A Matéria ”Fa Cagare II" foi censurada, mas a anterior
"Fa Cagare" continua acessível no blog. Para que se possa entender o
porquê da decisão dos "censores" é necessário reler as duas
matérias que ora republico
Todos sabem que considero MAURÍCIO CARLOS HELLER DANI o maior farsante que serpenteia pelas misteriosas e pouco
transparentes vinhas nacionais.
Para quem não sabe, Maurício Carlos
Heller Dani é o verdadeiro nome de Marcos Danielle.
Dani, "dos mil nomes",
produz, no sul do Brasil, alguns quase vinhos que levaram ao orgasmo
dois críticos de meia pataca: Didu Bilu Tetéia e "Sir"
Edward Motta.
Inúmeras vezes tive o desejo de comprar
os líquidos coloridos, produzidos, ninguém sabe como, pelo Dani e levá-los até a Itália para
serem analisados em laboratórios locais.
Surgia, sempre, um problema: Se eu os encomendasse, diretamente,
o tormentoso "Dani
dos Mil Nomes" jamais entregaria os vinhos que produz.
Dani "dos mil
nomes", com os críticos e formadores de opinião, costuma enviar
garrafas com etiquetas de sua vinícola, mas com conteúdo misterioso (vinho de
outras origens?).
O que fazer?
Certo dia, passeando pelas páginas do Facebook,
assisti um vídeo em que um membro da comunidade despejava, na pia e sem nenhuma
cerimônia, um vinho do fotografo das vinhas.
O enófilo comentava, na ocasião,
que o esgoto era o único lugar que aquele Pinot Noir deveria frequentar.
Escrevi para o realizador do vídeo,
indaguei se o "exterminador" dos vinhos do Mauricio Carlos Heller Dani, Marcos Danielle
etc. , ainda possuia algumas garrafas e se estaria interessando em vender.
Resposta afirmativa, preço acordado
(o mesmo que fora pago pelo "exterminador") e as garrafas, uma de
Pinot Noir, outra de Sauvignon Blanc, em poucos dias foram entregues em minha
casa.
Reservas confirmadas, malas
prontas, garrafas bem embaladas e... lá fui eu para o Piemonte.
Alguns dias após minha chegada, em Alba,
já descansado e refeito, procurei um laboratório especializado para realizar uma
análise dos vinhos do nosso ex-fotógrafo.
A análise, pretendida,
deveria ser completa para poder revelar todas as mazelas e aditivos usados na vinificação.
Quando o encarregado do laboratório
declarou o preço da pesquisa quase desmaiei e conclui que os vinhos do Marco "Dos Mil Nomes" Danielle não
mereciam tamanha despesa.
Resolvi percorrer uma via mais barata, mas
muito eficiente: Bacco e Sergio Rossi.
Sergio Rossi ,para os que não sabem
, além de amigo de Bacco é sommelier, administrador e responsável pelas carta de vinhos da "Enoteca
Defilla" de Chiavari.
Sergio comanda, com grande competência
profissional, uma adega com cerca 1.000 etiquetas de vinhos e outras tantas de
destilados, de todas as partes do mundo.
Garrafas raras e caras de
500/1.000/5.000 Euros, convivem, democraticamente, nas prateleiras da "Enoteca Defilla", com vinhos
de 10/15 Euros.
Magnum de Château d'Yquem, Monfortino, Cheval Blanc, Petrus, repousam tranquilamente ao lado de anônimas garrafas
de Barbera, Verdicchio,
Rossese, Pigato, Soave, Freisa etc.
Sergio conhece centenas de produtores,
centenas de vinícolas, degustou um sem numero de etiquetas, nunca participou de
inúteis concursos de sommeliers, mas conhece sua profissão como poucos.
Nem sempre os gostos dele e de
Bacco coincidem, já tiveram várias discussões, mas ambos têm a mesma franqueza
e nenhum receio de emitir suas opiniões: Quando o vinho é bom, é bom
Quando o vinho é mais ou menos, é mais ou menos.
Quando o vinho é uma merda, é uma merda.
Quando o vinho é mais ou menos, é mais ou menos.
Quando o vinho é uma merda, é uma merda.
Quem seria, então, o mais indicado para
provar e julgar os vinhos do Danielle "Dos Mil Nomes"?
Já em Chiavari, expus minha idéia e
Bacco topou na hora.
Sergio, como sempre, nos recebeu
com um sorriso, ouviu atentamente, olhou para as garrafas e prometeu inseri-las
na degustação da quinta feira.
Em tempo: Todas as quintas feiras,
Sergio Rossi e meia dúzia de profissionais locais, se reúnem para provar as
garrafas enviadas pelas vinícolas.
Se o vinho reunir qualidade, bom
preço, boas condições de entrega e continuidade, etc. entra na lista de próximas
compras e poderá escalar as prateleiras da "Defilla".
"Volte na sexta para saber o que
achamos do vinho brasileiro".
Na sexta feira, conforme combinado,
voltamos para saber o que Sergio e os amigos haviam achado do Pinot Noir e do
Sauvignon do viticultor "cult" endeusado por Didu Bilu Tetéia e Sir Edward Motta
Sergio, no começo, tentou ser
diplomático, foi evasivo, criticou mais a etiqueta do que o vinho, mas, como é
do seu temperamento, não resistiu: Esculhambou os vinhos do nosso fotógrafo
dedicando especial "atenção" ao Pinot Noir.
Assistam ao vídeo:
SR= Isso também, foi uma lição. Agora sei que
existe uma coisa assim.
B= um
vinho tão ruim assim você nunca bebeu? O pior é o branco?
SR= ...esse sujeito... que fez esta etiqueta e
escreveu desse jeito....não faz sentido, todavia não havendo vinho ,mesmo
que não se consiga ler não faz nenhuma
diferença.
(Algumas considerações sobre a etiqueta)
B= Em
sua opinião então não é vinho
SR= Realmente não sei dizer.... é uma coisa...
B= Na
sua opinião "fa cagare" (expressão italiana que substitui a menos elegante:
vinho é uma merda!)
SR= Sim, sim, sim...
B=
Imbebível...
SR. Imbebível.
B= Ok.
Quando parecia que encerrara suas críticas, Sergio retorna ao
assunto e quase raivoso detona os vinho do nosso ex fotógrafo.
SR= Esse é imbebivel, mas lembra o
Sauvignon..... existe uva Sauvignon.... Foi usada a uva Sauvignon e tinha gosto
de Sauvignon, um Sauvignon ruim, mas.... Este não tinha nada, então não se pode
nem dizer que era nojento..... Um líquido de cor feia....
D= Não se pode nem chamar "vinho"
SR=... nem chamar "vinho"..... Esse
(Sauvignon), no entanto, é um vinho que "fa cagare" porque é um vinho
que "fa cagare". Esse nem se pode dizer que "fa cagare".
Sergio agradece a experiência (nunca havia provado vinho
brasileiro) e terminamos com risadas.
Dionísio
PS A matéria continua
Gostaria de adicionar algumas considerações à matéria anterior.
“FA CAGARE II”
Gostaria de adicionar algumas considerações à matéria anterior.
1°). Quando chegamos à "Enoteca Defilla",
antes do vídeo ser gravado, Sergio Rossi detonou, sem piedade, os vinhos
do Dani "dos mil nomes":
"Nunca bebi nada pior, é uma vergonha
chamar isso de vinho... Se no Brasil são todos iguais, a esse, deveriam
continuar plantando cana de açúcar e café"...
2°) Sergio Rossi, antes de despejar as sobras
dos vinhos na pia (nenhum dos convidados,
da quinta feira, conseguiu beber dois goles) nos ofereceu uma taça e
pediu nossa opinião.
Provamos.
Deveria ser proibido chamar os
líquidos do Dani "dos mil nomes" de
vinho.
Aquilo não era vinho!
Aquilo "faceva
cagare", mesmo.
É impossível!
Dani "dos mil nomes", desde o início de sua tormentosa aventura vinícola, envia, sistematicamente, seus vinhos, para serem degustados e comentados, para críticos famosos, sommeliers renomados e formadores de opinião.
Steve Spurrier (sempre ele...) Beato Salu,
Guilherme Correa, Daniel Arraspide e outros, provaram os vinhos do Dani "dos mil nomes" e rasgaram
públicos elogios às etiquetas do "Atelier
Tormentas".
Podem não ser puros e ilibados, os vejo escravos
de seu imenso ego, vendem sabedoria vinícola que não podem entregar, se tiver
uma grana, solta na parada, agarram facilmente, mas jamais poderiam elogiar os
vinhos do Dani "dos mil nomes" que
Sergio, Bacco e eu provamos (já bebi todas as outras etiquetas e todas "fanno cagare).
O mesmo discurso vale para Sir Edward Motta.
Leiam
DanielleSan
Você simplesmente encaminhou o melhor vinho já feito no Brasil. O Fulvia 2009 é um divisor de águas, que incrível o que você conseguiu. Vou escrever formalmente sobre ele e você pode colocar no site, enfim, fazer o uso que achar melhor. Impressive! Soberbo!
( Ed Motta, músico e enófilo - Via mensagem SMS por celular, após provar o
Fulvia 2009, abril de 2011.)
Aquele saltitante
franco-brasileiro, parecido com o Topo Gigio, que tocava um restaurante na
longínqua Ourinhos?
Pois é, nosso inquieto e quase francesinho, certa vez, não satisfeito com suas "1001 utilidades", inventou mais uma: Corou-se "Consultor de Vinhos" e foi dar palpites, imagine, na Borgonha, mais especificamente no "Château de Villars Fontaine" cujo proprietário é Bernard Hudelot.
Bernard Hudelot, enólogo, diplomado pela universidade de Dijon e viticultor há mais de 30 anos, esperava justamente o nosso Topo Gigio de Ourinhos para aprender como se produz vinho na Borgonha.
Nosso
saltitante escritor (nosso "Bom Brill" já publicou um livro sobre a
Borgonha......), antes de se revelar nas letras, tentou faturar iludindo 300
eno-idiotas.
Importou um vinho do Bernard Hudelot por 7 Euros e o vendeu por um preço indecente aos já mencionados 300 idiotas.
Onde quero
chegar?
Troca de
garrafas, etiquetas Fulvia Pinot Noir, novas rolhas etc. e........ Voilà.
Basta enviar
as garrafas para críticos otários e aguardar os elogios.
Ótima
propaganda com baixíssimo custo (6/7 mil Euros CIF)
Um bom papo, uma graninha, alguns afagos, são mais que
suficientes, creiam, para comprar os patéticos “experts”, formadores de
opinião, jornalistas, etc. do nosso ridículo mundo do vinho.
Aquilo não era vinho!
3°). Não conheço Didu
Bilu Teteia, nem o Ed Motta, mas
não acredito que a desonestidade intelectual, do Didu Bilu Teteia, seja tão
grande que lhe permita comparar o "Fulvia
Pinot Noir" aos grandes Borgonha e não acredito, também,
que o Ed Motta tenha a coragem de
elogiar um líquido tão desprezível.
Há algo errado, podre..... Alguma coisa não bate.
Qualquer pessoa que tenha olfato e paladar, em
condições de distinguir um dente de alho de um gomo de laranja, jamais
confundirá um Pinot Noir da Borgonha com o "Fulvia
Pinot Noir" do charlatão gaúcho.
É impossível!
Dani "dos mil nomes", desde o início de sua tormentosa aventura vinícola, envia, sistematicamente, seus vinhos, para serem degustados e comentados, para críticos famosos, sommeliers renomados e formadores de opinião.
Não morro de amores por Beato Salu, Steve Spurrier
etc., mas idiotas completos, eles, não são.
O mesmo discurso vale para Sir Edward Motta.
O Motta, depois de provar o "Fulvia Pinot Noir", nem sob efeito
de alguma droga alucinógena, escreveria uma idiotice como essa
Fulvia
Pinot Noir 2009 por Ed Motta:
DanielleSan
Você simplesmente encaminhou o melhor vinho já feito no Brasil. O Fulvia 2009 é um divisor de águas, que incrível o que você conseguiu. Vou escrever formalmente sobre ele e você pode colocar no site, enfim, fazer o uso que achar melhor. Impressive! Soberbo!
Qual o mistério, então?
Elementar, meu caro
Watson...... o vinho não é o mesmo.
O vinho elogiado é "preparado" especialmente para
os críticos, sommeliers, formadores de opinião etc.
Tenho um palpite: Lembram
do Jean Claude Cara?
O espertinho, um
belo dia resolveu ser "expert" em vinhos, mestre em Borgonha, Serra Gaúcha,
literatura, eno-turismo... Um verdadeiro Bom Brill.
Nosso "1001 utilidades" largou o boteco do interior e "estourou" nas capitais de nossa sedenta e ignara república enológica.
Nosso "1001 utilidades" largou o boteco do interior e "estourou" nas capitais de nossa sedenta e ignara república enológica.
Pois é, nosso inquieto e quase francesinho, certa vez, não satisfeito com suas "1001 utilidades", inventou mais uma: Corou-se "Consultor de Vinhos" e foi dar palpites, imagine, na Borgonha, mais especificamente no "Château de Villars Fontaine" cujo proprietário é Bernard Hudelot.
Bernard Hudelot, enólogo, diplomado pela universidade de Dijon e viticultor há mais de 30 anos, esperava justamente o nosso Topo Gigio de Ourinhos para aprender como se produz vinho na Borgonha.
Mais um brasileiro
que revela os segredos do vinho aos franceses.
Importou um vinho do Bernard Hudelot por 7 Euros e o vendeu por um preço indecente aos já mencionados 300 idiotas.
Jean Claude
Cara "de pau" é comparsa do Dani "dos mil nomes".
Quem importa
trezentas garrafas de Chardonnay, do Bernard Hudelot, pode importar outras trezentas,
ou mais, de Pinot Noir, do mesmo produtor e vende-las ao vivaldino do Atelier
Tormentas.
Dionísio
Impagável a gravação!!!!!!!
ResponderExcluirDi..
ResponderExcluirTalvez esse vinho seja tao ruim que nem o saudoso Salame quis comenta-lo. Os aromas seriam demais para o cara.
Por outro lado ta cheio de Paulinho da forca do mundo do vinho disposto a apoiar a causa do nobre viticultor supra citado. Eca.
Andiamo...
Cadê o Salame? Saudades do Salame
ResponderExcluirSe você realmente quiser fazer algumas análises, vc pode fazê-las na Embrapa em Bento Gonçalves ou mesmo no Alac em Garibaldi... fácil e no brasil...
ResponderExcluirObrigado pela dica, mas acredito que os "vinhos" do Dani podem ser analisados em um laboratório de analises clínicas qualquer: merda pura
ResponderExcluir