Percebi, nos últimos dias, um odor inconfundível que acionou o
“modo-picaretagem” no meu olfato.
Sim, caros amigos, mais uma vez estamos assistindo ao lento,
mas inexorável, nascimento de mais um “MELHOR DO MUNDO
MADE IN BRAZIL”.
Já não satisfazem, nosso orgulho ufanista, as ridículas e insensatas
ilusões de sermos produtores do melhor espumante e do melhor queijo do mundo;
para alegria de nossos egos estamos muito próximos de nós orgulhar, também, por produzirmos
o melhor azeite do mundo.
Sim, acreditem se quiserem e puderem, em um futuro bem próximo,
gaúchos, paulistas, mineiros etc. entrarão para a história ao humilharem os apatetados
portugueses, espanhóis, gregos, italianos e ensiná-los a produzir grandes
azeites.
Por enquanto os lagareiros tupiniquins estão seguindo, fielmente,
os passos e recomendações dos mestres da predação: Nossos produtores de vinho
Trilhando o mesmo caminho predatório, dos industriais do vinho, os untos e besuntos produtores de azeite metem, sem pudor nem piedade, a mão no bolso dos incautos e inocentes consumidores.
Explicando melhor.....
Semana passada, visitando parentes em Belo Horizonte, provei,
pela primeira vez o azeite nacional.
Durante o jantar pude observar que a salada estava sendo
condimentada com um azeite (garrafa de 250ml) cuja origem me era desconhecida.
“É um azeite nacional
que comprei em Gramado e o vendedor me informou que até já ganhou medalha no
exterior”.
Desconfiado com a afirmação “...já ganhou medalha no exterior”,
perguntei o preço.
Haja KY........ R$ 69,00
Em um rápido exercício de multiplicação conclui que o azeite, “Prosperato Picual”, não entregaria seus oleosos encantos por menos de R$ 276 o litro.
No mesmo instante meu pensamento voou para Bento Gonçalves,
mais precisamente na Lídio Carraro e seu “Grande Vindima Merlot” de modestíssimos
R$ 320.
Muitas dúvidas, sem respostas, me atormentam até hoje.
Duas delas: Será que a diretoria da Prosperato, antes de
elaborar a tabela de preços, frequentou o famosíssimo e exclusivo curso “ Rapinagem sem
Fronteiras” nas vinícolas do Sul?
Será que algum diretor comercial
da Carraro, Miolo, Geisse, Valduga, Bettu, Milantino, Pericó, Don Laurindo
etc., está a$$e$$orando as produtoras de azeite nacional?
Respostas na próxima matéria
Dionísio o “oleoso”
Impossível superar a Milantino. Carraro e Miolo ainda investem em matérias pagas, é um insumo a ser repassado aos preços. Os preços daquela desconhecida vinícola do Vale dos Vinhedos são espantosos. Vale uma visita ao site, para aliviar a dor da compra de um Cote D’Or e dar algumas risadas.
ResponderExcluirVocê esqueceu o Bettu. Bettu consegue ser um Midas das uvas.... transforma vinhos de merda em ouro
ResponderExcluirNa Milantino há uma mistureba de Ancelotta, Merlot e Tannat por R$ 2.225,00. O Bettu deve estar preocupado com a concorrência. Estão fazendo algo pior é mais caro.
ExcluirAcredite, já lançaram um vinho chamado PIX!!
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