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segunda-feira, 1 de março de 2021

HISTÓRIAS E RECEITAS

 

Com alguma relutância, um pouco de insegurança, boa dose de nonchalance, finalmente decidi (a idade obriga...) escrever algumas lembranças de viagens, receitas, episódios interessantes e naturalmente, sobre os vinhos das regiões visitadas.



É um percurso longo, sem sequência lógica, programação, mas sempre voltado à gastronomia, vinhos e lugares, que visitei e continuo frequentando há mais de trinta anos.

França e Itália, desde sempre, foram os dois países que, pela excelência de sua viticultura e gastronomia, mais despertaram minhas atenções.

Não haverá, como de costume, começo, meio e fim......  As matérias serão publicadas aleatoriamente, quando voltarem à minha mente e considerá-las importantes, interessantes.

A primeira região, que escolhi “revisitar, ”?



 Piemonte!

Piemonte de grandes vinhos, ótima gastronomia e cozinheiros magistrais.

Um deles?

Cesare Giaccone do”Ristorante dei Cacciatori” em Albareto della Torre.

Um pouco de história.


No final dos anos 1990 resolvi aprofundar minhas “relações vinícolas ” com as “Langhe”.

Para os que desconhecem as “Langhe” é preciso informar: “Langhe” é de um território, caracterizado por suaves colinas, cobertas por vinhas, da província de Cuneo (pronuncie Cúneo).

As “Langhe” são, então, uma subzona da província de Cuneo e nos 18 municípios que a compõem, vivem, apenas, 90.000 pessoas.

Para compensar a limitada população, há, no território, pelo menos, 300 bons restaurantes sendo que 18 deles ostentam estrelas Michelin.

Não sou de dar muita bola para “estrelados”, até porque, pagar 35 Euros por um prato de “spaghetti aí funghi porcini” não é bem meu sonho gastronômico, mas se o guia francês, que não é dos mais pródigos em doar suas estrelas à “rival” Itália, se curva aos restaurantes da Alba e arredores, uma razão, há.....

Bebericando, meu sagrado vinho-aperitivo das 11 horas, no Bar Savona, localizado na homônima praça de Alba, em típica atitude de quem não tem nada para fazer (pensei escrever “coçando o saco”, mas me contive), matutava onde almoçar.

Sábado em Alba é dia de “mercato” (feira) e as ruas da cidade se transformam no império dos ambulantes e suas barraquinhas, onde é possível encontrar desde meias, cuecas camisas, queijos, carnes, vinhos, escargots em lata, panelas ...... Uma verdadeira Babilônia comercial.

“Qual o melhor restaurante da região? ”

A garçonete, que acabara de me servir o segundo vinho-aperitivo, sem pensar um segundo, respondeu “ Cesare em Albaretto della Torre” e continuou: “Se eu tivesse dinheiro comeria todos os dias no Cesare. Cesare é o melhor cozinheiro da região ”.

Consultei o relógio e acelerei os goles....

Confiando na palavra da garçonete e determinado, peguei a estrada: Queria conhecer o “Ristorante dei Cacciatori” e a cozinha de Cesare Giaccone.

Um aviso aos que resolverem conhecer a cozinha de Cesare: Há três caminhos que levam a Albaretto della Torre.

 Durante o dia os 20km e as dezenas de curvas que separam Alba de Albaretto, são facilmente administráveis, mas à noite, com chuva, neblina e alguns copos a mais, recomendo abandonar a rápida estrada SP429 e optar pela mais longa, mas menos perigosa, SP3.



Na próxima matéria...... a receita de “Porcini e Pesche alla Willsberger” (Cogumelos e Pêssegos à Willesberger)

Bacco

6 comentários:

  1. Associação Brasileira do Sonso2 de março de 2021 às 10:25

    Vamos fazer vinho B&B? Veja que pechincha
    https://www.abs-sp.com.br/turmas/t553/da-parreira-ao-vinho-viva-a-experiencia-de-fazer-seu-proprio-vinho

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  2. Inacreditável!!!!! A AB$ continua sendo a picareta de sempre: Só pensa em faturar. "Enólogo Amador" palhaçada total que os enólogos deveriam denunciar

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    1. Cur$o de Formação para Eno-Asno3 de março de 2021 às 10:53

      Os enólogo$ bananicos são coniventes. Não dá para levar a sério os profissionai$, escola$ e professore$ do mundo do quase-vinho nacional. Em frente às câmeras, elogiam, fazem e vendem zurrapas, deliciam-se com Cabernet Franc Gaúcho de 1951 (!!??) mas na surdina, só bebem borgonha, barolo, bordeaux da boca livre das importaPredadora$.

      15000,00 para fazer lixo??? Prefiro ir à São Roque, mais barato e qualidade idem.

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    2. O bundão do Arrebola ,que rebola, elogiando o Cabernet de 1951. Picaretagem que começa na rolha e termina na garrafa com o "vinho" sem ter evaporado nem um milímetro. Picareta , como sempre.

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  3. Caffe Savona tem um vitelo tunato de tão simples é excepcional. O vinho branco da casa então...fora a vitrine de trufas é única!!

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  4. É muito bom , mas o Eno Club, 30 metros mais adiante , é excepcional. Experimente

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