Raras as semanas em que não aparecem, nos comentários, fieis defensores
do “premiadíssimo” vinho nacional.
Há, nas manifestações eno-ufanistas, inúmeras e ridículas
provocações que tentam nos “desestabilizar” e até nos desafiar para degustações
às cegas.
As disputas sempre sugerem a presença dos soberbos vinhos
nacionais se confrontando com as banais garrafas italianas.
A escolha, dos vinhos competidores, revela, além de um profundo
e imbecilizante patriotismo, um mais profundo e ainda mais imbecilizante,
desconhecimento do assunto.
Já disse e repeti inúmeras vezes, que a possibilidade do
Brasil se tornar um respeitável produtor vinícola é tão remonta quanto a Praça
dos Três Poderes ser paradigma de probidade, dignidade, retidão, seriedade etc.
Nada contribui para a evolução do vinho brasileiro e até as
informações, sobre números de produção, métodos de vinificação, consumo, área
cultivada, etc., são imprecisas, contraditórias e pouco confiáveis.
Gostaria, assim, de elencar, mais uma vez e espero a última, algumas
informações importantes para os parvos eno-ufanistas e patéticos influencer$-instagram.
A área plantada, para a produção de vinhos, no Brasil, oscila
entre 75/78 mil hectares (ninguém sabe o número
exato)
O total da produção
vinícola é de 200.000 hectolitros e, aproximadamente, 1.200 vinícolas operam no
setor.
Se compararmos, com a sempre “rival” Itália, os números
nacionais são, no mínimo, ridículos.
ITÁLIA
Vinhedos: 590.000 hectares
Produção: 42.000.000 de hectolitros
Viticultores: 240.000.
Comparando, os números apresentados, qualquer indivíduo, com
mais de três neurônios, em bom estado, perceberia que a possibilidade de o
vinho brasileiro, em uma degustação às cegas, superar o concorrente italiano,
seria tão provável quanto o maranhense, “Tuntum
Futebol Clube”, golear o Real
Madrid.
É sempre bom lembrar que 80% da produção vinícola nacional provêm
de uvas não viníferas.
O quase-vinho mais
vendido, nos últimos 9 anos, no paraíso tropical e abençoado pelo deus Baco, é
aquele insulto à enologia, produzido pela Vinícola Campestre,
que atende pelo nome: “Pérgola”.
É fácil perceber, então, que dos 2,7 litros, de vinho per capita/ano, consumidos pelos quase-enófilos brasileiros, 2,15 litros são de Pérgola, Dom Bosco, Chalise, Cantina da Serra, Sangue de Boi, Mioranza e outras tremendas-bostas da vida (fácil?).
É sempre bom lembrar, também, que uma garrafa, do insulto à
enologia, “Pérgola”, custa R$ 23 e uma garrafa de Barbera, na Itália, é levada
para casa por R$18.
O que posso responder, então, para nosso revoltado e indignado
eno-patriota gaúcho que escreveu o seguinte comentário?
Anônimo30 de janeiro de 2025 às 14:25
Dizer que so ha vinho caro, ou ruim e feito por
predadores no bananal do sul ultrapassa ignorancia.
Caro defensor dos bravos e abnegados
produtores de quase-vinho, que você defende com paixão, encha um contêiner com
as renomadas e soberbas garrafas gaúchas, catarinenses, paulistas, mineiras,
paranaenses etc., viaje pelos países europeus e tente vende-las pelos preços praticados no Brasil.
Exemplos: Maria Valduga Brut R$ 549 (91 Euros)
Storia
Merlot R$ 490 (81 Euros)
Lidio Carraro – Singular Nebbiolo R$ 726 (120 Euros)
Singular Teroldego
R$337 (56 Euros)
Miolo - Sesmarias
R$1.238 (206 Euros)
Lote 43
R$673 (112 Euros.
Por respeito à inteligência e bom senso dos
leitores de B&B, deixo de publicar o preço do espumante Miolo: “Under The Shit”.
Garanto que, em menos de um mês, você
retornará ao “bananal” com o contêiner ainda e totalmente cheio de brasileiras
garrafas (o saco,
então, nem se fala.....).
Tenho certeza que, após a amarga
experiência comercial, passará a direcionar seu entusiasmo patriótico à defensa
da soja, carnes, café, alpargatas, minérios, açúcar, cachaça, cerveja etc.
Nenhum Italiano, mesmo com o QI de uma
ostra, compraria um Teroldego brasileiro por 56 Euros, pois em qualquer supermercado é fácil
encontrar o original italiano por 5/10 Euros.
O mesmo discurso vale para os outros insultos aos bolsos dos enófilos brasileiros produzidos pelos predadores gaúchos.
Mais uma observação: Em qualquer boteco,
de qualquer aldeia, perdida no meio do nada, em Portugal, Espanha, França e Itália, há vinhos em taça.
Em 99% dos bares, espalhados pelo
Brasil (capitais inclusas), nunca e ninguém conseguirá beber um copo de vinho.
Em compensação, em qualquer biboca, até do
Maranhão, há cerveja e pinga à vontade (Brasil é o 3º maior consumidor de cerveja do planeta).
Viva a pinga, viva a cerveja!
Caro defensor do “vinho-bananal”, acho que o consumo excessivo de Pérgola está destruído o restante de seus raros neurônios......Vá de cerveja
Dionísio
Matadora.
ResponderExcluirQuanta insolência e desconhecimento. A velha maledicência dos vira-latas que vão pra Europa. Por sorte, para a ignorância há solução. Recomendo ao autor da matéria o conteúdo abaixo, vai lhe ajudar muitíssimo:
ResponderExcluirhttps://percursa.com/i/diego-arrebola
Alguém sabe me dizer se é bom esse curso? Vale a pena?
ExcluirÉ muita pena para pouco curso.......
ExcluirDiego rebola, rebola, rebola e não sai da. mediocridade? Dispenso a recomendação
ResponderExcluirDiego Arrebola foi eleito 3 vezes consecutivas o melhor sommelier do Brasil.
ExcluirComeçou a carreira atuando em diversos restaurantes sofisticados e, ao se ver apaixonado pelo universo dos vinhos, completou a sua formação na Itália obtendo o diploma pela Association de la Sommellerie Internationale (ASI) - e é, até hoje, o único brasileiro a conseguir este feito.
ser reconhecido "melhor sommelier do brasil " é como ser o melhor jogador de curling de Sergipe: https://baccoebocca-us.blogspot.com/2015/12/os-intocaveis.html
Excluirhttp://globoplay.globo.com/v/2676441/
Imagine só um desse Eno-pateta-patriota atracando em Côte-d’Or e montando um stand de venda de vinho brasileiro mais caro que Borgonha Grand Cru
ResponderExcluirEste mundo do vinho poderá um dia implodir. Parecer estar em processo acentuado de entropia. E hoje há tantos produtos, mas tantos, todos com seus argumentos históricos, qualitativos, degustativos e muito mais, que para os consumidores os gatos miando, gaúchos ou piemonteses, acabam sendo igualmente pardos. Exceto, talvez, o que afague e ronrone melhor, deixando o de raça mais confiável em segundo plano. Enfim, às vezes um vermute é menos chato, além de ser permitido colocar gelo.
ResponderExcluirTambém pensei que o mundo do vinho pudesse implodir, mas depois do lance da Tania Bulhoes, vejo que Miolo Under the sea e afins terão vida longa ainda no Brasil. O que mais tem é gente que gosta de pagar caro pra impressionar os outros.
ResponderExcluir...e por falar em entropia, seu comentário misturando, gatos, piemonteses, gaúchos , vermute etc. é uma desordem total
ResponderExcluirFui eu o autor do comentário. Obrigado. Há um vinho chamado Gatão, e há vinhos gaúchos se passando por piemonteses, havendo também muitos vinhos com gosto de vermute, embora se passando por grand crus. Logo, eu apenas narrei o que já existe, trazendo todos os elementos para o mesmo post. Se prefere algo menos entrópico, na próxima falarei sobre os vinhos eucarísticos canônicos doces, e sobre a paz de espírito.
ExcluirDono de vinícola faz uma turma engolir tanta mentira..
ResponderExcluirLi o comentário do Eno-Patriota que apenas falou que não seria possível que todos os vinhos do Sul do país fossem ruins. Concordo com ele, pois há muita coisa boa por lá, mas, sem dúvida, a maioria consiste em vinhos tomáveis somente. Vao andar de bicicleta no parque do povo, nos deixem em paz.
ResponderExcluirAntes de seu pedal, poderia listar alguns desses muitos vinhos bons por lá?
ExcluirNossa, seria muito útil essa lista, mesmo pq a matéria listou apenas vinhos gaúchos que concorrem em valores com Côte d’Or.
ResponderExcluirHá algum engano. Eu listei vinhos que deveriam concorrer com Champagne, Piemonte, Bordeaux, Trentino. Vamos deixar de tentar "brigar" com vinhos europeus. Como escrevi, na matéria, não somos e dificilmente seremos ,um país vinicola . Clima, cultura, tradição não ajudam. Repito : Viva a pinga e a cerveja
ExcluirNem o Barone San Michele vale? Foi eleito pela vinhos de bicicleta o melhor vinho Brasileiro do ano de 2024. Possui alta nota no Vivino e muitos admiradores sommeliers.
ExcluirReferi-me à concorrência de valores, como por exemplo Côte d’Or, região conhecida como vinhos de valores altos. Produção gaúcha não se resume às castas abordadas na matéria.
ExcluirOk. Informe , então, para enriquecer nosso repertório vininicola , quantas casta são vinificadas no RS.
ExcluirNão sei não Bacco, eu acho que tem muitas à valores que beiram a insanidade
ExcluirE acho tb que eles já devem estar produzindo pinot noir com Preços comparados à Borgonha.. não quis comparar vinhos, só valores mesmo no meu comentário que saiu realmente errado a comparação das castas da matéria com Côte d’Or.
ExcluirUma dúvida... nos supermercados esses Barberas de 3 euros, Teroldegos de 5 euros, são minimamente prazerosos, ou é necessário pagar acima de 10 euros pra se beber com dignidade?
ResponderExcluirO Teroldego, como comentei, é um vinho barato e o preço indicado na foto está na média. O Barbera , mesmo de 3 Euros, é bem superior ao da Perini. É bom eslarecer que a esmagadora naioria dos europeus raramente compra vinhos acima dos 10/15 Euros.
ExcluirTeroldego gaucho, tem dos bons. Bem acima de 5 euros, mas sao bem bons.
ResponderExcluirExplique, então, o porquê dos preços serem maiores do que o riginal italiano
ResponderExcluirPesquisa simples Google de pinot noir brasileiro encontrei um catarinense por módicos 230 reais ( 38 euros) na promoção. Encontra-se algum Borgonha razoável desse valor? Eu penso que sim. Existe razão para esses valores praticados por vinícolas brasileiras?
ResponderExcluirDia da marmota. Pelas barbas do profeta. Repetem assunto toda semana.
ResponderExcluirBoas opções para quem busca novas desinfomações : Ex cirurgião Baena, Sommerdier de Bicicleta e outros palermas do instagram. Boa sorte .....
ExcluirEu gostei do tal Arrebola, o nome é muito bom, parece nome de um hit reggaeton em espanhol da Anitta.
ExcluirListe vinhos brasileiros para surpreender e renovar assunto, por favor
ExcluirExistem vinhos brasileiros bons, mas eles custam entre 200 e 300 reais e estão na categoria de chilenos/argentinos que chegam aqui a 90... ou europeus que chegam a 120... qual sentido!?
ExcluirFalta ao produtor gaúcho bom senso no preço... e sobra desculpas esfarrapadas pra cobrar o absurdo que cobram.
Gostaria de saber exemplos de bons vinhos brasileiros entre 200-300 reais
ExcluirJá provei de vinhos brasileiros dessa categoria (200-300 reais) de produtores maiores e de alguns menores. Minha impressão foi a mesma para todos, vinhos alcoólicos, pesados, acidez baixa, doçura elevada, excesso de extração, sofríveis garrafas de meia tonelada e de valor não condizente. E sempre com a mesma apelação para justificar a entubada, “uma obra de arte da casa”, “prata da casa”, “um sonho engarrafado” que já nasce campeã na segunda vindima e se consagra em medalhas na primeira ida à Bruxelas. Clichê ridiculoso que isso se tornou.
ExcluirCidadao se destaca no cenario de vinhos num pais com pouca tradicao. Merece aplausos. Qualquer sommelier na europa cresce cercado de vinhos, a missao fica mais facil.
ResponderExcluirExatamente!!!! É como o cidadão que se destaca jogando curlig no Maranhão....merece respeito kkkkkkkkk
ResponderExcluirCurlig? Esse blog so afunda....
ExcluirSe "afundar", como o Under Shit da Miolo, vamos enriquecer em pouco tempo
ExcluirEngraçado essa coisa de "foi eleito" isso ou aquilo, como se fosse uma grande coisa. Só vejo merdas serem eleitas aqui, seja em qual assunto for.
ResponderExcluirVoces deveriam montar uma vinicola e vender o vinho sensacional de voces por R$ 14.00 uma garrafa de 750ml. Sabem tudo. Estamos aguardando a empreitada que vai quebrar as gauchas predadoras.
ResponderExcluirBoa sugestão, mas prefiro sabotar os predadores. Não comprar seus vinhos é maís prazeroso, inteligente é pode reverter a desenfreada ganância das vinícolas nacionais
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