Facebook


Pesquisar no blog

sábado, 1 de outubro de 2016

VIAGEM LANGHE - BAROLO



Semana passada, voltei a Barolo tentando recuperar a carteira que perdi em minha última passagem pela cidade.

Tentei recuperar apenas os documentos, pois o dinheiro, obviamente, já era.....
 

Acabara de almoçar na "La Cantinetta", do meu amigo Maurilio e após pagar a conta e me despedir, caminhei até o estacionamento para pegar o carro.

Já no carro, como sempre faço, procurei, nos bolsos, o celular e a carteira para apoiá-los no console.

Encontrei o celular, mas a carteira...
 

Voltei rapidamente sobre meus passos, percorri os 200 metros que me separavam da "La Cantinetta", entrei no restaurante como um furacão e perguntei ao Maurilio se havia encontrado "il portafoglio".

Nem a sombra.

Sem lenço, que nunca usei, sem documentos, sem dinheiro e sem cartas de crédito, recorri, como sempre, ao meu amigo Pietro que bancou os dois dias que faltavam para meu regresso ao Brasil.

 Minha busca iniciou nos Carabinieri, depois na polícia local e, minha inútil peregrinação, terminou na prefeitura de Barolo.

Em todos os lugares a mesmo pergunta: "Foi entregue uma carteira com documentos?"

A resposta: "Não encontramos nada e....... "arrivederci"

A prefeitura de Barolo fica bem ao lado da "La Cantinetta"

Num gesto automático segurei a nova carteira e entrei na trattoria e..... Lotada, como sempre

"Você vai almoçar aqui, na mesa escritório".
 

A mesa, em questão, é a primeira logo após a entrada do restaurante e é exatamente aquela que Maurilio, além de obrigar os amigos a se sentarem, usa como escritório.

Quem almoça naquela mesa deve dividir o espaço com outras pessoas, muitas vezes desconhecidas, máquina de calcular, papeis, boletos pagos e a pagar, cartas, revistas, jornais......

A informalidade bagunçada tem suas compensações: preços mais baixos e vinhos sempre de primeira.

Na "mesa escritório" já havia uma pessoa.

  Maurilio, sem delongas nos apresentou e comentou: "Este é Gianni, proprietário da enoteca Vicolo del Pozzo do outro lado da rua".

Apresentações feitas o papo correu agradável, animado, jocoso.

Gianni comentou que em sua loja havia todas as etiquetas importantes, mas ele se especializara em pequenos e quase desconhecidos produtores.

Fiquei interessado e prometi passar na enoteca logo após o almoço.

 

O almoço, desta vez, foi muito barato: Maurilio não me cobrou absolutamente nada
 

"Pobre, extra-comunitário e sem carteira não paga....."

Aderi à gozação respondendo: "Obrigado, Maurilio..... Amanhã volto"

"Amanhã você paga dobrado...."

Um abraço, aperto de mão e atravessei a rua para encontrar Gianni na enoteca "Vicolo del Pozzo".
 

Grande variedade, bons preços e inúmeros produtores de quem nunca ouvira falar.

A escolha não foi fácil, mas acabei comprando duas garrafas: Um Barbaresco Maruzzano 2013 da vinícola Orlando Abrigo e outro da Quazzolo 2010.

Provei ambos e não recomendo nenhum dos dois.
 

O Meruzzano 2013 se apresentou duro, taninos agressivos, sem equilíbrio e mesmo depois de uma hora continuava magro, sem corpo e nenhuma evolução: Evite.

O Quazzolo 2010, talvez por ser mais "velho", apresentava taninos não tão cortantes quanto os do Meruzzano, mas estava longe de ser um Barbaresco que compraria novamente.
 

Poucos aromas, estrutura fraca, sem vida... Melhor esquecer, gastar um pouco mais e levar para casa um Barbaresco Martinenga da Marchesi di Gresy
 
 

A viagem nas Langhe continua e com novas descobertas.
Bacco

14 comentários:

  1. Bacco, você está precisando de um banho de sal grosso. primeiro, o laptop em Lisboa, agora a carteira em Barolo? que fase...

    ResponderExcluir
  2. Fase ótima se comparada à dos pobres petistas nas eleições

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Coitadinhos. São vítimas de uma grande conspiração. hahaha. E acreditam piamente nisso.

      Excluir
    2. concordo, mas de "pobres", esses petistas não têm nada...

      Excluir
    3. Os vermelhinhos se dizem alvos de uma grande conspiração midiática.

      Sim, é tudo fantasia:

      Os milhões de desempregados;
      Os pedintes nas ruas;
      O povo passando fome;
      As empresas quebradas;
      As lojas fechando (milhares delas);
      O enriquecimento ilícito;
      Etc.
      Etc.
      Etc.

      Tudo invenção da mídia... Inclusive, o papai noel.

      Excluir
  3. Respostas
    1. Infelizmente, não duvido. Afinal, imbecil é o que não falta neste país.

      Excluir
    2. Lula só é bom à dorê.

      Excluir
    3. Lula só é bom à dorê.

      Excluir
    4. Nesse domingo, a sociedade dará uma resposta. Veremos então se ela concorda com a turma do "não sei de nada" e "todas as doações foram dentro da lei"... E assim, teremos uma previsão do que acontecerá em 2018.

      Excluir
  4. Não há motivo para pânico. A Opus Dei e a Igreja Batista do Bacacheri não vão nos deixar na mão.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Sou otimista. Nossos intelectuais (Veja, MBL, Rede Globo, empresariado, médicos, etc.) estão atentos e vão nos defender dos esquerdopatas. O Ministério Público, embora mal remunerado, é de primeiro mundo. E, se tudo der errado, há algo novo na nossa história: um homem de coragem e inteligência sobre-humanas chamado Sergio Moro. Esse é o cara! Parece, inclusive, que ele gosta de beber um bom vinho.

      Excluir
    2. Acho que você está enganado. A esquerda é que se diz amparada pelos intelectuais: Chico Burrarque de Holanda, Caetano Meloso e tantos outros. Quanto ao Moro, ele é realmente o cara. Se bebe vinho, melhor ainda. Melhor que 51!
      Ah, ia me esquecendo dos médicos: Os chefões da esquerda contam com os melhores, do Einstein etc, enquanto o povo, que ela tanto ama, enfrenta filas na referência mundial chamada SUS.

      Excluir