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quinta-feira, 2 de maio de 2019

BOLOGNA - PAPPAGALLO E LAMBRUSCO


Se começasse a escrever, agora, sobre os atrativos de Bologna, em meados de maio ainda não teria esgotado o assunto.

Somente no centro histórico há um impressionante número de endereços obrigatórios: ”Università di Bologna” (a mais antiga do ocidente), “Torre degli Asinelli”, “Piazza Maggiore”, “Basilica di San Petronio”, “Fontana di Nettuno”, “Bologna Underground” etc.
 

Para mim, o melhor de Bologna é o labirinto de ruelas que compõem o centro histórico.

Percorrer as vielas estreitas e tortuosas, seus belíssimos pórticos, admirar o caótico, mas fascinante estilo arquitetônico,  representa o que há de melhor e mais fascinante da cultura, arte e tradição italiana, é algo difícil de esquecer.
 

Ruas que abrigam incontáveis restaurantes, bares, lojas de gastronomia (não deixe de provar a mortadela, mas não alerte os petistas…), açougues, peixarias etc. fazem a alegria dos incontáveis pedestres que disputam o limitado espaço.

Bologna é uma cidade imperdível.

 

Hora do almoço.....

As inúmeras escolhas geram dúvidas.

Qual restaurante?

De repente ......“Al Pappagallo”

Lembrei que o “Al Pappagallo”, fundado há um século, foi o local “bolognese” preferido de Alfred Hitchcock, Gina Lollobrigida, Sofia Loren, Ugo Tognazzi etc.

Resolvi entrar e verificar se a fama era justificada:

 Pelo mesmo preço já comi melhor e em locais mais refinados.

“Tagliatelle com Culatello di Zibello DOP” (15 Euros)

“Verticale Lingua di Fassona alla Salsa Bolognese” (17 Euros)

Bons pratos, corretos, mas que não fariam mudar minha rota para reencontrá-los.

Mais dois absurdos: o valor do couvert (7 Euros) e os preços da carta de vinhos.

Para regar o almoço, como normalmente acontece, pedi um vinho local.

 O sommelier, bastante afetado e empolado, me sugeriu um ótimo Lambrusco Grasparossa di Castelvetro “Nero di Nero”.

Grande Lambrusco que destrói, já no primeiro gole, todos os preconceitos idotizantes que pesam sobre este vinho no Brasil.

Aliás, minha próxima matéria será justamente sobre o Lambrusco.

Voltando ao “Nero di Nero”….

Belíssimo vinho, frisante natural, vermelho escuro, com reflexos violáceos, bolhas finíssimas e persistentes.

Os aromas típicos estão presentes e é fácil perceber que as violetas comandam a festa aromática.

 Vinho fresco, alegre e fácil de beber, conquista, desde o primeiro gole, os mais variados paladares.

Impossível parar na primeira taça....... Detonei quase a garrafa inteira.

Grande vinho que custa 9-11 Euros nas enotecas e que aliviou, minha carteira em 26 Euros, no “Al Pappagallo”.

Belo vinho e restaurante interessante, mas que extrapola nos preços (almoço de 65 Euros)

Bacco

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