Semana passada, voltei a Barolo tentando recuperar a carteira
que perdi em minha última passagem pela cidade.
Tentei recuperar apenas os documentos, pois o dinheiro,
obviamente, já era.....
Acabara de almoçar na "La Cantinetta",
do meu amigo Maurilio e após pagar a conta e me despedir, caminhei até o
estacionamento para pegar o carro.
Já no carro, como sempre faço, procurei, nos bolsos, o celular
e a carteira para apoiá-los no console.
Encontrei o celular, mas a carteira...
Voltei rapidamente sobre meus passos, percorri os 200 metros
que me separavam da "La Cantinetta", entrei
no restaurante como um furacão e perguntei ao Maurilio se havia encontrado "il portafoglio".
Nem a sombra.
Sem lenço, que nunca usei, sem documentos, sem dinheiro e sem
cartas de crédito, recorri, como sempre, ao meu amigo Pietro que bancou os dois
dias que faltavam para meu regresso ao Brasil.
Minha busca iniciou nos
Carabinieri, depois na polícia local e, minha inútil peregrinação, terminou na prefeitura
de Barolo.
Em todos os lugares a mesmo pergunta: "Foi entregue
uma carteira com documentos?"
A resposta: "Não encontramos nada e....... "arrivederci"
A prefeitura de Barolo fica bem ao lado da "La Cantinetta"
Num gesto automático segurei a nova carteira e entrei na
trattoria e..... Lotada, como sempre
"Você vai almoçar
aqui, na mesa escritório".
A mesa, em questão, é a
primeira logo após a entrada do restaurante e é exatamente aquela que Maurilio,
além de obrigar os amigos a se sentarem, usa como escritório.
Quem almoça naquela mesa deve dividir o espaço com outras
pessoas, muitas vezes desconhecidas, máquina de calcular, papeis, boletos pagos
e a pagar, cartas, revistas, jornais......
A informalidade bagunçada tem suas compensações: preços mais
baixos e vinhos sempre de primeira.
Na "mesa escritório" já havia uma pessoa.
Maurilio, sem delongas
nos apresentou e comentou: "Este é Gianni,
proprietário da enoteca Vicolo del Pozzo do outro lado da rua".
Apresentações feitas o papo correu agradável, animado, jocoso.
Gianni comentou que em sua loja havia todas as etiquetas importantes,
mas ele se especializara em pequenos e quase desconhecidos produtores.
Fiquei interessado e prometi passar na enoteca logo após o almoço.
O almoço, desta vez, foi muito barato: Maurilio não me cobrou
absolutamente nada
"Pobre, extra-comunitário e sem carteira não
paga....."
Aderi à gozação respondendo: "Obrigado,
Maurilio..... Amanhã volto"
"Amanhã você paga dobrado...."
Um abraço, aperto de mão e atravessei a rua para encontrar
Gianni na enoteca "Vicolo
del Pozzo".
Grande variedade, bons preços e inúmeros produtores de quem
nunca ouvira falar.
A escolha não foi fácil, mas acabei comprando duas garrafas: Um
Barbaresco Maruzzano 2013 da vinícola Orlando
Abrigo e outro da Quazzolo 2010.
Provei ambos e não recomendo nenhum dos dois.
O Meruzzano 2013 se apresentou
duro, taninos agressivos, sem equilíbrio e mesmo depois de uma hora continuava
magro, sem corpo e nenhuma evolução: Evite.
O Quazzolo 2010,
talvez por ser mais "velho", apresentava taninos não tão cortantes
quanto os do Meruzzano,
mas estava longe de ser um Barbaresco que compraria novamente.
Poucos aromas, estrutura fraca, sem vida... Melhor esquecer, gastar
um pouco mais e levar para casa um Barbaresco Martinenga da Marchesi di Gresy
A viagem nas Langhe continua e com novas descobertas.
Bacco
Bacco, você está precisando de um banho de sal grosso. primeiro, o laptop em Lisboa, agora a carteira em Barolo? que fase...
ResponderExcluirFase ótima se comparada à dos pobres petistas nas eleições
ResponderExcluirCoitadinhos. São vítimas de uma grande conspiração. hahaha. E acreditam piamente nisso.
Excluirconcordo, mas de "pobres", esses petistas não têm nada...
ExcluirPobres de votos.....
ExcluirOs vermelhinhos se dizem alvos de uma grande conspiração midiática.
ExcluirSim, é tudo fantasia:
Os milhões de desempregados;
Os pedintes nas ruas;
O povo passando fome;
As empresas quebradas;
As lojas fechando (milhares delas);
O enriquecimento ilícito;
Etc.
Etc.
Etc.
Tudo invenção da mídia... Inclusive, o papai noel.
Lula 2018
ResponderExcluirInfelizmente, não duvido. Afinal, imbecil é o que não falta neste país.
ExcluirLula só é bom à dorê.
ExcluirLula só é bom à dorê.
ExcluirNesse domingo, a sociedade dará uma resposta. Veremos então se ela concorda com a turma do "não sei de nada" e "todas as doações foram dentro da lei"... E assim, teremos uma previsão do que acontecerá em 2018.
ExcluirNão há motivo para pânico. A Opus Dei e a Igreja Batista do Bacacheri não vão nos deixar na mão.
ResponderExcluirSou otimista. Nossos intelectuais (Veja, MBL, Rede Globo, empresariado, médicos, etc.) estão atentos e vão nos defender dos esquerdopatas. O Ministério Público, embora mal remunerado, é de primeiro mundo. E, se tudo der errado, há algo novo na nossa história: um homem de coragem e inteligência sobre-humanas chamado Sergio Moro. Esse é o cara! Parece, inclusive, que ele gosta de beber um bom vinho.
ExcluirAcho que você está enganado. A esquerda é que se diz amparada pelos intelectuais: Chico Burrarque de Holanda, Caetano Meloso e tantos outros. Quanto ao Moro, ele é realmente o cara. Se bebe vinho, melhor ainda. Melhor que 51!
ExcluirAh, ia me esquecendo dos médicos: Os chefões da esquerda contam com os melhores, do Einstein etc, enquanto o povo, que ela tanto ama, enfrenta filas na referência mundial chamada SUS.