https://www.youtube.com/watch?v=Nd8m1tg7v9Q
Na primeira parte, da série, afirmei não recordar o
que e o quanto bebi no período em que viajei à “caça” dos vinhos ideais para
meu bolso, gosto e satisfação.
Depois, de todas as viagens e todos os copos, mais uma vez e
definitivamente, me convenci que a esmagadora maioria dos críticos, sommeliers, jornalistas etc.
possuíam paladar totalmente diferente do meu: O paladar deles era sensível a
$$$$ e quando bem lubrificado direcionava, os enófilos, para etiquetas caras, renomadas
que lhes-garantissem bom dinheiro no bolso.
Dos baratos e ótimos, Grignolino, Freisa, Susumaniello,
Doux D’Henry, Lambrusco, Schiava, Marzemino, Pecorino, Schioppetino, Rossese
Bianco, Rossese di Dolceacqua, Coda di Volpe, Asprino, Moscato di Scanzo, Gamba
di Pernice, Pelaverga, Taurasi, Incrocio Manzoni, Cannonnau, Vermentido di
Gallura, Albarossa, Bardolino, Erbaluce, Fiano, etc. etc. etc. nunca,
ou quase nunca, uma crítica positiva ou uma palavra sequer.
Ao me libertar da escravidão, imposta pelos pontos, estrelas, taças,
palmas, e outros símbolos, dos dispensáveis “Parker-de-Vida-Fácil”, foi aos
poucos afunilando minhas preferências e finalmente, no topo da pirâmide, encontrei
meu vinho campeão: CHAMPAGNE.
Posso declarar, sem falsa modéstia, que bebi quase todas as
garrafas mais badaladas e caras do planeta.
Algumas vezes as “raridades” eram oferecidas por amigos, mas
quase sempre pagas com meu dinheiro sem jamais precisar lamber as botas de
importadores ou produtores.
Montrachet, Romanèe-Conti (das quatro
garrafas, que bebi, duas eram, sem dúvida, falsificadas) Puligny-Montrachet,
Chassagne-Montrachet, Corton Chalemage, Château d’Yquem, Masseto, Solaia,
Sassicaia, Barolo Monfortino, Barbaresco Gaja, Barbaresco Bruno Giacosa, Brunello
Biondi Santi, Amarone Dal Forno, Barca Velha, Vega Sicilia etc. etc. etc.
Ótimos vinhos, mas acessíveis somente a bolsos recheados, afortunados, que e quando servidos em taça os sommeliers usam um conta-gotas......
Champagne é sinônimo de sofisticação, elegância, qualidade.
Pode ser bebido a
qualquer hora, acompanha regiamente todas as comidas, um vinho que agrada e
alegra todos os paladares e, finalmente, insuperável como aperitivo.
O Champagne tem mais um ponto a seu favor: É barato.
Antes que alguém mencione os preços do Crístal, Selosse, Krug, Dom Perignon, La
Grande Dame e outras etiquetas
quase tão caras quanto o “Under The Shit”,
da vinícola “Miolo-Hiena”, informo que, a partir de 20/25 Euros já é possível
beber boas etiquetas que não temem o confronto com espumantes de outros países bem mais caros (quem pensou nos preços indecorosos dos espumantes nacionais
acertou em cheio).
O fascinante, quase misterioso, universo do Champagne é
complexo, não fácil de explorar e entender.
Graças a uma combinação de fatores raros, únicos, como terreno calcário, microclima, sapiente e secular maestria na vinificação, as bolhas da Champagne
esbanjam refinada e incomparável elegância.
Nos 36.000 hectares de vinhedos, da denominação, operam 130 cooperativas 360 “Maison” aproximadamente 5.000 viticultores (RM=récoltants-manipulants) que além de vender suas uvas para as grandes “Maison” reservam uma parte da colheita e vinificam seus próprios Champagne.
As pequenas vinícolas artesanais, que se “escondem” no meio dos vinhedos, quase sempre pertencem à mesma família há muitas gerações, são verdadeiros oásis onde é possível encontrar a verdadeira tradição e
autenticidade do Champagne.
Quem tiver a possibilidade de visitá-las poderá comprovar
minhas afirmações.
Os preços?
Há para todos os gostos e desgostos, mas a partir de 20/30
Euros já é possível comprar boas e até ótimas garrafas.
Confira:
https://www.champagne-couvent-fils.com/champagne-couvent-fils/
“Antônio, agora gostaria de beber uma taça de “Ferrari Maximum”
O garçom, que já estava pronto para o bis de Champagne, sorriu
surpreso, trocou a taça e serviu um abundante Trento DOC.
O “Ferrari Maximum” não é o top da vinícola Lunelli
(faturamento de 150 milhões de Euros).
O “Maximum”, etiqueta intermediária,
da vinícola de Trento, me pareceu perfeita para “enfrentar” o também intermediário
Champagne “Gratiot-Pillière”.
Espero, normalmente, alguns minutos antes de beber espumantes
(brancos tranquilos, idem...) pois a temperatura de 8º, quase sempre
recomendada, tende a camuflar defeitos e virtudes.
Dois minutos de “aquecimento” foram mais que suficientes para
o “Maximum”
revelar suas qualidades, que, todavia, não conseguiram apagar da minha memória
a superioridade do “Gratiot-Pillière”.
Já as bolhas, mais numerosas, mais finas e persistentes, demonstravam
que o espumante francês saia à frente.
No quesito “elegância” fui obrigado a doar mais um ponto para “Gratiot-Pillière”
e mais outro quando comparei a complexidade.
O “Ferrari”, mais rústico e apresentando um final mais curto, não ganhava um
round sequer, contribuindo, assim, para aumentar a saudade do Champagne.
Apenas um empate: ambas as etiquetas custam (20/22 Euros).
Ao final da degustação,
mais uma vez, me convenci: Quando na carta do wine-bar constar Champagne em taça…adeus
Franciacorta, Trento, Alta Langa, Otrepó Pavese etc.
Ao me dirigir ao caixa,
para pagar a conta, consultei, mais uma vez, a lista dos espumantes em
degustação.
Duas afamadas, badaladas e caras etiquetas, despertaram minha
curiosidade.
Irresistível curiosidade.... Decidi retornar, ao “Defilla”,
nos dias seguintes, para continuar a disputa entre as bolhas francesas e
italianas
Continua
Bacco
Simply the best. Better than all the rest...
ResponderExcluirhttps://exame.com/casual/melhores-vinhos-catador-2024/
Toscana brasileira’: Cidade serrana é rota do azeite e do vinho
ResponderExcluirhttps://www.flipar.com.br/?p=380755
Com direito a menção ao under the shit
ResponderExcluirhttps://diariodoturismo.com.br/master-class-na-embaixada-do-brasil-destaca-a-evolucao-dos-vinhos-brasileiros-na-franca/
Li e tomei 2 comprimidos de Dramin
ExcluirAlemão "mestre dos vinhos" prova vinhos Brasileiros pela 1a vez. Dá uma carcada no Salton Rose e faz piada da medalinha do Lidio Carraro. (Mas também faz alguns elogios)
ResponderExcluirhttps://youtu.be/Ap-yUs5qfUg?si=zTVRbe0hrsrH-iD0
Vi o vídeo. No geral, às avaliações dele foram bem positivas, inclusive do espumante Rosé da Salton. Não pichou nenhum de forma incusiva. O Chardonnay da Vinhas do Tempo, o Quorum e o Lote 43 foram eloguados.
ExcluirBem, sendo um sujeito educado, ele não iria "meter o pau" no vinho, mas ao dar notas abaixo de 90 se está falando, com educação, que o vinho não é bom. Agora, em relação aos vinhos elogiados, são vinhos interessantes mesmo, o problema que ele não avaliou sobre o prisma do custo/benefício. O Lote 43 e o Quórum são vinhos da faixa de R$250-R$300 e aí está o maior problema deles.
ExcluirVocê está enganado. Não sou fã de avaliações etc, mas um vinho de mais de 80 pontos é um vinho acima da média, sem defeitos. O que acontece é uma banalização da escala, com gente dando 90 para vinho que não é excelente. 90 para cima deveria ser para poucos. A meu ver, nenhum vinho brasileiro poassa de 85.
ExcluirBom video. Sera que um master of wine sabe menos que os sabidos e haters aqui? Provavel que voces sabem mais que ele de vinhos.
ResponderExcluirDepende. Os sabidos e haters aqui, não levaram nenhuma grana dos predadores nacionais. O nosso amigo alemão deveria julgar salsicha, chucrute, joelho de porco etc. Um cara que acha o Salton um bom espumante deve ter um paladar de epoxi.
ExcluirOs vinhos nacionais deveriam ser classificados, não com pontos, mas papel higiénico. Exemplo: Lote 43 = 3 rolos. Maria Valduga 3 rolos. Espumante Salton 8 rolos. Valduga Origem Merlot 6 rolos. Pérgola 24 rolos etc. etc.
ExcluirVinho nacional premiado de Vinicula que iniciou sua operação em 2017, pasmem, harmoniza com pizza de espinafre e bacon hihi, pode ser encomendado, após minucioso cadastro direto com a Vinicula por módicos 520,00 via cnn ga$tronomia https://www.cnnbrasil.com.br/viagemegastronomia/gastronomia/vinho-da-mantiqueira-e-unico-rotulo-nacional-entre-os-melhores-do-mundo/?utm_source=social&utm_medium=instagram-feed&utm_campaign=viagem-gastronomia-cnn-viagem-gastronomia&utm_content=imagem
ResponderExcluirPrefiro dar entrada num peugeot 206 usado
ExcluirTenho bebido mais espumantes e Champagne (este ocasionalmente, óbvio), pois além de gostar muito, fujo dos 14, 14,5GL que se tornaram quase que regra em tintos e em brancos da atualidade
ResponderExcluirDécada de 2000 tomei muitos, incontáveis tintos margem direita, esquerda, sudoeste, todos com 12, 12,5GL, era muito prazeroso acordar no dia seguinte não tendo lutado contra Tyson. Isso já era.
ResponderExcluirAlguns Pinot Noir ainda chegam nos 12.5%...12.8%... dá pra encontrar, mas Cabernet, etc virou tudo pancada mesmo.
ExcluirDaí hoje vem a turma falando nas degustações de YouTube e Vivino : “14,5, 15, 16GL bem integrados! Nem se percebe o álcool!”
ResponderExcluirAhhh, mas é o seguinte, caro degustador, está ingerida essa quantidade de álcool..
O propósito desses 4 comentários anteriores que fiz, foi o seguinte: a moda (estilo, graduação, etc) muda pro resto, não para Champagne.
ResponderExcluirTalvez mais um porquê de Champagne ser sempre sinônimo de sofisticação e qualidade.
* 3 comentários anteriores
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