Gostaria de complementar a matéria anterior lembrando que na Itália, também, as ordens religiosas tiveram grande importância na preservação de inúmeras denominações.
Algumas: Bardolino,
Valpolicella, Locorotondo, Freisa, Gattinara, Greco di Tufo e muitas
outras.
Os frades, acredito, devem ter contribuído para a preservação
das vinhas da Espanha, Portugal, Alemanha e em todas as nações produtoras da
Europa.
Mas para onde poderiam ter migrado e reencarnado os frades
Beneditinos da Champagne e os Cistercienses da Borgonha?
Depois de uma minuciosa pesquisa, que tomou 18 segundos do meu
inútil tempo, mais vez um raio de luz iluminou minha mente e deu a resposta: Brasil
Sim, senhores, a viticultura nacional “herdou” muitíssimos frades reencarnados e em pouco tempo os nossos vinhos ganharam o respeito e admiração de todos e em todos os cantos do planeta.
Graças aos monges reencarnados, na pele de produtores nacionais,
o Brasil vinícola migrou, rapidamente, dos vinhos que “Fanno Cagare” (Sangue de Boi,
Chalise, Pérgola, Cantina da Serra, Chapinha etc.) para os mais
premiados do planeta e que também são ótimos laxantes.
Os frades reencarnados da Champagne, Dom Pèrignon incluso, migraram para a Serra Gaúcha e em poucos anos fizeram que o espumante nacional fosse aclamado e reconhecido como “O Segundo Melhor do Mundo”.
Os Cistercienses, reencarnados, deram uma olhada nas terras gaúchas,
analisaram o clima e rapidamente perceberam que estavam entrando em uma fria e
temendo macular a antiga e gloriosa história optaram por adotar novas
identidades e nomes. Surgiram, assim, os
Salton, Peterlongo, Valmarino, Geisse, Milano, Pizzato,
Perini etc.
Dom Pèrignon preferiu reencarnar adotando o sobrenome: “Valduga”.
Não deu outra…nosso Pierre Pérignon Valduga,
mais uma vez, agora em terras tropicais, produziu o espumante “Casa Valduga Blanc
de Blancs 130” premiado e aclamado como o melhor do mundo em um
concurso de 4º mundo.
Pèrignon, não esqueceu suas antigas origens europeias, nem os
preços franceses, assim o “melhor espumante do 4º mundo” somente se entrega, às taças
dos enófilos brasileiros, por “insignificantes” R$ 210,00. (35 Euros)
Os reencarnados, Cistercienses da Borgonha, bem mais numerosos
do que os reencarnados Beneditinos, se espalharam pelo Rio Grande, Santa
Catarina, São Paulo, Goiás, Paraná, Minas Gerais etc.
Nossos valorosos monges, nem com a secular experiência e dezenas de reencarnações, conseguiram produzir algo parecido com um bom vinho, assim, para compensar a baixa qualidade de seus líquidos, resolveram adotar os preços dos saudosos Grands Crus franceses.
Exemplos:
Os monges Milano vendem, para os eno-otários, seu “Milantino Gran Reserva” por estrelares R$ 1.500,00 (250
Euros)
Os frades Miolo, mais modestos e cautelosos, entregam seu quase vinho “Sesmaria” por pornográficos R$ 886,66 (se o eno-idiota comprador der uma chorada é provável que obtenha o desconto dos 66 centavos) 144 Euros.
O solitário Cisterciense Bettu, mais que viticultor, é um incrível
hipnotizador.
Bettu, no passado, reencarnou como Mandrake e aproveitando seus
conhecimentos, da antiga arte, hipnotiza suas “vitimas” que, parecendo
apatetados zumbis, pagam até R$ 5.000 (830
Euros) por uma garrafa de seu “Cabernet Sauvignon Tannat Nebbiolo”.
Os monges Carraro, mais modestos e por terem reencarnado
muitas vezes no Piemonte, adotaram preços quase racionais, e seu-quase-Singular-Nebbiolo
custa “apenas” R$ 380.00 (63 Euros)
Há muitos mais reencarnados no sul do país, mas a lista tende
de ser repetitiva e enfadonha.
Muitos Cistercienses e Beneditinos perceberam que os irmãos
reencarnados do Sul haviam esquecido a arte de vinificar decentemente, mas
apesar de produzir vinhos banais, quando não bisonhos, faturavam alto e enchiam
as burras com muita grana.
No imenso Brasil há terras baratas, enorme quantidade de enoloides abonados, então, por que não plantar parreiras em São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Bahia etc.?
Não deu outra...... há frades reencarnados por todos os cantos
e alguns faturando alto.
Um reencarnado, “além Serra Gaúcha”, e mais vivo que todos, adotou
um sobrenome, também, italiano: Guaspari.
O monge Guaspari conseguiu produzir um Quase-Pinot-Noir que só
molha as gargantas dos enoloides por R$ 428,00 (71 Euros)
Não satisfeito com quase Pinot Noir ostentando preço de Grand Cru,
nosso frade resolveu produzir um quase-Cabernet-Franc que somente poderá se “desgustado” por
sodomíticos R$ 448,00 (75 Euros).
Os Cistercienses e Beneditinos, reencarnados no Brasil, esqueceram a arte de bem vinificar, mas aprenderam, rapidamente, a malandragem de bem cobrar.
Falando sério…. Nenhum frade aceitaria, caso a reencarnação existisse,
voltar à vida e produzir quase-vinhos no Brasil, optariam por destilar cachaça
Dionísio
Hahahaha tô rindo até agora
ResponderExcluirCara, que triste. 5 mil cruzeiros por um vinho nacional? Nem o nego do boreu compra isso, nem o saudodo escadinha faria isso. Quem compra e paga por isso?
ResponderExcluirIdiotas e caspa nunca acabam
ExcluirVocê se supreenderia se eu dissesse.
ExcluirMuito instrutiva a matéria. A Igreja preservou mais que a cultura greco-romana, em prol dos nossos espíritos (e prazeres). Quanto aos vinhos brasileiros, uma pena o distanciamento cultural, que leva às relatadas aberrações nada franciscanas. E há fiéis que pagam o dízimo sem reclamar. Ainda acho que um estudo psicológico deste comportamento pródigo é necessário.
ResponderExcluirSting diz que foi enganado e comprou uma propriedade vinícola da Toscana
ResponderExcluirhttps://www.decanter.com/wine-news/sting-says-he-was-duped-into-buying-tuscan-wine-estate-463646/
Mais um enoloide no mercado
ResponderExcluirAgora o eno..fiofo, ops digo enofilo pira!!
ResponderExcluir85 mil reais: vinho mais caro do mundo chegou no e-commerce brasileiro
Além de 6 garrafas do Domaine de La Romanée-Conti, o marketplace Wine Trader também está ofertando um exemplar do vinho do porto Dona Antônia Ferreira, datado de 1858.
https://exame.com/casual/85-mil-reais-vinho-mais-caro-do-mundo/
Não tem mais 6 garrafas, pois eu já peguei duas! Uma barganha!
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