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sexta-feira, 10 de novembro de 2017

A VEDETE DA MODA



 
 

 














Comecei a escrever esta matéria em meados de outubro quando li, na
pagina da Suzana Barelli, no Facebook, a notícia reproduzida na foto acima.
 Na ocasião perguntei, à Suzana Barelli, editora de vinhos da revista "Menu", quem garantiria que os produtores declarassem a verdade sobre a origem das leveduras.

 Suzana deu uma resposta, no mínimo, infantil e encerrou o assunto (veja foto).

 


Ela encerrou o assunto, mas eu, não

Estou aguardando com ansiedade a revista "Menu", do mês de novembro, para conhecer os vinhos degustados e o resultado.

A presença do rotundo e redundante Didu Bilu Tetéia, na turma de degustadores, já indica que a seriedade do "julgamento" é zero.

 
Minha dúvida, sobre a capacidade técnica da turma, se transformou em certeza, quando notei que outro componente da mesa era a "sommelier" da Vinícola Salton.

 A "sommerdier" da Salton (como ela descreveria o Chalise Tinto Suave?) é importante, no mundo do vinho, tanto quanto é Lambau, jogador do Coroatá Futebol Clube, da homônima cidade maranhense, no mundo do futebol.
 

Mesmo uma eno-toupeira já percebeu que as "leveduras" são as novas vedetes, a nova "moda" dos enófilos de todo o mundo.

Já tivemos a moda dos pontos "parkerianos", dos enólogos "stars", dos "winemakers glamour", dos vinhos "marmelada", biológicos, biodinâmicos, orgânicos, naturais etc.

Agora chegou a vez das "leveduras".

 
Nas degustações, feiras, manifestações etc., a pergunta que o produtor mais ouve: "Que leveduras você usa na fermentação?"

Se o vinicultor responder que utiliza, "selvagens", autóctone ou "não adiciono leveduras", já é considerado um mito e os enófilos degustam os vinhos com maior interesse e satisfação.

Se o produtor, por um acaso, responder que utiliza um "pied de cuve" para iniciar a fermentação, 99% dos enófilos faz cara de paisagem, não entendem merda nenhuma, mas, mesmo assim, o vinicultor não é enviado sumariamente para o profundo inferno das uvas.
 
O outro lado da medalha.

Se em um rasgo de sinceridade o viticultor admitir o uso de leveduras selecionadas é imediatamente condenado, pelos Torquemadas do vinho, a tomar cinco litros de "Chalise 1976" da Salton.
 

Morte certa.....

No aguardo do resultado, da turma do "Menu Grátis", adianto uma pequena amostra de quão complexo é o assunto.

Lembram aquele "melhor Sauvignon do mundo" que todos os críticos elogiaram e aplaudiram?

Leia a matéria que escrevi sobre o assunto.


Pois bem, no mês passado o caso foi encerrado com a condenação de 31 pessoas e 10 vinícolas.

As vinícolas e seus proprietários foram condenados a penas pecuniárias e o enólogo "mágico", Ramon Persello, a 6 meses de detenção e pena pecuniária.

Imaginem o que aconteceria  se as vinícolas brasileiras fossem , realmente, fiscalizadas.....

Mas voltemos ao assunto.

Pergunta: Se Persello e seus picaretas conseguiram enganar críticos, revistas especializadas, juízes, consumidores da Europa, durante anos, será possível que a turma da Suzana Barelli, Carina Cooper, Bilu Didu Tetéia (que sempre bebe o que aparece na frente, desde que seja grátis) e Cia., têm competência técnica para saber distinguir um vinho produzido com leveduras selecionadas, ou não?

Duvido muitíssimo, mas aguardo , espero e...... Estou afiando as patas.
Dionísio

2 comentários:

  1. Essa turma que fica falando de fermentação, levedura isso, levedura aquilo, não sabe do que fala. Levedura é levedura, e pronto. Não importa se está na casca da uva, no intestino de insetos que a carregam, se foi selecionada e o escambal. Até aquelas transformadas geneticamente, que os leigos morrem de medo (oh, Deus, um OGM!), não deixam de ser leveduras.
    Sds

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  2. Ainda bem que o Bilu Teteia nao é "critico" de coxinha, ovo em jarra de bar e pastel de feira. Estaria ainda mais gordo que uma porchetta estufada com provolone.

    Qual o problema que essa gente tem que nao vai atras de um pouco de conhecimento antes de poluir o ar com mais diarreia oral liofilizada e lambeção de botas deslavada? Sao "formadores de opiniao" secondo gli, que façam as coisas com mais cuidado e esmero e menos chupação de saco. Chega de painel de vinho, chega de cronismo, chega de rega bufo gratuito. Vao trabalhar, vao estudar.

    O mercado agradeceria ter consumidores mais e melhor informados. E varios dos "experts" ainda poderiam ganhar mais garrafas se houvesse mais consumo, mais comercio, mais empresas.

    Lixo, tudo isso.


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