Nerbal de Barros
escreve, pela primeira vez, nas páginas de B&B e o faz bem ao estilo que
caracteriza o blog.
Boas vindas e
longas matérias
“Tintos, brancos e
rosés são a paixão da ex-produtora de rádio Dani Scarpelli. Dois anos atrás,
ela criou o canal Vai de Vinho, no YouTube, pelo qual passa dicas sobre a
bebida para iniciantes. Em março, a enófila deu um passo adiante nesse
universo. Inaugurou um wine bar homônimo num sobradinho com deque, onde dá suas
recomendações ao vivo. Ela já avisa: trata-se de um bar para beber rótulos do
dia a dia, que custam entre R$ 65,00 e R$ 180,00. Não se atenha a
peculiaridades locais, como as opções de vinho suave, de uvas não viníferas
(“As pessoas amam”, justifica), ou a presença de salgadinho Doritos no cardápio
(“Pode ir bem com espumante”). Nas prateleiras, são encontradas pedidas simples
e interessantes. Os fãs de vinhos mais leves se dão bem com o branco
californiano Fox Brook, monovarietal da uva chardonnay (R$ 90,00), ou com o
tinto alemão Villa Wolf (R$ 147,00), de pinot noir. De Israel, o Golan Heights
Hermon Mount (R$ 180,00) é produzido com cepas típicas francesas de Bordeaux.
Para quem prefere opções em taça, há vinte sugestões. A degustação é
acompanhada de queijos como parmesão, gorgonzola e emmental em potinhos de
vidro (R$ 20,00 cada um). ”
Estão entendendo por que não adianta porríssima nenhuma sequer tentar
elevar o nível do consumidor de vinho no Brasil?
Estão
entendendo por que só os picaretas abrem cursinhos de "orquixópis"
para ensinar "os segredos da degustação" ao consumidor brasileiro de
vinho?
É a
mesma coisa que tentar fazer do Brasil campeão mundial de Rugby, lacrosse ou
bobsled.
Não adianta.
Aqui a coisa funciona diferente.
Há quem entenda REALMENTE de vinho, a sério?
Sim.
Não
chega à casa milhar num universo de 140 milhões de pessoas acima dos 18 anos de
idade.
O
povão, não consome vinho.
E quem
consome, consome mal.
Isso
não vai mudar.
E um
wine bar que se compraz em oferecer rótulos de uvas não-viníferas e admite que "espumante pode ir bem com Doritos" não
ajuda em nada.
Pelo
contrário.
Aliás,
se "as pessoas" disserem que gostam de "vinho de privada",
ela certamente vai começar a produzi-lo e/ou vendê-lo, já que são "as
pessoas" que mandam.
Sei
lá.
Esta
semana abro meu podcast sobre vinho, sem fins lucrativos, assim como o colibri
tentando apagar o incêndio na floresta, gota a gota.
Não perco nada com isso e, o que é mais
importante, não tiro dinheiro de incautos, como certos cursinhos que existem
por aí cobrando a bagatela de 2.700 talqueis para "começar a ensinar a ser sommelier" (e detalhe: eu tenho dois
"dipromas" desse cursinho, mas não paguei um centavo (no podcast eu
conto a história).
Para todos os efeitos práticos eu posso "atacar de
sommelier", mesmo sem ter dado uma "bandejada" em restaurante na
vida.
"Rótulos do dia-a-dia" por R$ 160 é brabo... (parece um e-mail que eu recebi da Mistral com "vinhos para o dia-a-dia" cujo menor valor era R$ 105...
ResponderExcluirMas que burra, da um zero para ela. Todo mundo sabe que Cheetos (chitos, gosto de queijo, chitos, chitos quei-joooooo) sao os salgadinhos perfeitos para acompanhar vinho.
ResponderExcluirGostei dos precos dos vinhos do dia-a-dia. Ainda mais ali no campo belo, lugar dos futuros ricos de SP. Bem la no futuro.
Sucesso a essa guerreira do vinho. Sucesso ao Aderbal de Barros tambem.
Em tempo: A foto do filme 'the party' com o saudoso Peter Sellers ja valeu o artigo.
O garçom bebado, Steve Franken, ganha o filme
ResponderExcluirEsse país não tem jeito não.Pode desembarcar trilhões aqui, que não vai servir para nada !! Sabe porquê ? GENÉTICA !!!
ResponderExcluirbem-vindo, Nerbal. espero que você consiga petiscos melhores que Doritos ao longo dos próximos artigos!
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