Leio, que o magnata francês, Bernard Arnault, um dos homens
mais ricos do planeta, que entre outras coisinhas é proprietário da Veuve Cilcquot,
Krug, Moet & Chandon, Ruinart, Château D’Yquem, Bulgari, Louis Vuitton,
Fendi, Tiffany etc. etc. etc., estendeu, mais uma vez, seus tentáculos e
adquiriu, bem no centro de Milão, a secular “Casa
degli Atellani”.
Alguém perguntará: “...e daí? Qual
a importância de mais uma casa em Milão para um sujeito que possui uma fortuna
de 140 bilhões de Euros? ”.
Importa e importa muito.
Um pouco de história.
A “Casa degli Atellani” foi
construída no século XV a mando de Ludovico Maria Sforza, mais conhecido pela
alcunha de Ludovico il Moro.
Ludovico il Moro foi duque e senhor absoluto de Milão de 1480
a 1499.
Em 1490, Ludovico il Moro, doa a magnífica residência a Giacometto di Lucia dell’Atella.
Oito anos mais tarde,
em 1498, Ludovico presenteia Leonardo Da
Vinci com uma vinha, de 8.000
m², localizada nos fundos da Casa degli
Atellani.
Ludovico il Moro, além do pagamento pactuado, brindou Leonardo Da Vinci com o precioso vinhedo a
título de agradecimento após ele ter concluído, em 1498, mais uma de suas obras
primas: “A Última Ceia”.
Da Vinci se revela felicíssimo com
o presente, mas, em 1500, com a derrota de Ludovico il Moro, que é deportado e
encarcerado pelo rei da França, acha oportuno abandonar Milão.
O vinhedo é confiscado, assim como todas as recentes doações
de Ludovico il Moro.
Em 1506 Da Vinci é convidado, por Carlos II d’Amboise, a retornar
e concluir algumas obras que deixara incompletas, em Milão
Leonardo aceita o convite, mas com uma condição: A restituição,
sem ônus algum, de sua vinha milanesa.
As condições são aceitas, o artista retorna à cidade, termina
suas obras e deixa, definitivamente, Milão em 1513.
Leonardo viaja para Roma e depois para França onde
morrerá em 1519.
O carinho que o gênio nutria pela vinha era notório e antes de
viajar, Leonardo, confiou o vinhedo aos seus mais estreitos e fieis
colaboradores com a promessa de mantê-lo em perfeitas condições.
Quatro séculos mais tarde, no início dos anos 1900, o
arquiteto Luca Beltrami, importante estudioso de Leonardo
Da Vinci, após incansáveis buscas, encontrou a localização exata
da vinha, mas foi somente em 2015, depois de escavações e pesquisas, que os
técnicos da “Facoltà di Scienze Agrarie
dell’Università di Milano”, encontram algumas raízes de parreiras no local.
O DNA, das raízes encontradas, comprovou que a
“Malvasia di Candia” havia sido a casta original da
vinha de Leonardo.
No mesmo ano foram replantadas,
no local, mudas de Malvasia di Candia e primeira vindima foi realizada em 2018.
As uvas foram colhidas e depois vinificadas na
“Cascina Alessia”.
O vinho, da primeira safra, foi engarrafado em
330 decanters que serão leiloados em várias etapas.
Os três primeiros decanters já foram leiloados e alcançaram o
astronômico preço de 8.000-
10.000-10.000 Euros respectivamente.
Quem tiver Euros sobrando, quiser
conhecer a “ Casa degli Atellani” e a “Malvasia
di Milano” ou “Vino
di Leonardo”, poderá visitar ou
se hospedar na histórica residência.
Endereço: Corso Magenta nº 65
Tel. 39- 373 5289922
Bacco
Midas..gauchada deve estar prestando consultoria por lá
ResponderExcluirOs predadores gaúchos, após tomarem conhecimento da vinha do Leonardo Da Vinci, encontrarão um vinhedo, nos fundos da igreja de São Miguel das Missões, que no século XVIII já produzia as melhores uvas Pinot Noir do planeta .... e tome picaretagem
ResponderExcluirIsso. E se as garrafas descansarem na profundidade oceânica então, o enolóide brasileiro investe ainda mais
ResponderExcluirMe lembrou qdo a Salton começou do nada a vender tannat "made in Brazil" depois que o vinho ganhou força vindos na verdade do Uruguai. Segundo o próprio Salton o milagre se deu qdo passeava pelos seus vinhos esbarrou em várias videiras perdidas no campo.
ResponderExcluirOs vinhos da posse
ResponderExcluirUm tinto e um espumante da vinícola gaúcha Casa Valduga foram as garrafas escolhidas para o jantar com menu criado por oito chefs brasileiros.
https://www.estadao.com.br/paladar/le-vin-filosofia/os-vinhos-da-posse/
matéria exclusiva para assinantes, não consegui ler
ExcluirA Casa Valduga foi a vinícola que brilhou no jantar que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a primeira-dama Janja ofereceram a alguns dos principais chefes mundiais após a solenidade de posse.
ExcluirEm todas as recepções com chefes estrangeiros, o protocolo prevê rótulos brasileiros.
No jantar da posse, para harmonizar com receitas criadas por oito chefs brasileiros, como a casquinha de castanha com farofa de licuri ou os churros de tapioca com vatapá, foram escolhidos o espumante Casa Valduga Arte Brut e o tinto Terroir Cabernet Sauvignon 2018.
Além do espumante e do tinto, algumas garrafas do Matiz Alvarinho 2020, da vinícola Hermann, também foram servidas.