Já se passaram alguns anos e graças à assessoria dos diretores
do departamento de “RD” (recursos desumanos), da
Salton, Aurora, Garibaldi, a colheita de Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc,
Merlot, Syrah, Chardonnay, Sauvignon etc. etc. etc. etc. está começando.
A mão de obra barata e paga com os juros provenientes da aplicação
do que sobrou na compra dos milhares de hectares, surpreende o Bernard que já
calcula o lucro que poderá obter quando seus os vinhos ganharem as prateleiras
das lojas especializadas e supermercados.
Mas há um, porém..... Arnault precisará, nesta etapa,
contratar eno-químicos (um novo ramo da enologia com profundas raízes
tupiniquins).
Por qual razão?
Os enólogos franceses
não conseguirão vinificar as uvas nacionais com a mesma perfeição dos eno-químicos
da Miolo, Guaspari, Carraro, Valduga, Geisse etc: os nossos eno-químicos estão
anos luz à frente dos franceses no quesito “como batizar vinhos”
Os franceses entendem muito de “Grands Crus”, mas não conhecem
os segredos obscuros e misteriosos para conseguir realizar nossos famosos “Grands
Cus”.
Seleção, dos eno-químicos, terminada, contratos assinados, Arnault,
mais uma vez se surpreenderá com a facilidade, tranquilidade e total liberdade,
também, nesta etapa.
Ninguém controla, ninguém fiscaliza e no escurinho da adega
basta ter um bom estoque de chips de madeira, leveduras de todas as origens,
corantes, açúcar, aromatizantes à vontade e tudo mais que possa ajudar os eno-químicos
e realizar os famosos milagres, marcas registradas que renderam famosos os incomparáveis
vinhos nacionais.
Envelhecimento? É possível declarar 1 anos, 5 anos, 12 anos ou
quantos anos quiser...ninguém controla
Chips de Carvalho Francês Leve Tosta (LT)
Passagem em barrique francesa? Pode usar “chips” de carvalho
que mais uma vez não há controle ou fiscalização.
Aromas e sabores? Há leveduras disponíveis, no mercado, para
todos os gostos e gastos.
Fermento Red Star Premier Classique (Montrachet) -
Mais alguns poucos
meses e finalmente estarão prontos, engarrafados, etiquetados e embalados todos
os “Grands Cus” que Arnault desejar
Não há quem controle se a uvas esmagadas são originarias
desta, daquela, ou de outra vinha, se o tempo de envelhecimento é real e se foi
realmente realizado em barrique, se a etiqueta espelha verdadeiramente o que há
na garrafa......liberdade e descontrole total.
Tudo pronto, vinho engarrafado......falta “inventar” o nome
dos “Grands Cus”.
O normal, comum, corriqueiro, seria homenagear um patriarca,
uma matriarca ou um pioneiro da região, mas o nosso francês poderá simplesmente
importar os nomes originais e “abrasileira-los”:
“Nouveau Grand Cu Muro da Rocha”, “Nouveau Grand Cu Bastado do Monterachado”, “Nouveau
Grand Cu lo Tacho”, “Grand Cu Bons Mares” “Grand Cu Benvindo Bastardo do Monterachado”
....
Tudo pronto?
Chegou a hora de faturar e faturar alto.
Pelo preço de 1 hectare do “Clos
des Lambrays” Bernard comprou
milhares de hectares, plantou vinhedos, montou uma vinícola completa, produziu
milhões de garrafas e agora, com a ajuda das canetas$ de vida fácil, critico$,
sommerdier$, influencer$, youtuber$, chega ao mercado com seus vinhos pelo
mesmo preços de seus mais próximos concorrentes.
Os concorrentes?
Miolo-Sesmarias = R$ R$ 1.292 (244 Euros)
Miolo – Iride = R$ 443 (85 Euros)
Lidio Carraro – Grande Vindima = R$ 724 (137 Euros)
Lidio Carraro – Kairos R$ 790 (150 Euros)
Lidio Carraro – Vinum Amphorae R$ 1.315 (248 Euros)
Famiglia Valduga – Maria Valduga Brut R$ 549 (104 Euros)
Bueno Wines – Anima Gran Reserva R$ 1.007 (190 Euros)
Guaspari – Terroir Pinor Noir R$ 628 (120 Euros)
Bernard, ao ver que seus Grands Cus não “dormem” por muito tempo nas prateleiras e são levados para casa pelos eno-retardados tupiniquins por preços de Grands Crus franceses, de queixo caído, estupefato, se pergunta “O que estava fazendo na França? Aqui é o paraíso dos vinhos... não há normas, regras, fiscalização, controles ....nada de nada. Há um sem número de eno-tontos que compram garrafas, tremendas-bostas, pelo mesmo preço de um 1er Cru ou Grand Cru francês, a mão de obra é barata e os custos de produção são infinitamente mais baixos do que na Borgonha. Sou um tremendo otário! Estava há dois passos do paraíso e não sabia. Adieu Bourgogne, adieu Champagne, adieu Bordeaux...... Bonjour Brésil, je suis arrivé”.
Dionísio.
Vinho Brasileiro (essa mistura de terroir medíocre com mega purple, chips, açúcar, uvas não viniferas e o escambau) não é um produto que vende pela qualidade e sim pelo marketing. O Brasileiro médio é preguiçoso e no lugar de estudar delega tudo o que não entende a opinião de um "especialista", não a toa a coisa tá tão maluca que os vinhos há muito já não estão apenas no Sul, mas em MG, BSB e pasmem, no RJ. Vinho no calor senegalês do RJ, deve vir com bouquet de aroma de chumbo quente.
ResponderExcluirAgora chegamos ao fundo do poço
ResponderExcluirhttps://youtu.be/LTC9_6trSME?si=00Rx0r5olPDl8PU4
Lá, como cá. https://www.intravino.com/primo-piano/quindi-il-caporalato-nelle-vigne-di-langa-esiste/
ResponderExcluirOutra coisa que precisa ser criticada é a completa desvirtuacao desses eventos de degustação que custam R$200...R$250. Palhaçada! O evento deveria ser para o expositor usar como ferramenta de divulgação e o interessado compra a taça e quem sabe, se gostar, vira consumidor daquele vinho. É assim no mundo todo. Aqui no Brasil é tudo invertido, quem banca pela amostra grátis é o consumidor (paga caríssimo pra tomar vinhos de entrada) e ainda posta nas redes sociais como se fosse um sommerdier, mas pagando R$250 pra provar vinho de R$50 a garrafa.
ResponderExcluirMas aí você está falando de evento chinfrim. Mistral custa o dobro disso, mas você bebe grandes vinhos. Decanter e Worldwine, idem. O mesmo vale para o evento do Gambero Rosso. Não estou justificando a cobrança deles, mas prefiro pagar 400-500 para tomar grandes vinhos, que 250 para beber vinho de 50 moluscos.
ExcluirEspero que seu comentário tenha sido de brincadeira.
ExcluirAcho que o anônimo nunca foi a um evento na Itália . Gambero Rosso 80/90 Euros? Veja o preço desta degustação https://baccoebocca-us.blogspot.com/2024/01/as-especialistas.html
ExcluirClaro que não estou brincando. Prefiro pagar para beber vinho bom que beber zurrapa de graça. Pelo jeito, você nunca foi em um evento da Mistral. Quer criticar o valor, tudo bem. Não é barato. Mas não regulam vinho.
ExcluirBacco, a realidade aqui é outra. Errada, injusta, sim. Mas só disse, em resposta ao outro anônimo, que pelo menos, nestes eventos que citei eles não servem vinhos de 50 moluscos, e que se eu tiver que pagar, que seja para beber vinho bom. E já fui sim em eventos no exteriir. Queria que fosse assim aqui, mas infelizmente, não é.
ExcluirPelo amor de Deus! Pagar qualquer valor acima de algo simbólico (taça) é assinar atestado de rasgador de dinheiro (pra ser educado). Entenda que esses eventos são para os PRODUTORES. Eles PAGAM para expor! Você é o "produto" a ser vendido, a ser conquistado. Ao se sujeitar a pagar por esses eventos você está literalmente pagando por amostra grátis, é como aquelas moças de supermercado te oferecerem para provar um produto que estão promovendo e você insistir para pagar. Infelizmente enquanto existir gente que pague inacreditáveis 500 reais "pra degustar vinho na mistral" a farra continua. Brasileiro não sabe impor limites e depois reclama de como é tratado.
ExcluirMeu amigo, qual a outra alternativa? Ir nestes eventos que você cita, que custam 200-250 para beber zurrapa? Acho que você não entendeu o que escrevi. Vou então boicotar para que eles façam na faixa? Já viu os vinhos que servem nos Encontro Mistral? Pelo jeito não, né? Quer beber Castello di Ama, Biondi-Santi, Bollinger, Faivelley, Graham’s, Meão, Henschke, Domaine Georges de Vogue, Alion, Clos Mogador, Tondonia etc? Não será no seu evento de 200 moluscos. Vai lá e reclama com eles. Talvez deixem você entrar na faixa. E olha, faz um tempinho que não vou mais nestas grandes degustações. Pego a grana, compro um bom vinho e tomo em casa, pois já conheço todos os produtores e não aguento mais ficar de pé por horas. Mas enquanto aguentava, pagava e assinava o atestado de burrice. Mas bebia bem. Nada de vinho de 50 moluscos.
ExcluirOutra alternativa... assassinaram o camarão e o portuga. Mas concordo com o amigo que tomou bomba em português: se for para pagar (mico), que seja vinho bom.
ExcluirA outra alternativa é não pagar 500 reais pra Mistral pra ela fazer degustação de vinhos que receberam de graça pra promover o produto. Assim como não pagar 200 para eventos de vinhos portugueses de entrada. Simplesmente compre seu vinho num importador justo (dica: não é a mistral) e seja feliz, sem ficar se esbarrando em sommerdier e cheiradores de taça abastados. Se todos se recusassem, a palhaçada acabava.
ExcluirAs propostas são distintas. Beber uma harrafa de 500 é diferente de beber uma variedade. E de vinhos excelentes. Não me importa quem pagou pelos vinhos. Eu só quero saber se vale a pena. Quanto à Mistral, há tempos não compro deles, pois concordo que estão praticando preços absurdos. Conheço todas as importadoras e são poucas que praticam bons preços. Uma delas, ERA a antiga Cellar. No mais, compro fora.
ExcluirQue saudades da antiga Cellar. Piorou demais.
Excluirvou para Italia mes que vem e gostaria de umas dicas de bons produtores de Amarone e Barolo para guarda, sem ser aqueles famosos que levam o dinheiro de enoloides. Se puderem me ajudar, eu agradeço
ResponderExcluirBarolo Sobrero -Pernanno, Fratelli Alessandria- Monvigliero, Tiziano Grasso- Briccolina, Aurelio Settimo - Rocche dell'Annunziata, Giovanni Manzone- Gramolere. Amarone não vou indicar pois não bebo. Beber um vinho de 15/16º em um clima tropical como o nosso é loucura
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ExcluirAlém de tudo isso, faltou citar as produções limitadas com "garrafas numeradas". Não há nenhuma fiscalização em relação a quantidade de garrafas produzidas pelas vinícolas no Brasil em cada safra. Me lembro do Massimo Boldi merlot 2000, até hoje vendido a inacreditáveis R$820,60 , que alardeava sua produção em, se não me engano, 1.200 garrafas. Durante os últimos 20 anos eu vi esse vinho sendo vendido e anunciado em diversas lojas e sites. Nem o Romanée Conti gera tantos "filhotes" em cada safra.
ResponderExcluirEssas falcatruas me lembrou de uma vinicola do Sul que vendia ASTI kkkkkk
ExcluirASTI de terras brasileiras. Acho que prosecco também teve.
Isso já faz mais de 10 anos, mas os moscatéis eram vendidos como "tipo Asti", mas depois essa terminologia foi abandonada. E os moscatéis nacionais são bem melhores que os Asti que chegam aqui via free-shop ou importadoras. Já Prosecco sempre foi o nome de uma uva, não essa historinha que os italianos criaram nos últimos anos para transformar numa origem geográfica....
ExcluirMais um eno-patridiota metido a CONNOISSEUR
ExcluirBem lembrado. Controle de bosta nenhuma
ResponderExcluirBem lembrado. Controle de bosta nenhuma
ResponderExcluirSe tem duas coisas no contexto do vinho que não vou e não participo nem de graça são: degustações de importadoras e confrarias.
ResponderExcluirFaz muito bem. Morei um tempo nos EUA lá a total wine (loja gigantesca de vinhos) faz eventos de degustação gratuitos e com vinhos muito bons. Pra participar bastava ser cliente regular da loja, o que é moleza pq eles tem produto, variedade e preço. Entenda que essas pessoas só fazem esses eventos caros pq há quem pague.
ExcluirSó participa de campeonato de Beach tênis, né?
ExcluirNão, não treino e nem participo de campeonato de beach tênis, se é que existe algum contexto do mundo dos vinhos com a modalidade de esporte.
ExcluirO Bacco sempre falou da turma de blogueiros e sommerdiers que adoram boca-livre. Mas parece que muitos de seus leitores seguem o mesmo caminho.
ResponderExcluirNão há nada de errado com boca livre. O erro tá em se vender por um boca livre, ou pagar ingresso caro (boca nao-livre)
ExcluirConcordo que se vender por boca-livre é errado. Mas pagar por ingresso caro não tem erro algum. É problema de quem paga. Ninguém está obrigando a pessoa a pagar. Errado seria cobrar por uma coisa e oferecer outra.
ExcluirMinha adega tem 3 vinhos.
ResponderExcluirE 87 lugares vazios, vou puxá-la da tomada
ResponderExcluirFico me perguntando, quem levou meus vinhos embora?
ResponderExcluirNão vou pagar 159 reais em vinhos que são comercializados por 8 € na Europa. Que enolóides alimentem as importadoras de vinhos
ResponderExcluirAtualmente prefiro sake a vinhos. Pelo mesmo preço que um vinho eu tomo um sake delicioso que dura um tempão depois de Alberto. Que predadores e eno-cornos morram abracados.
ResponderExcluirQual é a expectativa de vida de Alberto?
ExcluirJá vi que o problema aqui é falta de dinheiro. Tem gente até trocando vinho por sake. O importante é ter álcool, pelo jeito.
ResponderExcluirHater alma pura em campo..
ExcluirSempre compro umas cachacas artesanais em MG e deixo tudo no tonel....amaciando. Vinho? Deixo para os bacanas do escritorio.
ExcluirQuem tem 3 vinhos na adega põe o dedo aqui, que já vai partir 🎼🎼..
ResponderExcluirBacco, o famoso sommerdier agora está recomendando um vinho nacional feita com a uva Saperavi (da georgia). Bagatela de 200 janjas!!!!
ResponderExcluirhttps://youtu.be/RvUtaPTo0Xg?si=EzRFX_6Vw5pLim5u
Fui em alguns eventos da Mistral e o vinho não é liberado coisa nenhuma. Muito produtor deixava as garrafas melhores debaixo da mesa e servia de acordo com a cara do cliente. Ou para os amigos, sei lá. Esse foi um dos motivos que parei de ir. O outro foi o preço.
ResponderExcluirEu fui em todos os eventos da Mistral e Vinci, desde o primeiro, no ano 2000. Só não fui no ano passado. Sempre fui sempre bem tratado e bebi do melhor. E nunca vi produtor e/ou expositor escondendo garrafas. Mas se eu fosse um deles, o faria, principalmente daqueles bobões mal-educados que chegam na mesa, nem cumprimentam e já apontam para o vinho mais caro.
ExcluirEpa! Por favor, delete uma das palavras “sempre”.
ExcluirComplementando, não estou defendendo Mistral ou qualquer outra importadora, ou ficando feliz em pagar 500 moluscos. Mas não posso dizer que não bebo vinhos bons no Encontro Mistral ou da Worldwine. Por outro lado, acho um saco os sommerdiers tomando conta das mesas, os mal-educados, o fato de ficar de pé por muito tempo etc. por isso, tenho evitado.
Uma vez fui num desses "eventos". O expositor colocava 5 vinhos, os 2 primeiros bem ruins, os outros 2 bem medianos e o último o vinho ícone, esse sim valia a pena, entretanto, nenhum expositor servia somente esse, nem a pedido, para provar o ícone era obrigatório tomar todos os 5. Ou seja, pra provar 3 bons vinhos precisava provar 15 taças e cuspir ou sair bêbado. Que furada. Run, forrest, run!
ResponderExcluirMas é assim que funciona! Você pode cuspir os de entrada. Por isso tem as cuspideiras. É extremamente deselegante querer beber só os vinhos ícones nas degustações. Aliás, é importante beber os de entrada e medianos, para conhecer o produtor.
ExcluirSeria normal isso se fosse um evento em que você paga somente a taça, aí sim tem que pagar pedágio e degustar tudo, entretanto, se você pagou seja R$250 ou R$500 é ridículo ter que provar tudo, afinal, você está pagando e caro pra beber "mal". Com o valor do ingresso você compra 1 garrafa das melhores e não fica bebericando vinho de R$30. Esses eventos pagos são ridículos, não há defesa.
ExcluirVinho de 30? Bem, dá para ver que você nunca foi em um evento deste tipo. Quanto você acha que custa uma garrafa de Meão? Ou Biondi Santi, L’Apparitta, Bollinger, Faiveley, um bom Henschke, Alion, Macan, etc? Se você beber uma taça de cada vinho top do evento, já paga. E como eu disse, pode cuspir os mais baratos (que são bem mais caros que os de 30 que você bebe).Vamos lá: Cita uma garrafa das “melhores” que você compraria com os 500 e que são melhores que as que citei.10 taças de 70 mL, de grandes vinhos, e você já fecha uma garrafa. Uma cousa eu te digo: Você pode pagar caro, mas falar que se bebe mal em um Encontro Mistral, é besteira.
ExcluirConcordo com o anónimo cuspidor llama: Quem trabalha com vinhos ou quer conhecer a fundo as regiões e produtores tem que partir para tomar/degustar tudo desde base ao top das vinícolas . Os curiosos e preguiçosos podem se contentar com mendigar os vinhos ''icones''.
ExcluirMistral é a maior prova da idiotice do brasileiro.
ResponderExcluir100% de acordo. E há quem ainda defenda.
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