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segunda-feira, 27 de novembro de 2017

LEVA-DURAS


Nos países mais civilizados do mundo a onda das leveduras indígenas já passou faz tempo, "però secondo lui", naquelepaiz, ainda há excitação, euforia e entusiasmo quando se fala no assunto.
 

Estamos salvos!

 Viva a natureza!
 
 
 
 

As vinícolas são empresas que, há muito tempo, ganham com mitos e boatos sobre vinho.

Temos, também, outra praga e de ego bem inflado: O dono de vinícola hippie que quer salvar o mundo com o que produz.

Haja saco para aguentar hippie, cabelo ensebado e rabo de cavalo, falando de coisas holísticas, comunhão com a natureza etc.
 

Passamos pelo crí-crítico de vinho que adora falar do que está na moda.

Conhece aquela turma que, mesmo morando em SP ou RJ, comenta e escreve sobre vinho sem saber, pelo menos, a cor da folha da uva (dica: é azul)?

E em um ambiente onde há álcool, dinheiro e ego, alguma coisa tem que cheirar à podridão mental..... não nobre.

Nos parreirais, na sua cama, na casa da sua sogra, na biblioteca do instituto Lula, há esporos de leveduras.

 Há leveduras por toda parte.
 

 É assim que fazemos pão em casa sem adicionar fermento.

As amiguinhas estão no ar.

Levedura ingere açúcar e produz álcool (e aldeído) na saída.

O que aconteceria se as uvas fossem fermentadas sem nenhuma levedura selecionada?

 Ou seja: se o mosto fosse fermentado “naturalmente”?

As vinícolas sabem.

Modo 1:

 Leveduras (Deus...) indígenas seriam as vencedores na guerra pelo açúcar do mosto e as que mais se multiplicariam e "disparariam" a fermentação.

 Mas, sem um exame laboratorial, não se sabe qual cepa está presente no mosto.

 Podemos ter leveduras que são fracas para fermentar e que morrem, ainda, com pouca quantidade de álcool formada.

O vinho passa ser uma festa para bacterias e patógenos que darão um aroma e gosto dos piores.

 Para eliminar imprevistos e evitar problemas imediatos, se adiciona enxofre antes da fermentação.

 Neste ponto entra a "diretoria" das leveduras.

Há quem não faça nenhuma ánalise e produz vinhos ótimos sem adição de leveduras.

Seriam os deuses os winemakers?

Não.

Modo 2:

 Os magos de plantão sabem que, após alguns anos produzindo vinho com leveduras selecionadas, as mesmas ficarão no ambiente da vínicola e a cada nova rodada de produção serão as vencedoras nos embates com outras leveduras, mas nunca com segurança total no resultado final.

 
De fato vários enólogos relatam que sempre há um risco de alguma nova cepa dominar as anteriores e os resultados na fermentação seriam imprevisíveis.

 Poucos arriscam 100%, da produção do ano, com este método.

Modo 3:

 E temos também nossos magos que correm ao laboratório para analisar as leveduras presentes no mosto e, após se certificarem que as leveduras “naturais", presentes, são as que eles gostariam de ter, liberam a fermentação “natural”.

 Há controle, há ciência, mas para os trouxas, ou para os "fé-demais", a historia é outra: "Tudo ocorreu da maneira mais natural possível".

 
Modo 4:

 Conhecido e utilizado por quase todos.

 Há controle na fermentação, sabe-se qual levedura será usada (e comprada) e os resultados são aqueles esperados (os aromas e gostos), até o final da fermentação.

O critério de compra e consumo, que se baseia em "levedura natural”, deveria ser o último de uma lista de 0 - 100.

Cidadão vive na poluição, caos e lixo de São Paulo e...... quer tomar vinho “natural”.
 

Espetacular, fantástico

Bonzo

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