Massimo Martinelli e eu, além de nutrirmos grande amizade,
temos muito em comum: Quase a mesma idade, durante juventude vivíamos na mesma
aldeia, nos comunicamos em piemontês, gostamos (e desgostamos) dos mesmos
vinhos, da mesma gastronomia e...... consideramos o Champagne o melhor vinho do
mundo.
Há muitas outras afinidades que nos unem, mas não é hora nem
lugar para revelá-las.
Vá de Google, digite “Massimo Martinelli enologo” (sem acento)
e divirta-se durante algumas horas....
Uma frase, de Massimo, até hoje permanece viva em minha mente:
“Quando você
chega em casa, cansado, após ter bebido alguns copos a mais, precisa relaxar
antes de dormir? Só uma taça ainda desce ... Champagne”
Verdade.... O Champagne é único, insuperável, até nessas ocasiões.
Os ridículos produtores do Sul, sempre armados de suas
picaretas midiáticas, todavia, continuam espalhando que as borbulhas gaúchas ganham
até das champenois.
Exemplo?
Sempre empunhando sua
picareta dourada e usando as canetas lubrificadas dos crítico$, sommelier$,
influenciadore$ de plantão e de 5ª categoria, a Valduga, patrocinou uma
campanha ridícula que apontava seu “130” como melhor
espumante do mundo.
A palhaçada “valduguense”
estava escorada no resultado obtido em um concurso de 4ª categoria, fajuto e
pago.
Não há outros produtores, em nenhum canto do planeta, que
arrisquem ou ousem chegar a tanto.
O
Champagne é o melhor e estamos conversados.
Longa introdução?
Demasiada tietagem?
Concordo, mas quando alguém tiver a feliz oportunidade de degustar um
“Champagne “Thibaud Grand Cru”, da vinícola “Alain Vesselle”, perdoará, certamente, minha melosa
introdução e exagerado entusiasmo.
Antes de descrever a garrafa, alguns dados sobre a Alain Vesselle.
A vinícola foi fundada em 1885 e desde 2014 é dirigida por
Guillaume Vesselle.
A propriedade se estende por 18 hectares, 9 dos quais Grands
Crus localizados na “Montagne de Reims”.
Cada irmão batiza uma cuvée e Thibaud, irmão de Guillaume,
empresta seu nome a esta garrafa de “Blanc de Noirs”
(100% Pinot Noir) que já ao abrir revela toda a incomparável elegância
do Champagne.
Quem duvidar, duvide, mas muitas vezes e às cegas, consigo
individuar um bom Champagne no exato momento que desarrolho a garrafa.
O Thibaud apresenta cor dourada com reflexos esverdeados,
bolhas finíssimas e constantes, aroma complexo onde pude identificar o cítrico.
Na boca? Bem na boca o assunto é sério...
Nada de concessões adocicadas, banais, redundantes.
O Thibaud é preciso, complexo, refinado e agrada até os mais sofisticados paladares.
O mais interessante é o preço: 22 Euros.
Uma dica..... Todos os finais de ano os grandes supermercados italianos realizam grandes compras de Champagne dos pequenos produtores da região.
Centenas de milhares de garrafas, provenientes de dezenas de “ Vignerons
Indépendants” (há mais de 400), são colocadas nas prateleiras, no mês de
dezembro, quase pelo preço de custo.
A promoção vai até a última
garrafa.
CAVE GEISSE EXTRA-BRUT
36 meses de guarda
Produção limitada: 15.500 garrafas
Safra 2018
Resultado..... Desde o ano passado bebo Champagne 1er Cru e Grands Crus mais baratos, apesar do câmbio, do que o Geisse Extra Brut.
Como costuma sentenciar Dionísio: “A vida do enófilo brasileiro é uma merda”
Bacco
segundo o Vivino, o Thibaud Vesselle não é páreo para o 130...
ResponderExcluirhttps://www.vivino.com/BR/pt/alain-vesselle-thibaud-vesselle-brut-champagne-grand-cru-bouzy/w/2495572
https://www.vivino.com/BR/pt/casa-valduga-onehundredthirty-brut-espumante/w/1148170
Não pode usar o Vivino para comparar dois vinhos tão dispares como o TV e o 130.
ExcluirVivino pega todas as qualificações dos usuários e faz uma média, então um 130 sempre vai ter boas resenhas, pois concorre com espumantes de menor qualidade, ao oposto do TV, que concorre contra outros champagnes na região.
Vivino, sem dúvida, é hoje o eno-site mais picareta que há, mas infelizmente é a "Bíblia" para incontáveis enoloides
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