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terça-feira, 24 de maio de 2016

FA CAGARE II





Gostaria adicionar algumas considerações à matéria anterior.

1°) Quando chegamos à "Enoteca Defilla", antes do vídeo ser gravado, Sergio Rossi detonou, sem piedade, os vinhos do Dani "dos mil nomes":

"Nunca bebi nada pior, é uma vergonha chamar isso de vinho... Se no Brasil são todos iguais deveriam continuar plantando cana de açúcar e café"...

2°) Sergio Rossi, antes de despejar as sobras dos vinhos na pia (nenhum dos convidados, da quinta feira, conseguiu beber dois goles) nos ofereceu uma taça e pediu nossa opinião.

 Provamos.

₢*#grrarg&&hhhhh!

  Deveria ser proibido chamar os líquidos do Dani "dos mil nomes" de vinho.

Aquilo não era vinho!

Aquilo "faceva cagare", mesmo.

3°) Não conheço Didu Bilu Teteia, nem o Ed Motta, mas não acredito que a desonestidade intelectual, do Didu Bilu Teteia, seja tão grande que lhe permita comparar o "Fulvia Pinot Noir" aos grandes Borgonha e não acredito, também, que o Ed Motta tenha a coragem de elogiar um líquido tão desprezível.

Há algo errado, podre..... Alguma coisa não bate.

Qualquer pessoa que tenha olfato e paladar, em condições de distinguir um dente de alho de um gomo de laranja, jamais confundirá um Pinot Noir da Borgonha com o "Fulvia Pinot Noir" do charlatão gaúcho.

É impossível!

Dani "dos mil nomes", desde o inicio de sua tormentosa aventura vinícola, envia, sistematicamente, seus vinhos, para serem degustados e comentados, para críticos famosos, sommeliers renomados e formadores de opinião.

Steve Spurrier (sempre ele...) Beato Salu, Guilherme Correa, Daniel Arraspide e outros, provaram os vinhos do Dani "dos mil nomes" e rasgaram públicos elogios às etiquetas do "Atelier Tormentas".

Não morro de amores por Beato Salu, Steve Spurrier etc., mas idiotas completos, eles, não são.

Podem não ser puros e ilibados, os vejo escravos de seu imenso ego, vendem sabedoria vinícola que não podem entregar, se tiver uma grana solta agarram facilmente, mas jamais poderiam elogiar os vinhos do Dani "dos mil nomes" que Sergio, Bacco e eu provamos (já bebi todas as outras etiquetas e todas "fanno cagare).

O mesmo discurso vale para Sir Edward Motta.

O Motta, depois de provar o "Fulvia Pinot Noir", nem sob efeito de alguma droga alucinógena, escreveria uma idiotice como essa

Leiam

 Fulvia Pinot Noir 2009 por Ed Motta:

DanielleSan   
Você simplesmente encaminhou o melhor vinho já feito no Brasil. O Fulvia 2009 é um divisor de águas, que incrível o que você conseguiu. Vou escrever formalmente sobre ele e você pode colocar no site, enfim, fazer o uso que achar melhor. Impressive! Soberbo!

Ed Motta, músico e enófilo - Via mensagem SMS por celular,  após provar o Fulvia 2009, Abril de 2011.

Qual o mistério, então?

Elementar, meu caro Watson...... o vinho não é o mesmo.

O vinho elogiado é "preparado" especialmente para os críticos, sommeliers, formadores de opinião etc.

Tenho um palpite: Lembram do Jean Claude Cara?

Aquele saltitante franco-brasileiro, parecido com o Topo Gigio, que tocava um restaurante na longínqua Ourinhos?

 O espertinho, um belo dia resolveu ser "expert" em vinhos, mestre em Borgonha, Serra Gaucha, literatura, eno-turismo... Um verdadeiro Bom Brill.

 Nosso "1001 utilidades" largou o boteco do interior e "estourou" nas capitais de nossa sedenta e ignara república enológica.

Pois é, nosso inquieto quase francesinho certa vez, não satisfeito com suas "1001 utilidades", inventou mais uma: Corou-se "Consultor de Vinhos" e foi dar palpites, imagine, na Borgonha, mais especificamente no "Château de Villars Fontaine" cujo proprietário é Bernard Hudelot.

Bernard Hudelot, enólogo, diplomado pela universidade de Dijon e viticultor há mais de 30 anos, esperava justamente o nosso Topo Gigio de Ourinhos para aprender como se produz vinho na Borgonha.

Mais um brasileiro que revela os segredos do vinho aos franceses.

Nosso saltitante escritor (nosso "Bom Brill" já publicou um livro sobre a Borgonha......), antes de se revelar nas letras, tentou faturar iludindo 300 eno-idiotas.

 Importou um vinho do Bernard Hudelot por 7 Euros e o vendeu por um preço indecente aos já mencionados 300 idiotas.

Onde quero chegar?

Jean Claude Cara "de pau" é comparsa do Dani "dos mil nomes".

Quem importa trezentas garrafas de Chardonnay, do Bernard Hudelot, pode importar outras trezentas, ou mais, de Pinot Noir, do mesmo produtor e vende-las ao vivaldino do Atelier Tormentas.

 Troca de garrafas, etiquetas Fulvia Pinot Noir, novas rolhas etc. e........ Voilà.

Basta enviar as garrafas para críticos otários e aguardar os elogios.

Ótima propaganda com baixíssimo custo (6/7 mil Euros CIF)

PS Mais uma coisa: tente descobrir, no site do Atelier Tormentas o endereço da arapuca (ops) vinícola. Não vai ser fácil.

O site não declara endereço fixo nem sob tortura e quando consultado, assim, responde

Seu contato é uma honra.
Se possui um número fixo em território nacional, precisando falar não é necessário ligar para o número acima:
basta informar seu numero fixo e código de área via SMS ou e-mail e chamaremos imediatamente

E continua

Evitando o risco de extravio de mensagens de voz,
ao ligar para o número acima por favor não deixe apenas recados gravados.
Caso não possamos atendê-lo imediatamente,
envie um e-mail ou SMS apenas informando
seu número fixo com código de área.
Chamaremos assim que possível.

Nenhum contato ficará sem resposta, contudo,
 é sempre importante lembrar que os e-mails; a ferramenta de pedidos via site
e mesmo a telefonia móvel e fixa estão sujeitos a falhas.
Ainda não dispomos de um meio de comunicação infalível.
Portanto, não obtendo resposta após 24 horas de um e-mail,
pedido via site ou mensagem SMS,
queira por favor refazer o contato, pois é provável
que alguma falha técnica tenha ocorrido




Endereço, que é bom...... Será medo da fiscalização?

Dionísio

15 comentários:

  1. Caro Bacco. Gosto muito das tuas publicações sobre as experiências gastronômicas e enológicas. Ficou com muita vontade de provar os vinhos e também visitar as cidades e restaurantes descritos. Como nos falta história e cultura gastronômica, ficamos babando pela Europa... Infelizmente tens gasto mais energia para falar de nossos vinhos ruins do que tuas boas experiências...Ora, vinhos fermentados com meteorito, vinhos de uvas colhidas por virgens, vinhos franceses com nomes parecidos com famosos Bordeaux, primitivos com muito açúcar e outras trapaças sempre vão existir.. isto é mercado..se existir alguém para comprar, haverá um esperto para vender... a questão é: porque ficar fixado no lado B do vinho? E principalmente no lado B do vinho brasileiro... não acho que sejam piores que os produtores que fazem porcarias na Europa, como os da garrafa azul e muitos outros... apenas estão tentando ganhar a vida... compra quem quiser comprar... Não acho graça do teu ódio destilado sobre alguns vigaristas.. sempre existirão e a vida é muito curta para ficar focado em vinho ruim... Conte-nos sobre as tuas belas experiências aí na Europa.. adoramos ouvir.. venha para o lado ensolarado do mundo..

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    1. Caro anônimo, vamos fazer o seguinte: Vc , quando encontrar uma matéria em que "destilamos ódio" , siga em frente e procure o lado ensolarado da crítica(há muitos...)Nos , em B&B , alternamos ódio e amor desde a primeira matéria e não mudaremos nossa filosofia para lhe agradar. Esperto que vende e idiota que compra, sempre existirão , é verdade, mas se o idiota tiver acesso a informação , um belo dia acordará um pouco menos idiota e obrigará o "esperto" a moderar sua esperteza. Para finalizar e respondendo à sua afirmação que as porcaria europeias não são melhores que as porcarias nacionais: Vc conhece, na Europa, algum vinho parecido com o Chalise, Sangue de Boi, Cantina da Serra, Canção,Góes etc.?

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    2. Anônimo,

      B&B não precisa de mim para defender o site, mas, lá vai: essa matéria, como várias outras aqui postadas, tem mais ironia e exposição dos picaretas ao ridículo do que ódio. existe alguém para comprar? como você e o Dionísio já reconheceram, existe e sempre existirá - como aquele vivaldino que sugeriu de beber um certo vinho brasileiro enquanto se cantava o hino nacional.

      no mais, as boas experiências continuam por aqui, vide a Barbera Bersano, o tomate Marinda, as dicas sobre as Cinque Terre. talvez as sapatadas é que tenham ficado mais na sua memória...

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    3. Anonimo,

      o negativo tem mais peso que o positivo. Vide caso de empresas, restaurantes, lojas cujas criticas pesadas espantam bem mais clientes do que as criticas positivas atraem.

      Vai chover o dia todo hoje tem mais peso que vai ser um bom dia hoje.

      Os pestes italo-candangos fazem um bom trabalho de divulgacao de picaretagem pelo mundo todo. Veja o tanto de euro-trash eles ja revelaram aqui. E como disseram acima, tem muita coisa boa quase toda semana.

      Vinhos fermentados com meteoritos? Boa.

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  2. Aquele velho ditado que a Cleopatra contava para o Marquinho Antoninho sempre: Me diga com quem anda que eu digo quem voce he.

    Em relacao as analises de laboratorio em Vera Cruz: Em torno de R$ 600. por rotulo. Mais uma cretinice que arrumaram para aumentar o custo dos vinhos. Mas as analises nao sao no nivel de variedade dentro da garrafa...meramente dizem o que ha ali de sulfatos, cristalatos, exudatos, metais pesados, kikos marinhos, pirlim pim pim, etc...

    f o i. fui.

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    1. João, a análise que eu pretendia era um pouco mais ampla e custava mais que o dobro de R$ 600. Não vale a pena gastar uma grana para mandar analisar uma bosta daquela.
      Abç.

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  3. Caríssimo,
    Ao contrario do colega acima que não gosta do "jornalismo investigativo" da matéria, fico com a máxima do já citado ditado "Penso, logo duvido" acho que o Brasileiro ainda não está acostumado a analisar o ambiente que o rodeia, e sempre acaba caindo nessas artimanhas desonestas de vendedores. Confesso que já havia pensado sobre isso anteriormente, mas ainda não tinha conseguido estruturar linearmente, como vc fez no seu texto. Muito bom! Keep Going

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  4. Eu experimentei um Fulvia há muito tempo, e, até então tendo degustado um único borgonha razoável (Cuvée n. 1, do Dominique Laurent), fiquei surpreso. Na opinião de todos os compadres, Fulvia "nem parecia vinho brasileiro". Hoje faz mais sentido... talvez não fosse vinho brasileiro mesmo, mas como afirmar? Se - se - o sr. Danielle estava engarrafando vinho estrangeiro e colocando seu rótulo, o sr. Motta foi tão enganado quanto os demais clientes de Tormentas, ou não? E mais, naquela época Fulvia custava R$ 45,00, e não os R$ 220,00 de hoje. No mais, a matéria é interessante por, no mínimo, denunciar a queda de qualidade do produto, o que já é um serviço inestimável.

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  5. É impossível um vinho ser ótimo um ano e uma merda no outro. As safras podem variar, a qualidade não ser sempre a mesma , mas o Fulvia que nos provamos e outros bebidos anteriormente, não podem ser considerado ,como já afirmei, um Pinot Noir. É um insulto ao Pinot Noir . É inimaginável quantas picaretagem são idealizadas e concretizadas pelos produtores gaúchos. O Dani, dos mil nomes, é um mestre do ilusionismo. Picareta de estirpe.

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  6. Como o senhor mesmo considera em sua postagem, "O vinho elogiado é "preparado" especialmente para os críticos, sommeliers, formadores de opinião etc.". Talvez eu tenha bebido um desses exemplares. Talvez as primeiras "safras" tenham sido "preparadas" para ganhar-se alguma notoriedade, "fazer a cama" e depois assumir-se a produção "normal" do produto (reluto a chamar se vinho, se a qualidade desceu como o senhor está dizendo).
    O que defendo é que muita gente de boa fé pode ter caído de gaiato ao falar daqueles exemplares de então, que hoje não são sombra do que era vendido antes, por motivos óbvios - aquele vinho poderia ter sido importado e apresentado como nacional.
    No mais, repito meus cumprimentos por denunciar a "queda de qualidade" do produto.

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  7. Carlos, da maneira mais anônima possível e se possível , compre outra garrafa do Pinot Noir em questão e depois escreva comentando. Se comprar, não compre declarando seu nome verdadeiro: o picareta segue B&B, religiosamente, e pode ter anotado seu nome e enviar outra garrafa de francês

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  8. Caro Bacco, lamento se há um engano em nossa comunicação. Preciso enfatizar que acredito em si, em suas declarações, e, não bastasse, já ouvi de outros lugares que os últimos Fulvia vão ladeira abaixo. Assim, não penso em gastar R$ 220,00 nesse produto, de maneira alguma. Apenas achei que o senhor pegou o Ed Motta um pouco para Cristo (rs) quando, na verdade, ele seria apenas um gaiato: bebeu um vinho rotulado de nacional e, de boa fé, enviou uma msg para o produtor, que fez a devida propaganda a seu favor. Não sou fã do Ed Motta, apenas acho que dessa vez vossa metralhadora giratória acertou civis inocentes (rs). No mais, interessante postagem sobre Carema.
    abraço,
    Carlos

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  9. Carlos, não creio ter pego pesado. O Motta , durante algum tempo foi considerado, injustamente, grande conhecedor de vinhos e particularmente os da Borgonha. Escreveu para revistas, deu entrevistas, pousou de entendedor etc. etc. etc. e se transformou em um tremendo formador de opiniões . Um formador de opiniões não deveria, publicamente, endeusar um vinho como o Fulvia. O Motta cometeu , como crítico, um pecado mortal: se tornou amigo do produtor. O resultado é conhecido: Qualquer vinho do Dani passou a ser considerado "...o melhor do Brasil e um dos melhores que já bebi". O Motta não mandou apenas uma mensagem para o produtor, o Motta foi um entusiasta e propagandista dos vinhos do "Atelier Tormenta". O Motta e eu , provamos um vinho do Dani e o achamos uma merda. Os vinhos do Dani não mudaram e continuam sendo uma merda. O Motta foi quem mudou , o Motta é fã do Atelier Tormentas. Metralhadora nele kkkkkkkkkkkkkkk

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  10. Ahhhh, boooommm...
    Então retira tudo o que eu disse, e fogo nele(s)! (risos). Lamento, não conhecia esse lado "sommerdier" do cantor, por não acompanhar tão de perto o que acontece no mundo do vinho, preocupado que estou com "o vinho em si".

    Concordo que seja pecado mortal o crítico ser amigo do produtor. Sendo-o, a ética recomenda, pelo menos, uma declaração de conflito de interesse ao mencioná-lo. Não havendo tal alerta, percebe-se o grau de honestidade do cidadão.

    []s,
    Carlos

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  11. https://www.youtube.com/watch?v=4BioTpz-vX0

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