Quem
acredita que os picaretas do vinho atuam apenas nas “periferias” da
produção e
são “bandidos-
banidos” nas denominações mais sérias e
tradicionais, está
redondamente enganado:
Os picaretas
não têm pátria,
nacionalidade, confins e se espalham por todas as vinhas do
planeta.
Uma
grande picaretagem, que deu certo por algum tempo e encheu os
bolsos de seu
idealizador, foi aquela em que um vivaldino da Liguria
mergulhou milhares de
garrafas de espumante nas profundezas das águas de Portofino.
A
vinícola Bisson, de Chiavari, conseguiu vender, aos eno-idiotas de plantão,
um
espumante, elaborado com uva Bianchetta e Vermentino, por 50/60 Euros.
É
sempre bom lembrar que Bianchetta e Vermentino são castas lígures que nunca
revelaram nenhuma garrafa que galgasse o degrau da mediocridade,
A
Miolo, que adora uma picaretagem, resolveu, também, mergulhar suas
garrafas
borbulhantes e poluir as aguas do Mar do Norte.
Como
sempre as “picaretagens-novidades” duram pouco e hoje ninguém
lembra, ainda bem,
das garrafas submarinas.
Leio,
num site italiano, que há uma nova e revolucionária picaretagem
gestando nas
vinhas de Champagne, mais precisamente naquelas da “Maison
Leclerc Briant”.
A
Leclerc Briant, pioneira na adoção de biodinâmica, percebeu que a
“macumba” de
Rudolf Steiner já não surpreende, não convence mais
ninguém, e apenas alguns
bobocas ainda acreditam que chifres de vaca,
recheadas de bosta, são a “salvação”
da lavoura.
Para
dar um choque no mercado e faturar alto, com os idiotas de plantão,
resolveu, então,
atacar de “FERMENTAÇÃO
EM OURO”.
Se
você acha que leu errado ou acredita que eu, após ter bebido uma
garrafa de
vinho de Cocalzinho, tenha perdido meus últimos neurônios
ainda sãos, relaxe e
continue a leitura....... É sério.
A
Leclerc anuncia que uma parte de sua produção de Champagne, da safra
de 2016,
foi vinificada em barriques de 228 litros confeccionadas em aço
e revestidas, internamente,
com ouro de 24K.
As
uvas “douradas” foram colhidas na vinha ”La Croisette”, de propriedade
da Maison em Epernay.
A
“explicação”, para a escolha do ouro na vinificação, é dada pelo “chef de
cave”
Hervet Jestin”: “O ouro amplia os níveis da atividade solar
durante a
primeira fermentação e cria intensas conexões com a
atividade cósmica”.
Para
os que adoram novidades (picaretagens) recomendo estocar algumas bisnagas de
KY.....
Dionísio
Colocar ouro dentro de um barril de madeira ampliaria os níveis de atividade solar, criando intensas conexões com a atividade cósmica? Acho que nem a Dilma seria capaz de falar tamanha maluquice!
ResponderExcluirTem que chamar o Mourão para explicar o que o "chef" quis dizer...
ExcluirÉ mais uma bobagem que os entusiastas da biodinâmica querem divulgar e....cobrar
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