Se começasse a escrever, agora, sobre os atrativos de Bologna,
em meados de maio ainda não teria esgotado o assunto.
Somente no centro histórico há um impressionante número de
endereços obrigatórios: ”Università di
Bologna” (a mais antiga do ocidente),
“Torre degli
Asinelli”, “Piazza Maggiore”, “Basilica di San Petronio”, “Fontana
di Nettuno”, “Bologna
Underground” etc.
Para mim, o melhor de Bologna é o labirinto de ruelas que compõem
o centro histórico.
Percorrer as vielas estreitas e tortuosas, seus belíssimos pórticos,
admirar o caótico, mas fascinante estilo arquitetônico, representa o que há de melhor e mais
fascinante da cultura, arte e tradição italiana, é algo difícil de esquecer.
Ruas que abrigam incontáveis restaurantes, bares, lojas de
gastronomia (não deixe de provar a mortadela, mas não alerte os petistas…), açougues,
peixarias etc. fazem a alegria dos incontáveis pedestres que disputam o
limitado espaço.
Hora do almoço.....
As inúmeras escolhas geram dúvidas.
Qual restaurante?
De repente ......“Al Pappagallo”
Lembrei que o “Al Pappagallo”, fundado há um século, foi o local “bolognese” preferido de
Alfred Hitchcock, Gina Lollobrigida, Sofia Loren, Ugo Tognazzi etc.
Resolvi entrar e verificar se a fama era justificada:
Pelo mesmo preço já
comi melhor e em locais mais refinados.
“Tagliatelle com Culatello di Zibello
DOP” (15 Euros)
“Verticale Lingua di
Fassona alla Salsa Bolognese” (17 Euros)
Bons pratos, corretos, mas que não fariam mudar minha rota
para reencontrá-los.
Mais dois absurdos: o valor do couvert (7 Euros) e os preços da carta de vinhos.
Para regar o almoço, como normalmente acontece, pedi um vinho
local.
O sommelier, bastante
afetado e empolado, me sugeriu um ótimo Lambrusco Grasparossa
di Castelvetro “Nero di Nero”.
Grande Lambrusco que
destrói, já no primeiro gole, todos os preconceitos idotizantes que pesam sobre
este vinho no Brasil.
Aliás, minha próxima matéria será justamente sobre o Lambrusco.
Voltando ao “Nero di Nero”….
Belíssimo vinho, frisante natural, vermelho escuro, com
reflexos violáceos, bolhas finíssimas e persistentes.
Os aromas típicos estão presentes e é fácil perceber que as violetas
comandam a festa aromática.
Vinho fresco, alegre e
fácil de beber, conquista, desde o primeiro gole, os mais variados paladares.
Impossível parar na primeira taça....... Detonei quase a
garrafa inteira.
Grande vinho que custa 9-11 Euros nas enotecas e que aliviou,
minha carteira em 26 Euros, no “Al Pappagallo”.
Belo vinho e restaurante interessante, mas que extrapola nos
preços (almoço de 65 Euros)
Bacco
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