Washington, um dos grandes segredos que os locais querem manter escondido de todos.
Um estado que possui de tudo e próximo ao alcance de todos.
Neve, duas cadeias de montanhas, lagoas azuis, florestas
verdes, deserto, Pacífico, glaciares (cada vez menores), caipiras e os techies
(uma versão mais rica e piorada dos Faria Limers), hippies e a turma da “Cuscus-Clan”, drogados
jogados pelas ruas, agricultura orgânica, chinês de Porsche com vidros abertos
no inverno, gordo de boné MAGA em pick-up velha, tudo isso junto e num mesmo
estado.
Quatro estacoes, bem definidas, garantem frutas hortaliças e
grãos dos melhores (mais alta tecnologia e conhecimentos empregados na
produção, modo americano sem ‘’jeitinho’’, sem ‘’ginga’’).
Queijos, destilados, cerveja da mais alta qualidade, café de
todos os países produtores do mundo.
Na terra do Starbucks somente os jumentos certificados compram
aquilo.
Opções de ótimos grãos não faltam e em cada esquina.
Quatro espécies de salmões selvagens agradam os paladares mais
exigentes, incluindo ursos.
Frutos do mar de
manada, como dizem no Goiás.
E os vinhos de Washington?
Princípios da década de 1970 foi onde alguns malucos plantaram
vitis vinífera com intuitos comerciais.
Consumidor daquela
época tomava vinho de garrafão meramente para ficar bêbado e esquecer onde
morava.
Pensou Washington, pensou somente em maconha legal e Walla-Walla?
Ledo engano.
https://www.washingtonwine.org/regions-and-avas/
Desde os vinhos mais pesados do Rhone, até os mais elegantes,
base de Pinot Noir e uvas brancas de todos os climas possíveis, o vivente encontra,
no estado, garrafas com custos bem abaixo dos “Supertoscanos” e das tradicionais
bombas “Petróleo-Sauvignon” que mais parecem
piche com aroma de uva.
Época mais aconselhada para viagens?
Praticamente todas, menos no verão e inverno, no lado leste
das montanhas e em qualquer época ao oeste da Cascádia.
Vejo com desanimo que os vinhos importados, na nossa ilha do
Bananal, são verdadeiras obras de horror: Chateau St Michelle, 14 Hands e outras coisas que não
servem nem para destilação e custam caro.
Há algo de bom no Chateau St.
Michelle?
Sim, os concertos musicais de verão valem sua presença.
O que não há de vinho
bom eles compensam no ambiente.
A propósito, o Chateau
está à venda (novamente).
Qualquer U$D 2 bilhões
leva o grupo.
Bem mais que 90% do volume dos vinhos está nas mãos de 4-5
vinícolas.
O restante da tigrada (mais de 1.000
vinícolas) luta por um pequeno espaço na selva.
Como em qualquer mercado, de alto volume e boa informação, quem
cobra muito, por algo que não tem valor, definha e some, a não ser que tenha 45
anos de estrada e uma enorme estrutura de marketing para alavancar vendas.
Soa familiar?
Deveria.
Para quem tem bom gosto e algum tempo, há poucos lugares tão
bonitos, nos EUA, como Washington.
O turista esperto pode dar uma esticada até British Columbia
porque ali há também um dos lugares mais agradáveis e seguros do mundo para
viver: Victoria Island, Vancouver...
A gastronomia de Vancouver merece um capítulo à parte, uma das
melhores que já vi e comi, no planeta.
A estrada até Whistler um
cartão postal inesquecível.
Entre Washington ao norte e ao sul encontramos dois dos
melhores lugares do mundo para produção de vinho... Duas regiões
anti-ostentação, onde não tem russo, chinês, brasileiro brega.
Me lembro do tanto meu corretor de imóveis favorito na Itália
escreve aqui: “Não há como conhecer vinhos sem conhecer
a região, percorrer os locais de produção pessoalmente por várias vezes”.
Meu veredito sobre os vinhos de Washington: Bem ao estilo novo-mundo, mas com muitas boas opções em termos de gosto e preço.
Você, que gosta de vinhos de Espírito
Santo do Pinhal, Cocalzinho ou Petrolina e considera Gramado um
lugar bonito para visitar..... reveja seus conceitos.
Só GRU salva.
Continua......um dia.
Vinícolas do RS lançam vinhos feitos com uva da EMBRAPA
ResponderExcluirhttps://valor.globo.com/agronegocios/noticia/2022/09/20/vinicolas-do-rs-lancam-vinhos-feitos-com-uva-da-embrapa.ghtml