Os
enófilos ,quando se iniciam no fascinante mundo do vinho ,veem no sommelier
um alguém com extraordinários conhecimentos, grande sapiência e incríveis
poderes.
Nem
sempre, porém, esta visão corresponde à verdade.
Se
o venerado mestre leciona em um dos milhares de cursos picaretas que, indiscriminadamente
e sem nenhum controle, nascem como cogumelos em todos os cantos do Brasil, a desilusão,
com o mundo dos vinhos, será inevitável.
Imagine,
por exemplo, alguém de Brasília que tenha frequentado as aulas do Guto Rosé, aquele
patético ex “sommerdier” da Vintage (onde andará?), que, em uma entrevista
concedida ao “Correio Braziliense”, afirmava: “..... no vinho tinto as cascas
permanecem em contato com o mosto durante 30 dias, já para fazer o rosé 15 dias
são suficientes”.
Com
um mestre desse (des) calibre o coitado de o enófilo brasiliense nunca e jamais
(parece letra de bolero...) conhecerá algo de verdadeiro e útil do mundo dos
vinhos.
Será
que existe algo pior? Algum curso mais picareta?
Sim,
em Brasília há o “SOBRAL” (sobras do antigo Mobral) do vinho!
O pior dos mundos é “aprender” algo sobre
vinhos freqüentando o curso mais ridículo do planalto central capitaneado pelo
calabrês mais chato e presunçoso do centro-oeste que, entre outras “cositas”, já
foi: “especialista” em café, escritor, professor de italiano, guia turístico e
hoje ministra cursos de eno-gastronomia.
Se
você acha que os dois enganadores acima são caras de pau insuperáveis imagine,
então, aprender a profissão de sommelier com o eterno presidente (lembra Fidel
Castro....Está na poltrona há quase 20 anos ) da AB$-Brasilia que há alguns anos ainda não sabia que o Champagne também
pode ser vinificado apenas com uvas brancas (Blanc de Blancs).
Você de São Paulo não teria sorte melhor....
O
Tropeço-Beato-Salu, considerado o melhor sommelier do Brasil, por meia dúzia de
abonados bebedores clientes do Paris, Fasano, Gero e bebedores de caras
etiquetas, poderia conduzir alguém ao normal e racional caminho das taças?
Certamente,
não!
Nosso
trôpego e enganador sommelier poderia , quando muito, guiar o enófilo através
de um delirante mundo em que o vinho revela odores e olores de peixes marinhos
ou ribeirinhos.
Sim,
amigos, o Beato Salu é o único sommelier do planeta que, numa simples taça de vinho,
pode captar, entre outras insanidades, aromas de peixes de rio e ouriço do mar.
Nosso
grande “sommerdier” poderia ainda lhe revelar que os vinhos Bandol e Cornas
nascem no Rhone (apesar das denominações distarem, uma da outra, mais de 300 km).
$ites
e blog$ e$pecializado$ não deixam por menos.
Por migalhas, algumas garrafas, mordomias,
bocas livres, passagens etc. nossos (des)formadores de opinião se prostituem, sem
pudor algum, aos produtores e importadores apoiando, por exemplo, indecentes mentiras.
Lembra
de algumas?
“Segundo Melhor
Espumante do Mundo”,
“O
Fulvia Pinot Noir do Dani-Elle é superior aos primos da Côte D’Or”,
“O
Gamay da Miolo bate os produzidos no Beaujolais” e outras sandices do gênero.
Poderia
continuar durante horas apontando dezenas de picaretagens de nossos “profi$$ionai$
do vinho”, mas todas as matérias sobre o assunto já forma escritas e podem ser lidas,
por quem teve o cuidado de copiá-las, no antigo B&B.
Quem
não copiou não leu e continua desinformado.
Conforme
prometemos, a partir desta matéria, B&B, sem nada cobrar (se alguém enviar ½ garrafa de “Criots-Bâtard-Montrachet”
receberá diploma de “Melhor Sommelier de
Marzagão” assinado por todos os membros de
nossa diretoria executiva), revelará alguns pequenos “truques”
para descobrir aromas, sabores etc. sem transformar o vinho num mundo exclusivo,
complexo, difícil, inatingível..... falso.
LIÇAO um
Quando
deseja aterrorizar os iniciantes o “professor” precisa apenas falar de mirtilos,
groselha, “sottobosco”, musgo, cassis, e outros aromas exóticos quase
desconhecidos no Brasil.
Pronto..... O aspirante a sommelier entra em “tilt”,
tenta curar sua provável anosmia e sai correndo atrás do olfato perdido.
Calma,
não é nada disso... Seu instrutor, também, não sabe distinguir uma groselha de
um tomate cereja e os aromas exóticos, "inventados" e detectados em cálices de vinho,
servem apenas para emprestar uma falsa sapiência ao mestre ilusionista.
Como
pode, então, o iniciante fugir do labirinto proposto pelos “mágicos”
eno-circenses?
Fácil!
O
vinho é normalmente definido como “floreal” ou “frutado”.
Mas como encontrar, reconhecer e identificar
estas sensações?
Simples:
Basta confiar no próprio instinto e memória.
Já
entrou numa floricultura?
Já foi a um casamento decorado com muitas flores?
O
que seu olfato percebe, imediatamente nestas ocasiões, é o "floral”.
Já
preparou uma vitamina de banana, de melão, de manga ou espremeu uma laranja?
Aí
está o “frutado”.
O
“belo adormecido sommelier”, que hiberna no fundo do seu ser (tô parecendo
Julio Verne....), precisa apenas ser despertado e , quando se percebe o “floreal”
e o “frutado”, o caminho das pedras aparece nítido e fácil de percorrer.
Dionísio
Boa!
ResponderExcluirEu já provei as frutas geralmente relatadas nas descrições dos sommerdiers (berries-frescura, hein? e tantas outras). Mas acho que não precisamos de tanto para descrever grande parte dos vinhos. Uma amorinha, ameixa e goiaba já fazem a festa. Para brancos, temos trocentos exemplos aqui no Brasil, e os caras insistem em utilizar frutas que não são encontradas nem no mercadão da cantareira. E as flores então? Nem em Holambra.
O que costumo fazer é atentar para o cheiro de flores, frutas etc. Daí, mando minha impressão e pronto. Sem medo de ser feliz ou de que outras pessoas tenham outras impressões - Afinal, somos diferentes. E também não fico copiando impressões de fichas técnicas de vinhos - como muitos sommerdiers fazem - ou pareceres de Wine Speculator, Bob Barker e tantos outros.
Saludos,
Jean
Vc pegou bem o espírito da coisa. Aguarde a lição 2 onxde mais palhaçadas serão desmontadas
ResponderExcluirDionísio