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sexta-feira, 21 de junho de 2019

BARONE PIZZINI




Meu amigo, Massimo Martinelli, cujo nome foi
injustamente excluído das homenagens, da Renato Ratti, na comemoração do 50º aniversário do “Barolo Marcenasco”, costuma dizer que após um longo jantar e incontáveis libações há um último copo que ainda “desce” antes de dormir: Champagne.
 

Massimo, confirma, com a precisão de sempre, aquilo que eu também penso: O Champagne é o melhor vinho do planeta e sempre há espaço para mais uma taça.
 
 
 
Vou além: Reconheço o Champagne apenas usando o olfato.

O Champagne tem um aroma inconfundível, único e me valho apenas do olfato (não preciso beber) para classificar todos os outros espumantes: Quanto mais “achampanhado”, melhor…Igual, nunca.

Já bebi inúmeros espumantes de boa qualidade, mas quando os comparo ao Champagne o resultado é sempre o mesmo: “É muito bom, mas...” Sempre há um, “mas”.
 

Enrico Valle, proprietário da ótima “Vineria Macchiavello”, em Santa Margherita, todos os meses promove jantares temáticos e sempre regados com ótimos vinhos.

Em um dos eventos, para acompanhar pratos de peixe, propôs os produtos da vinícola “Barone Pizzini”.
 

Muito bom o “Saten Franciacorta 2015” vinificado com 100% de uvas Chardonnay.

Muito bom, também, o “Rosè Franciacorta 2015” onde o Pinot Noir esbanja toda sua classe e elegância.
 

Surpreendente, todavia, foi o “Naturae Franciacorta 2015” que, sabiamente, Enrico, serviu com o prato principal.

Quanto levei a taça ao nariz, para aplicar meu teste comparativo, o “Naturae” surpreendeu.

Belas notas cítricas prevaleciam sobre interessantes aromas de leveduras e pão tostado.

Deixei o vinho aquecer um pouco (lembre-se que o frio ameniza e esconde muitíssimo defeitos do vinho...) e voltei à taça.

Aroma ótimo, mas ainda não totalmente “champenoise”.

Já perceberam o primeiro, “mas”?

Austero, elegante, leve toque acetinado, “perlage” finíssimo e um final que lembra avelãs tostadas, são predicados que colocam o “Naturae Barone Pizzini”, entre os grandes espumante italianos.

Um segundo, “mas”…O “Naturae” custa 26-28 Euros.

Pelo mesmo valor, ou até menos, posso beber grandes Champagne 1er Cru e, nas promoções, alguns bons Grands Crus.

Minha paixão pelo Champagne talvez tenha me transformado em um crítico demasiadamente rigoroso com os espumantes.

Para ser honesto, menos radical e apesar do preço “salgado”, recomendo, aos turistas e enófilos brasileiros em viagem pela Itália, durante o ensolarado verão mediterrâneo, uma bela garrafa do “Naturae” Barone Pizzini.

Confira

Bacco.

2 comentários:

  1. pelo menos o Barone Pizzini tá mais barato que o Haderburg, que não me agradou tanto. e por que deixaram o Martinelli de fora da homenagem?

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  2. e parece que o ufanismo dos espumantes não rola apenas no Brasil...

    https://www.telegraph.co.uk/travel/destinations/europe/united-kingdom/articles/best-vineyards-in-britain/

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