Desânimo
Li as duas últimas matérias que Dionísio publicou em B & B
e quase chorei, de tanto rir, ao assistir os dois vídeos do ridículo sommelier.
Quando as risadas diminuíram e as lágrimas secaram, um
terrível sentimento de impotência e frustração me invadiu: Come é possível que um sommelier, tão incapaz,
incompetente, obtuso, receba convites para comandar degustações e ganhar, como
ele próprio afirma, o “máster” da ABS?
Houve
um tempo, quando comecei a escrever sobre vinhos, em que acreditei que poderia
elevar o nível da crítica brasileira relatando minhas viagens, experiências,
conhecimentos
Hoje
me sinto como um abobalhado e maltrapilho Don Quixote das taças tupiniquins
A
crítica nacional continua amadora, ridícula, venal e sempre comandada por um
pequeno exército, de despreparados profi$$ionais, que sobrevive mendigando as
esmolas doadas por vinícola e importadoras.
Um
cenário desanimador
Não conheço críticos, formadores de opinião,
sommeliers etc. piores e despreparados do que os brasileiros
Exagero?
Você consegue imaginar um profissional, como o
Valmir, trabalhando em um restaurante europeu? (Garanto que seria despedido duas horas depois da
admissão …)
Ele não é o único.
É um exemplo concreto, um símbolo, um
representante da maioria dos que
trabalham com vinho.
trabalham com vinho.
Não são todos incapazes, incompetentes,
despreparados, mas os bons,
sérios, competentes, pagam o pato......
sérios, competentes, pagam o pato......
Mais uma coisinha: Se não são, totalmente, incompetentes,
são, quase
sempre, venais.
sempre, venais.
Quando o eno-desânimo e uma ponta de eno-depressão, aparecem, recorro
sempre ao mesmo remédio: Uma bela garrafa e boa música.
CHABLIS
Há poucos dias, aceitando a indicação de
Luciano e Fabio, responsáveis pelo
“Bartô Express”, do Lago Sul, pedi uma
garrafa de Chablis 1er Cru 2013,
“Côte de Léchet”, da vinícola “La
Chablisienne” e dividi com amigos.
Gostei muito e, pelos razoáveis R$ 160, resolvi
comprar algumas garrafas.
O “Côte de Léchet” é um Chablis com boa estrutura, muito elegante e equilibrado.
No nariz
revela aromas florais e cítricos.
Na boca, a mineralidade marcante se faz presente,
mas sem prevalecer sobre o delicado frescor e o exuberante paladar.
Um longo final completa o prazer de beber este
belo Chablis.
Grande vinho que
custa, acredite se quiser e puder, os mesmos R$ 160 do “Guaspari Viogner Vista
do Bosque”.
DUKE
Sentado, em uma cômoda poltrona e admirando o
lindo pôr do sol, que é a
marca registrada do planalto central no mês de
agosto, levei a taça ao nariz e em seguida bebi o primeiro gole.
A beleza do panorama, a qualidade do grande
branco francês e a calma do
entardecer dissiparam, vagarosamente e de minha mente as idiotices do Valmir.
entardecer dissiparam, vagarosamente e de minha mente as idiotices do Valmir.
Quando
já havia recuperado grande parte de minhas esperanças na eno-
comunidade brasileira, ouvi os primeiros acordes da orquestra de Duke
Ellington, interpretando “Where or When”’.
https://www.youtube.com/watch?v=tWLmxljQAUIcomunidade brasileira, ouvi os primeiros acordes da orquestra de Duke
Ellington, interpretando “Where or When”’.
Em um
passe de mágica todos os eno-picaretas sumiram, meu sorriso voltou.
A
sonoridade, técnica e sofisticação, do sax tenor de Paul Gonsalves,
apagaram da
minha mente os últimos resquícios de desânimo.
Bacco
Bacco,
ResponderExcluirQue época foi essa compra?
Acredito que os leitores do blog fizeram o preco aumentar dramaticamente após sua postagem..:)))
No mínimo 250 dilmas por essa bottiglia!
Abraços
Foi há uma semana . Hoje reservei mais uma garrafa , pelo mesmo preço e vamos secá-la lá no "Bartô
ResponderExcluirLa Chablisienne...hahaha. Lembrei do Lopes, o "Homem do Vinho" e dono da Terroir, que o importava. Ótimos Chablis.
ResponderExcluirO guaspari poderia ser bebido apreciando créu velocidade 5....
ResponderExcluirBebam vinho nacional:
ResponderExcluirhttps://vinhocapital.com/2019/08/13/vinhos-da-serra-gaucha-tem-tres-vezes-mais-resveratrol-do-que-rotulos-sul-americanos-e-europeus/