A fortuna de Oscar Farinetti, proprietário, entre outras
coisinhas, da Eataly, começa no final dos anos 1945 quando, em um audacioso e
nebuloso roubo, um grupo de “partigiani” (combatentes anti-nazi-fascitas)
assaltou um veículo que transportava o pagamento dos operários da Fiat.
No grupo estava presente o pai de Farinetti que obteve a
absolvição e prescrição no processo.
Coincidência, ou não, os Farinetti começaram a fortuna no
imediato após-guerra fundando a rede de supermercados Unieuro que, mais tarde,
Oscar Farinetti transformou em lojas de eletroeletrônicos e vendeu, em 2003,
por “míseros” 523 milhões de Euros.
Com essa grana toda, Farinetti, fundou a cadeia de alimentos
Eataly e brincou de comprar vinícolas.
Fontanafredda, Mirafiore, Borgogno,
Brandini, San Romano, Monterossa, Serafini & Vidotto, Le Vigne di Zamò,
Fulvia Tombolini, Agricola del Sole, Calatrasi, Colombaio di Cencio, são algumas “comprinhas”
de Oscar e que, hoje, fazem parte do império de Farinetti (há outras mais que
ele deve estar comprando….)
É
fácil perceber, então, que Farinetti pode ser tudo menos que viticultor.
Oscar
é um homem de negócios que pode ser comparado a um Miolo, Valduga, Geisse, Carraro,
Salton e outros empresários vinícolas, que entendem de empréstimos, bancos,
aplicações, mas que não entram em uma vinha há anos......eles só pensam em
faturamento e mais faturamento.
Mas
vamos conhecer um pouco da “Cantina Borgogno”.
A
histórica vinícola foi fundada em 1761 por Bartolomeo Borgogno e logo se
afirmou como uma das melhores produtoras de Barolo.
Em 1861, por ocasião do almoço em que se celebrou
a união da Itália, o Barolo Borgogno estava presente nas taças dos ilustres
convidados.
Em
1920 a Borgogno conquistou os mercados internacionais e seus vinhos já podiam ser
encontrados em todos os mercados europeus e dos Estados Unidos
Na mesma época nasce o “Barolo Riserva”, joia da vinícola, que
era envelhecido na adega, pasmem, por 20 anos.
Em
2008 Farinetti compra a vinícola e ......deu merda.
Um dos
meus filhos, que adora “pechinchas”, resolveu exercitar seu cartão e comprou 6
garrafas de Barbera D’Alba
Borgogno 2017
Um
belo dia, todo prosa e feliz, abriu uma garrafa para acompanhar uma massa com
molho “Bolonhesa”.
Resultado:
Estragou a massa à Bolonhesa, meu paladar, o dele e, alguns dias depois, uma
carne que minha cozinheira resolveu temperar com a Barbera Borgogno.
Um
horror!
Somente
duas outras “Barbera” rivalizam em ruindade: “Terroir” da Pirineus (aquela que
o Beato dos cruzeiros medievais considerou uma aberração de tão bom) e a
“Vitis” da Perini.
Perini
e Pirineus, por serem vinícolas nacionais e que não tem tradição, clima,
terreno, nada, enfim, podem até ser “desculpadas” pela porcaria que vendem, mas
a Borgogno, não tem atenuante alguma para mitigar meu rigoroso julgamento.
A
Barbera da Borgogno, não possui características, aromas, cor, estrutura etc.
que lembrem um razoável vinho daquela casta piemontesa.
Fuja, da
Barbera Borgogno, como político corrupto corre da PF
Dionísio
Bacco, já provou o Ebbio Langhe Nebbiolo da Fontanafredda? O que teria a dizer?
ResponderExcluirNao. Deve ser mais uma jogada de marketing, do Farinetti ,para chamar a atenção dos consumidores para seu Nebbiolo
ExcluirEntão, para o bem do meu bolso e paladar, Barolo Borgogno só anterior a 2008?
ResponderExcluirAcho que sim , vinhos do Farinetti são muito comerciais e dispensáveis
ResponderExcluirDi:
ResponderExcluirNunca fui na fonte dos barbera e dolcetto, todos que comprei foram fora da Italia e nada me agradou. Pode ser que cai no golpe dos quase-vinhos importados pelos grupos de sempre ou entao o vinho nao era bom mesmo para comeco de conversa.
Barbera/Dolcetto duvidosos por metade de custo de barolo "normal". Fico com barolo e barbaresco.
Andiamo...
Normalmente as importadoras trazem rótulos $$$$ ou vinhos baratos que muitas vezes "fanno cagare". Barbera ruim é dificil ,mas concordo com você : É dificil encontrar um , no Brasil, que entusiasme
ResponderExcluirMuito bom mesmo.
ResponderExcluirTem dicas de Barbera ou Dolcetto decentes que podemos encontrar por aqui, Dionisio?
ResponderExcluirUma, tenho: Dolcetto Prunotto. Vou dar um giro se encontrar algo bom e com preço humano , informarei
ResponderExcluirObrigado, Dionisio!
ExcluirO que acham dos vinhos do Sandrone?
ResponderExcluirAgora o vinho nacional decola...
ResponderExcluirO tanino do vinho pode ajudar a inibir a covid?
Pesquisa de universidade de Taiwan aponta que ele pode ter efeitos para inibir a atividade de duas enzimas do coronavírus
https://paladar.estadao.com.br/noticias/bebida,o-tanino-do-vinho-pode-ajudar-a-inibir-a-covid,70003601410
Puts, da para sentir o clamor da massa por vinhos melhores e por precos nao abusivos. De chorar, o tanto que essepaiz custa caro pelo pouco que oferece.
ResponderExcluirSDS.
Já ouviram falar na mais nova naracutaia, o vinho brasileiro safra 1951? Incrível até aonde esse pessoal vai...
ResponderExcluirDeve ser para competir com a primeira safra do Penfolds Grange. Até no preço, deve ser.
ExcluirAinda não. Aliás o vinho brasileiro é uma perene maracutaia
ResponderExcluirPodiam até fundar a vinícola Maracutaia. Quando você pensa que já viu tudo sai uma dessas.
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