Li com atenção e espanto a matéria “Miolo Mole “do Dionísio.
A atenção é sempre necessária para poder “digerir” as matérias
do parceiro e a o espanto, como sempre, provêm dos preços praticados pelos
produtores-predadores de vinhos nacionais.
As previsões otimistas e quase ufanistas, do Diego Arrebola,
dificilmente se realizarão: O Brasil continuará sendo um pais de cervejeiros e
cachaceiros.
E por falar em cachaça seria de interessante que os nossos produtores
de vinhos aprendessem com fabricantes de pinga como exportar.
Motivo?
Nunca encontrei uma garrafa de vinho nacional na Itália, mas todos
os bares da Bota ostentam, em suas prateleiras, “Nega Fulô”, “51”, “Ypióca”,
“Velho Barreiro” etc.
Voltemos aos quase-vinhos.
Na Itália o consumo per capita é de aproximadamente 38
litros/ano (em Portugal é de 45 litros/ano) ou
seja 20 vezes mais do que bebe o brasileiro.
O Brasileiro detesta vinho?
Não o brasileiro adoraria beber vinho, se pudesse....
A primeira dificuldade: 80% da produção continua sendo
realizada com uvas não viníferas e o resultado são vinhos “che fanno cagare”
(que fazem cagar)
A segunda: O preço irreal e indecente.
Uma pequena amostra, do porquê do alto consumo na Itália, que
causará espanto e inveja.
Nas gôndolas dos supermercados italianos há centenas de
etiquetas expostas.
Há de tudo.
Vinhos baratos de 2-3 Euros, vinhos médios de 5-8 Euros,
vinhos caros de 15-30 Euros e até etiquetas de 100-150 Euros (Dom Perignon,
Crystal, Sassicaia, Monfortino etc.
Além da grande variedade e dos preços razoáveis, o consumidor
italiano não precisa ter uma vasta adega: As lojas estocam para ele.
Passando pelas gondolas de vinho do supermercado “Ipercoop”
uma promoção de Champagne chamou minha atenção: Champagne 1er Cru “Joseph Cuvelier”
12,45 Euros.
Há pouco mais de um mês havia comprado, no mencionado
supermercado, algumas garrafas do mesmo de Champagne por 24,90 Euros.
Algumas informações.
A vinícola Pierson-Cuvelier, localizada em Louvois, bem no
coração da Montagne de Reims, possui 8 hectares e produz somente Champagne 1er
Cru e Grand Cru.
E bom salientar que a Maison existe deste 1901, continua com
os mesmos 8 hectares, produz e vende um ótimo produto por preços mais que
justos.
O segredo? Concorrência
O supermercado deve ter promovido o “Joseph Cuvelier”, pelo preço
de custo, para a felicidade dos consumidores, como eu, que levaram para casa
ótimas garrafas por pouco mais de R$ 50.
Enquanto isso os predadores gaúchos nem ruborizam de vergonha
quando vendem o “segundo melhor espumante do mundo” (deles...) por R$
100-150-300 ou R$ 800.
Pois é, caro Arrebola......
Sabe quando o brasileiro se tornará um grande consumidor de
vinho?
Bacco
Umpaiz pobre, de mau gosto e a essa altura creio que ate o codigo genetico esteja comprometido. Homos bananicos he uma realidade. Somos uma vergonha.
ResponderExcluirO querido Diego Rebola vai continuar bem empregado e sendo assediado por puxa-sacos (imagina o nivel) que querem uma palavra do mestre (olha a desgraca, sai Tropeço e entre Rebola, o banco do time esta otimo, nunca fica vazio) para vender mais os quasi-vinhos.
Como cantava Raul...he muita estrela para pouca constelação.
Continuaremos a tomar e comer o que ha de mais fraco em qualidade. A consumir carros que nem a tata motors sonharia em fazer para crash test, a comprar roupas caras feitas por bolivianos escravos no bom retiro, a tomar cafe com palha moida e queimada, a pagar por travesti ao inves de mulher. Eu sempre penso num traveco. Ra....
Valeu por estragar meu dia, peste. Auguri.
Disponha. Somos estragadores mestres kkkkk
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