos vinhos no Brasil, importados e nacionais. Mas posso lhe garantir que há excelentes produtos, de muitas pequenas vinícolas, que não se encontram nos mercados especializados, mas são comprados diretamente nas vinícolas por excelentes preços, ou seja, fugindo da trágica cadeia comercial. Em meu blog Adega do Chamon, tenho algumas matérias sobre isso, inclusive, estaria à disposição para recepcioná - lo em Bento Gonçalves, para um tour seletivo em vinícolas e vinhos (assim como tb em SC). Garanto que verá que a generalização de que todo vinho nacional é ruim e caro,não é justa.

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    1. Mas este é , justamente o problema. É possível produzir vinhos decentes em qualquer parte do mundo, Brasil incluso, mas quando há algo recomendável e potável , aparece a mosca branca , azul ou de outra cor ,que pica o produtor e .....adeus: vinho nacional mais caro do que Grand Cru da Borgonha.

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    2. O problema, Chamon, é que não tem nenhuma pequena vinícola boa que o vinho esteja abaixo de 10 euros (ouso dizer que 15 euros é o piso), quanto mais 5 ou 3 euros. Talvez com a entrada do Simples melhore, mas eu tenho minhas dúvidas que eles vão repassar essa redução do imposto.

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  2. "não consegui encontrar em seu blog alguma referência da sua qualificação pessoal para comentar sobre o assunto vinho"

    engraçado como, para falar de coisas que envolvem apenas gostos, brasileiro adora pedir diploma, certificado, endosso de especialista, qualquer coisa. qual o prejuízo que um vinho ruim causa? o preço da garrafa e o gosto ruim. e um DJ ruim, qual o efeito? no máximo, vai tomar uma vaia. um filme ruim? 30 reais do ingresso. se ainda fosse algo que envolva riscos de verdade, como engenharia civil ou medicina, eu até entenderia "qualificação pessoal" para falar de algo, mas vinho não é isso e nunca será.

    p.s: o idiota que escreveu isso também não mandou nenhuma qualificação pessoal (produzir zurrapa em Goiás conta como desqualificação pessoal), e ainda escreveu errado o nome do Dionísio.

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  3. Bom, tirando a forma jocosa e desrespeitosa de falar, concordo integralmente com a parte dos preços. Infelizmente o que dita o mercado é a lei da oferta e procura e, no caso do vinho, esses caras acabam por ter resultado vendendo seus produtos a preços exorbitantes. Quanto a achar bons vinhos brasileiros, eu estou com o Chamon: eles existem sim e estão, em sua maioria, fora do trágico mercado do vinho brasileiro.

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    1. A.Luiz, oferta e procura/demanda dita parte do mercado. Se isso fosse 100% correto nao teriamos tantas distorcoes nas quantidades vendidas nas bacias das almas -- algo muito comum nos ultimos anos, basta ver o tanto de gente que fechou portas -- ou nos precos altissimos ainda durante a crise.

      Cara importa vinho nessa crise do cacete e nao arrega nem um pouco. Coloca aquele markup bitola larga no nosso pompom.

      No mercado de imoveis tambem houve isso. Casas e apartamentos vazios, mas tiveram a ousadia (burrice) de manter os precos la em cima. Olha no que deu.

      Demanda baixa, preco alto. So mesmo nesse lixo de lugar para inverterem (sem sucesso) leis basicas de economia.

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  4. O que este blog faz de forma jocosa é expor como predadores as vinícolas nacionais a mais pura verdade, muitos vinhos com glicerina, medalhas compradas e quando produzem algo que custaria o equivalente aqui no Brasil a 10/20 euros a garrafa no máximo, a vendem a preços exorbitantes. Estas críticas não valem somente ao ramo vinícola, mas demonstra a mentalidade do empresariado brasileiro....

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  5. Gostaria de inverter a pergunta para o Sr Marcelo . Sr Marcelo qual a faculdade de enologia o Sr frequentou ? Onde o Sr aprendeu a fazer vinho ? Quem é seu enólogo ?
    Onde vc faz seu vinho ?
    Eu posso falar já fui naquele buraco que vc chama de vinícola, já degustei todos seus vinhos mais de uma vez e todos são horríveis e caros. Ja participei do seu tenebroso almoço , já passei calor naquela lona azul que o Sr puxa do telhado do sobrado, suas vinhas são descuidadas, a higiene no local não é das melhores e nos seus almoços pagos para se tomar um copo de vinho parece que vc esta bebendo o néctar dos deuses não doses pequenas e tímidas que segundo vc e devido à pequena produção .... O Sr levantou um dia no calor do Goiás e decidiu : Bingo vou produzir vinho !!! E cobrar R$ 400,00 na garrafa ? Como foi ?
    Eu posso falar ? Sou Wset nível 3 sou isg nível 2 ou seja das duas principais escolas do país eu tenho o nível máximo , sabe o que isso quer dizer ? Nada meu caro, eu não chego as calcanhares do Bacco, ele já bebia vinho quando vc usava fraldas, ele é o maior conhecer no Brasil de vinhos italianos e da borgonha. Ele escreve sobre o universo do vinho a mais de 20 nos ,
    ele é convidado pelos barolistas a degustar as safras, ele é consultor de varios bares na Itália... Bom vou parar por aqui será melhor .
    Sr Marcelo os seus vinhos são pavorosos, e quando o Sr cobra em uma garfada R$ 150,00 de um Barbera goiano sim podemos criticar e sim podemos detestar .
    FURFO

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  6. Sr. Marcelo,

    Vc pedir qualificação pessoal para quem entende de vinho, como Bacco e Dionísio, é patético. Falando no meu caso, bebo vinho diariamente há 30 anos, tendo já tomado os melhores e piores vinhos do mundo (Até hoje, ainda erro). Conheço todas as regiões vinícolas do velho mundo, e infelizmente já me aventurei, quando mais jovem, também no Chile e Argentina e ok, me penitencio por isso. Mas pelo fato de não frequentar AB$$ e ler outros bloqueiros imbecis, consumidores de "bocas livres", vc não deve me achar com "qualificação pessoal". Agora, querer convencer os leitores desse blog, que se faz vinho bom em Cocalzinho de Goiás, é ofender a todos nós, discípulos de BACCO. Aliás, nem sei o que vc está fazendo aqui.

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  7. Caro Dionísio . Perante o texto que escreve, deixe-me esclarecê-lo sobre os custos de expedição, tendo em conta as políticas extraordinariamente protecionistas do Governo Brasileiro . E quem fala de vinhos, fala de quaisquer bens que sejam importados e impliquem transporte marítimo. De Portugal para o Brasil tem o custo do Frete, a Alfandegagem, o transporte, a desalfandegagem, os custos de importação (levante-se do sofá e veja um Importador), e tudo o mais , obviamente que os valores do país de origem até chegar ao Brasil disparam como é óbvio . Desta forma como lhe indiquei é necessário fazer algo mais que simplesmente dizer sem ver depois como as coisas se processam . Qualquer coisa, questione. Jorge Cipriano

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  8. Sr. Jorge Cipriano,

    Acho que você não leu direito a matéria. Dionísio não entrou no mérito de custos de importação de vinhos. Ele quis comparar o preço de Barberas de bons produtores, que no país de origem, não custam mais que 20 reais, com o Barbera feito em Cocalzinho de goiás, vendido por indecentes 169 reais. E nem estou levando em conta outras vinícolas nacionais que praticam também preços aviltantes em seus produtos, como mostra o artigo acima. Por mais alto que sejam nossos impostos, nada justifica o preço astronômico dos vinhos brasileiros. A margem de lucro é altíssima sim, mas existem eno-tontos que ainda assim os consomem.

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    1. Você acredite no que quiser. Fale com um despachante mercante ou afins e ficará a saber desses custos que refiro. Depois, claro, os preços disparam, mas também de bens como farinha e outros. Antes de mais acabe-se com corrupção que grassa nos portos brasileiros onde muita gente ainda está envolvida na pirâmide de custos. Eu não li ? Eu acho que não entendeu sequer o que escrevi. Leu tudo na diagonal .

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    2. Eu acho que você leu tudo à árabe. Eu não escrevi que a politica de importação , no Brasil, é justa, mas que é exatamente o contrário: é predadora.
      Apesar da tremenda corrupção e taxação, ainda assim, os vinhos importados custam menos que os nacionais

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