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quarta-feira, 17 de agosto de 2022

BONS E BARATOS

 


Patrimônio vinicola

A produção vinícola italiana conta com 607 variedades inscritas no registro das castas viníferas (mais que o dobro da França).

Há, na Bota, 76 vinhos ostentado a DOCG (de origem controlada e garantida) 332 ostentando a DOC (de origem controlada) e 118 IGT (indicação geográfica típica).

Os números, mencionados, demonstram o impressionante e rico patrimônio italiano de biodiversidade, sem esquecer, também, a milenar tradição vinícola.



Querem mais alguns números importantes?

310.500 são as empresas vinícolas, 666.400 são os hectares de vinhas, 49,5 são os milhões de hectolitros produzidos e 22,2 são os hectolitros exportados.

Números impressionantes, pujantes, importantes, mas que não satisfazem os produtores italianos que, assim, como os espanhóis e portugueses, teimam em vinificar castas francesas, também conhecidas como “internacionais”.

Os resultados são sempre os mesmos: quase sempre garrafas tremendas-bostas e quando não tremendas-bostas, tremendamente caras.



 Na “Place Carnot”, de Beaune, sentado no “Bar66”, somente um tremendo idiota pediria, ao garçom, uma taça de Barolo

 Ainda mais ridículo, seria pedir um de “Gevrey-Chambertin” no “Caffè Fiaschetteria Italiana 1888” em Montalcino.



Infelizmente o mundo é um imenso celeiro de eno-tontos e bebedores de etiquetas que, orgulhosos, postam fotos de vinhos caríssimos (muitas vezes falsificados)

 Os eno-tontos são fiéis seguidores da escola “se é caro é bom”.

Não é verdade!

Não sei quantas vezes esvaziei famosas garrafas, as enchi com vinhos comuns, baratos, e as ofereci, candidamente, aos bebedores de etiquetas

Quase sempre e quase todos, após o primeiro gole me olhavam, com aquela cara de quem adora Gaja, Conterno, Dal Forno etc. e exclamavam: ”isto, sim, é beber…”



Aqui, no blog, já indiquei ótimos vinho de 5/10/30/50 Euros que pulverizam as supervalorizadas etiquetas

Vamos recordar alguns?

“Pelaverga - Fratelli Alessandria”, “Gamba di Pernice- Tenuta dei Fiori”, “Timorasso – Claudio Mariotto”, “Gavi Minaia- Nicola Bergaglio”, “Verdicchio- Tenuta Coroncino”, “Spigau-Rocche del Gatto”, “Susumaniello- I Pastini“Gattinara-Mauro Franchino…. Poderia lembrar muitos mais, mas pareceria exibicionismo.

“Outra lengalenga sobre vinhos caros? ”



Não, apenas algumas indicações para os turistas que retornam à Bota.

Há um expressivo aumento de turista brasileiros na Itália.

Para se ter uma ideia, somente no mês de julho, foram realizados dois casamentos, de abonados e abobados patrícios, em Portofino.



Santa Margherita, Portofino, Paraggi, Cinque Terre, Rapallo, Camogli etc. foram literalmente tomadas de assalto pelos brasileiros que invadiram, sem cerimônia, boutiques, bares, restaurantes, hotéis, enotecas.

 Nunca vi, apesar dos insuportáveis 38º, tamanha quantidade de garrafas de Barolo, Brunello, Barbaresco, Sassicaia, Masseto etc. nas mesas dos bares e restaurantes.

O Brasileiro são a alegria dos comerciantes da Ligúria, pois, como de costume, nossos patrícios sempre bebem etiquetas caras, badaladas, manjadas.

Um bom Franciacorta? Nem pensar....

Um belo Pigato? Imagine....

Um refrescante Lambrusco? Credo....



Um ótimo Lugana? O que é isso….

Isso, o Lugana, é um dos grandes vinhos brancos italianos.



Na continuação da matéria escreverei sobre dois bons e baratos brancos italianos que recomendo, com entusiasmo, aos turistas que visitarem a Itália.

Aguardem.

Bacco

 

 

6 comentários:

  1. Um conhecido recentemente chegado de Portugal, reclamou que não conseguiu comprar em qtidade os seus super portuguese$$$, como pera manca, barca velha, Rocim, Scala..
    Recomendei que dá próxima vez, melhor viajar para a Luanda ou Brasil, onde vai encontra-los em maior quantidade! Acho que ele não gostou da dica!

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  2. Pergunte se ele viu portugueses bebendo, nos restaurantes, os vinhos $$$ que você mencionou.Nem em sonho! Português não é bobo e não queima dinheiro

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    Respostas
    1. Os portugas também são mais quebrados que arroz gaúcho de terceira categoria.

      Por isso que não tomam vinhos de eno-trouxas no nosso Brasil-sil-sil. Pior vinho ostentação que tomei na vida foi aquele pera manca. Que porcaria cara.

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    2. Quebrados! Vc com dois euros não compra uma cerveja Polar. Já eles bebem um Marquês da Azueira Regional Lisboa Vinho Tinto
      Marquês da Azueira
      garrafa 75 cl
      €1,99/un

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    3. Os portugueses estão quebrados? Quebrados estamos nós!
      E quanto ao Pera Manca, concordo que seja caro, mas acho um exagero dizer que é uma porcaria. A meu ver, ele mudou para pior depois que passou a ter a consultoria famosa. Mas antes disso, era um bom vinho. E os atuais, apenas não valem o que pedem por ele. Supervalorizado, ele sempre foi. Mas porcaria?

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  3. Tomei o 2003, achei uma porcaria também. Sofrível.

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