Há mais de um ano não via Massimo Martinelli.
Problemas de saúde, desencontros, falta de oportunidade e uma inexplicável
preguiça, foram os “culpados” pela longa separação.
Os telefonemas, vários, nunca puderam compensar a falta de um
aperto de mão, um abraço.....
“Terminei a vindima e se você quiser
podemos almoçar no domingo”.
O convite irrecusável, de Massimo, venceu a preguiça e
coloquei o pé na estrada.
Pouco antes do meio dia, da data combinada, entrei no quintal
de “Bricco Mollea”, belíssima propriedade, de
Massimo e Angioletta, em Vicoforte.
Abraços, risadas, a alegria de sempre.
As conversas e os
assuntos, aos poucos, foram sendo atualizados.
Saúde, politica,
negócios, lembranças etc. já estavam perdendo força e interesse...... “A vindima do Dolcetto terminou ontem. Foi muito boa e acredito que a
do Nebbiolo e Barolo o será, também”.
Martinelli, em “Bricco Mollea”, possui 3 hectares de Dolcetto e 1 de Nebbiolo.
Em Torriglione, minúsculo
distrito de La Morra, Massimo é proprietário de quatro filares de Nebbiolo e lá
produz, aproximadamente, 1.000 garrafas de Barolo por ano.
O almoço começou com uma seleção de ótimos embutidos, queijos,
cotechino com puré de batatas e terminou com um genial prato onde Martinelli mostrou
toda sua capacidade inventiva: “Pêssegos e Funghi Porcini”.
Sensacional!
Os vinhos?
Todos os produzidos por Massimo Martinelli: “Dogliani
Assanen” (Dolcetto), “Langhe Nebbiolo”,
“Barolo......Come
lo Penso Io”.
Grande almoço, ótimos vinhos e inesquecível reencontro que
encerramos com uma tremenda garrafa de “Corton Charlemagne”.
O Tartufo Bianco está chegando em Alba e arredores.
Quem visitar a região pode
aproveitar a ocasião e dar um pulo até “Bricco Mollea” para
conhecer Martinelli, suas vinhas e seus vinhos.
Para quem quer
aprofundar eno-conhecimentos, nada melhor do que agendar uma degustação, guiada
por Massimo (15 Euros por pessoa), através
do telefone fixo (39) 0174.563.364 ou pelo
celular (39) 333.20.90.002
Na adega de “Bricco
Mollea”, a degustação, as explicações e um bom papo com o enólogo Massimo Martinelli,
um dos pais do Barolo moderno, serão muito mais interessantes, aproveitáveis e
ilustrativos do que o curso, “Entre Caros Copos”, ministrado pelo eterno perdedor
de concursos mundiais, Diego Rebola.
Acredite.
Bacco
Pena que essas preciosidades não cheguem aqui no Brasil. E se chegassem, custariam o olho da cara. Infelizmente, estamos sendo premiados com chuvas de Barolo sem nenhuma garantia de procedência. Estão acabando com o nome do Barolo, enchendo o mercado com vinhos de qualidade duvidosa e banalizando o Rei dos Vinhos.
ResponderExcluirSaudações,
Flavio
Flavio, eu considero como impossivel a obtencao de preciosidades em geral tendo como fator prepoderante o financeiro. Pensa so no caso dos vinhos muito especiais: Alguem tem que ir ate as regioes, conhecer as pessoas, convence-las a vender a eles, agrupar os produtos em poucos ou somente um cargo, pagar a analise quimica de cada rotulo, pagar pelo contra-rotulo, traduzir o contra-rotulo, encher o saco dos produtores para pagar alguem para por o contra-rotulo, transformar tudo isso em custo brasil e dai tentar promover os vinhos (alguns frageis, delicados que nao aguentam o transporte em navios que transportam nike falsificado e rim humano sem refrigeracao) para ver se alguem esta disposto a pagar por isso, envia-los pelo pais continente.
ExcluirSo vejo um ganhador nessa conversa: O eno-ebrio-blogueiro que vai solicitar 'ampolas' para divulgar os vinhos para os 40 leitores.
Melhor mesmo aproveitar durante as viagens para se deliciar com o que se pode la fora.
Acho que meu racicionio pode ser extendido para queijos, linguica, pamonha, cerveja, mezcal, salmao defumado, etc.
Percamos as esperancas.
Se ate dentro do brasil fica dificil o procurement e a justificacao financeira para esses produtos mais especiais, que pensar de ir ate barolo, champagne ou ate africa do sul...
Caríssimo,
ExcluirConcordo em gênero, número e grau! É tudo muito difícil por aqui. E como você bem citou, ainda tem que alimentar a turma que quer 'ampola' na faixa. Sobra-nos mesmo a opção de aproveitar as viagens. Estou aqui rindo dos queijos, linguiças, pamonhas etc. Bem, para esses tenho minhas cotas reservadas em cantinhos bonitos de Minas...rs.
Sds,
Flavio
Vou além: O mercado do vinho no Brasil é dominado por uma maioria de predadores e picaretas. Fazem parte dos predadores os produtores e importadores e os picaretas são representado pelos críticos e formadores de opinião. Uma minoria tenta remar contra a corrente ,mas sem grande sucesso. O resultado está mais que visível: Vinhos "che fanno cagare" , preços estrelares e consumo ridículo.
ResponderExcluirInfelizmente, a minoria que tenta remar contra a corrente, fecha as portas ou fica capengando. Temos muitos exemplos disso.
ExcluirSds,
Flavio
Prezado Baco, meus pais Márcio e Cristina de BH estarão lá no Relais dele em Vicoforte na próxima semana. Abços.
ResponderExcluirEu , também , estarei no Piemonte
Excluirgrande Martinelli! uma pena que não consegui encontrá-lo quando estive nas Langhe, ano passado, mas fico feliz em saber que ele está bem.
ResponderExcluirEstarão lá em Vicoforte no Relais de sexta-feira dia 18/10 a domingo 20/10. Abços.
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