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sexta-feira, 9 de agosto de 2019

DESÂNIMO - CHABLIS - DUKE



Desânimo

Li as duas últimas matérias que Dionísio publicou em B & B e quase chorei, de tanto rir, ao assistir os dois vídeos do ridículo sommelier.

Quando as risadas diminuíram e as lágrimas secaram, um terrível sentimento de impotência e frustração me invadiu: Come é possível que um sommelier, tão incapaz, incompetente, obtuso, receba convites para comandar degustações e ganhar, como ele próprio afirma, o “máster” da ABS?

Houve um tempo, quando comecei a escrever sobre vinhos, em que acreditei que poderia elevar o nível da crítica brasileira relatando minhas viagens, experiências, conhecimentos  

Hoje me sinto como um abobalhado e maltrapilho Don Quixote das taças tupiniquins

A crítica nacional continua amadora, ridícula, venal e sempre comandada por um pequeno exército, de despreparados profi$$ionais, que sobrevive mendigando as esmolas doadas por vinícola e importadoras.

Um cenário desanimador

Não conheço críticos, formadores de opinião, sommeliers etc. piores e despreparados do que os brasileiros

Exagero?

Você consegue imaginar um profissional, como o Valmir, trabalhando em um restaurante europeu? (Garanto que seria despedido duas horas depois da admissão …)

Ele não é o único.

É um exemplo concreto, um símbolo, um representante da maioria dos que
trabalham com vinho.

Não são todos incapazes, incompetentes, despreparados, mas os bons,
sérios, competentes, pagam o pato......

Mais uma coisinha: Se não são, totalmente, incompetentes, são, quase
 sempre, venais.

Quando o eno-desânimo e uma ponta de eno-depressão, aparecem, recorro sempre ao mesmo remédio: Uma bela garrafa e boa música.

CHABLIS

Há poucos dias, aceitando a indicação de Luciano e Fabio, responsáveis pelo
 “Bartô Express”, do Lago Sul, pedi uma garrafa de Chablis 1er Cru 2013,
 “Côte de Léchet”, da vinícola    “La Chablisienne” e dividi com amigos.

Gostei muito e, pelos razoáveis R$ 160, resolvi comprar algumas garrafas.

O “Côte de Léchet” é um Chablis com boa estrutura, muito elegante e equilibrado.

 No nariz revela aromas florais e cítricos.

Na boca, a mineralidade marcante se faz presente, mas sem prevalecer sobre o delicado frescor e o exuberante paladar.

Um longo final completa o prazer de beber este belo Chablis.

Grande vinho que custa, acredite se quiser e puder, os mesmos R$ 160 do “Guaspari Viogner Vista do Bosque”.

DUKE

Sentado, em uma cômoda poltrona e admirando o lindo pôr do sol, que é a
marca registrada do planalto central no mês de agosto, levei a taça ao nariz e em seguida bebi o primeiro gole.


A beleza do panorama, a qualidade do grande branco francês e a calma do 
entardecer dissiparam, vagarosamente e de minha mente as idiotices do Valmir.

 Quando já havia recuperado grande parte de minhas esperanças na eno-
comunidade brasileira, ouvi os primeiros acordes da orquestra de Duke
Ellington, interpretando “Where or When”’.
https://www.youtube.com/watch?v=tWLmxljQAUI

 Em um passe de mágica todos os eno-picaretas sumiram, meu sorriso voltou.
 A sonoridade, técnica e sofisticação, do sax tenor de Paul Gonsalves,
apagaram da minha mente os últimos resquícios de desânimo.

Bacco

5 comentários:

  1. Bacco,
    Que época foi essa compra?
    Acredito que os leitores do blog fizeram o preco aumentar dramaticamente após sua postagem..:)))
    No mínimo 250 dilmas por essa bottiglia!
    Abraços

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  2. Foi há uma semana . Hoje reservei mais uma garrafa , pelo mesmo preço e vamos secá-la lá no "Bartô

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  3. La Chablisienne...hahaha. Lembrei do Lopes, o "Homem do Vinho" e dono da Terroir, que o importava. Ótimos Chablis.

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  4. O guaspari poderia ser bebido apreciando créu velocidade 5....

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  5. Bebam vinho nacional:
    https://vinhocapital.com/2019/08/13/vinhos-da-serra-gaucha-tem-tres-vezes-mais-resveratrol-do-que-rotulos-sul-americanos-e-europeus/

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