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sábado, 17 de setembro de 2022

FREISA X NERO D'AVOLA 2

 


A primeira taça de Freisa não aplacou minha sede e Roberto, percebendo minha “necessidade”, serviu uma segunda.

Enquanto degustava, meu leve e fresco tinto, os dois casais de brasileiros continuavam, impávidos e suados, esvaziando mais uma taça do pesado e quase mastigável Nero D’Avola.




Como, sabiamente, escreveu um palerma e administrador de um grupo de quase enófilos “....as pessoas são livres para degustar seu vinho (branco, rosé ou tinto) da forma que quiserem e onde bem entenderem 



Quem sou eu, então, para sugerir quando e qual vinho beber?

O melhor é deixar os turistas brasileiros encherem a cara com Nero D’Avola sob um sol de 35º.

Mas voltemos ao meu Freisa.....

O Freisa pode ser doce, seco, frisante ou fermo (tranquilo).



A minha predileção recai sobre a tipologia “fermo secco”

Uma festa para os olhos, nariz e paladar, o Freisa se apresenta com uma bela e transparente cor rubi, insofismáveis aromas de framboesa, na boca é fresco, pleno, com um leve retrogosto amargo, no final.

Um grande, interessante e particular vinho piemontês.

Quando Roberto percebeu que a minha parada para o aperitivo, estava chegando ao fim, me apresentou a garrafa do Freisa, que servira e perguntou: “Conhece? ”.



“ Conheço e conheço muito...”, foi minha resposta e não estava mentindo.

“Langhe Freisa Sylla” é, na minha opinião, o mais interessante vinho produzido pela vinícola de Mauro Sebaste e sem sobra de dúvida um dos melhores Freisa que conheço…e não são poucos...



Visitei a vinícola Mauro Sebaste inúmeras vezes e sempre à procura de seu soberbo Freisa que custa pouco mais de 7 Euros.

Mauro, quando está em dia solar, é ótimo anfitrião, atende as visitas com cordialidade, conta histórias de sua vida de viticultor, apresenta seus vinhos com entusiasmo e quando se elogia seu Freisa, em cuja etiqueta consta o nome de sua mãe, se derrete todo e serve taças e mais taças de vinho.



Quando está de saco cheio ou com algum problema, nem aparece e delega aos funcionários o trabalho de recepção, degustação e vendas.

Está chegando o outono!

O calor se foi, as praias estão vazias e a grande meta do turismo, da nova estação, é Alba seus “tartufi”, culinária e grandes vinhos.



Ao visitar as “Langhe”, neste outono, esqueça por um instante os três “B” (Barbera, Barbaresco, Barolo), saia da mesmice e ouse.



 Prove um ótimo Pelaverga de Fratelli Alessandria, um incrível Gamba di Pernice da “Tenuta dei Fiori” e não esqueça de provar o Freisa de Mauro Sebaste.


Bacco

  

4 comentários:

  1. É uma pena que nenhuma destas belezas seja encontrada por aqui. E se fosse, cobrariam o olho da cara.

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  2. Sim . Juntam o protecionismo das tremendas-bostas nacionais e a ganância das importadoras

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  3. Esses vinhos delicados sofrem em demasia no transporte maritimo, interno e nos armazens das predadoras, perdem muito na qualidade.

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  4. São raros , mas não delicados e aguentam bem a viagem e não perdem qualidade, creia

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