Chegando ou partindo da Itália, minha parada obrigatória é
Arona.
Arona, cidade da província de Novara, há poucos quilômetros do
aeroporto da Malpensa, é muito mais agradável e interessante (para mim) do que
a caótica e dispendiosa Milano.
Arona, às margens do estupendo Lago Maggiore, está próxima de
incríveis aldeias lacustres (Stresa, Orta San Giulio, Pallanza, Intra, Feriolo,
Angera, Cernobbio), de belíssimas aldeias alpinas (Santa Maria Maggiore,
Macugnaga, Alagna), de importantes cidades vinícolas (Gattinara, Ghemme, Boca,
Lessona, Fara, Sizzano) e que podem ser alcançadas em menos de uma hora.
A região, além de ser uma boa opção bom para realizar compras,
se destaca, também, como reconhecido e importante centro gastronômico e abriga
mais de uma centena de ótimos restaurantes, cinco dos quais ostentam estrelas
Michelin.
Deu para perceber minha “teimosia” em fazer de Arona uma de
minhas metas obrigatórias?
Se todas as razões que elenquei não bastam, aqui vai mais uma:
Na avenida que margeia o Lago Maggiore há dezenas de bares e enotecas que servem
bons vinhos em taças e, ainda bem, sem exagerar nos preços.
Em minha última passagem pela cidade aproveitei uma bela tarde
para sentar no “Amaranto Café”, beber algumas taças e admirar o pôr-do-sol no
lago.
Ordenei um cálice de branco, sem especificar qual, para
espantar o calor do verão italiano (somente eno-idiotas bebem Amarone de 16º quando
o calor é tropical....)
Bebi um pequeno gole e.....”Garçom que vinho me
serviu? ”
“É um Trebbiano di Soave da vinícola Suavia”.
Ótimo vinho!
Mas, vamos por etapas.
A Suavia produz um dos
melhores Soave que conheço, mas olhando a garrafa daquele “Massifitti” tive que admitir
que, quando bem vinificado, o Trebbiano di Soave
pode surpreender e muito.
A Trebbiano di Soave
tem “primas” espalhadas em quase todas as regiões italianas, mas quase
nunca a uva Trebbiano origina grandes vinhos.
A uva Trebbiano entra na composição de inúmeras denominações importantes,
mas nunca como ator protagonista.
A Trebbiano é protagonista naqueles vinhos que são encontrados,
nos supermercados por 2/4 Euros.
Nas denominações regionais a Trebbiano di Soave é, muitas vezes, adicionada à Garganega na DOC “Soave”
e imprescindível na produção do “Recioto di Soave”.
Voltemos ao nosso “Massifitti”
O “Massifitti” da Suavia se apresenta uma bela cor palha
com reflexos esverdeados e seus aromas, claramente cítricos e florais, impressionam
e agradam ao mais refinado e exigente nariz.
Fácil de beber, com seus 12,5º, é fresco, elegante, mineral e
acaricia com longa persistência o paladar.
Belo vinho que merece todos os 12 Euros que gastei para
comprar a garrafa que acompanhou o almoço do dia seguinte.
Algumas observações: Andei lendo as matérias do Dionísio em
que o mesmo espinafrava, com razão, a WSET.
Sei que muitos leitores de B&B frequentam cursos que prometem
formar profissionais do vinho.
Gostaria que o candidato a sommelier, em uma das aulas,
indagasse se o “professor” teria alguma informação sobre a “Trebbiano di Soave”.
Aposto na mudez total e absoluta.
Bacco
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/alexandraforbes/2018/08/vinhos-naturebas-reforcam-a-maxima-de-que-toda-generalizacao-e-burra.shtml
ResponderExcluirEsses vinhateiros biodinamicos e naturais bem que poderiam fazer parto em casa, nao tomar vacina, tratar cancer com dieta mediterranea, e entrar na nave do heaven's gate logo. Bando de idiotas.
ExcluirEu aposto que essa gente natureba faz propaganda dessas merdas e no fim tomam vinhos normais. Iguais aos petralhas que pedem socialismo para os outros, enquanto eles vivem em LAX e Paris.
Agora sei onde conseguir essa informação.
ResponderExcluirSegurem-se na cadeira...
www.circolovinhosdeorigem.com.br/
Nossa, melhor abrir uma loja para vender picaretas e outras ferramentas. Que lixo.
ExcluirBacco, aqui o disco do Bryan Ferry que comentei no almoço...
ResponderExcluirhttps://www.youtube.com/playlist?list=PLEpKWClxchEAU-XY7Lex1B7dbCcB7nVuv