Com muita freqüência leio matérias, comentários, elogios e
tudo mais, sobre a Pinot Noir, mas raríssimas vezes, no patético mundo vinícola
brasileiro, encontro algo informativo, sério, didático, sobre a nobre casta.
Semana passada, percorrendo a extraordinária gôndola de vinhos
do supermercado "Esselunga", encontrei, em promoção, algumas garrafas
de Pinot Bianco da vinícola Mario Schiopetto.
Falar de Schiopetto é falar de Friuli.
O Pinot Bianco da
Schiopetto, que nasce em Capriva Del Friuli, há poucos quilômetros da Eslovênia,
honra a tradição vinícola da região.
Mas vamos falar um pouco de Pinot.
O principal e ancestral da Pinot Blanc é, sem duvidas, a Pinot Noir.
A "Pinot Noir", casta
originária da Borgonha, já era cultivada há mais de 2000 anos antes, até, da
colonização romana.
Casta delicada e sujeita às mutações, deu origem, através dos séculos,
à suas diretas descendentes: Pinot Gris,
Pinot Blanc, Pinot Meunier.
Todas as tipologias da Pinot preferem climas frios, condições
climáticas constantes e sem mudanças repentinas de temperatura
Na França, seu berço, onde melhor adaptada e é mais bem interpretada,
doa vinhos insuperáveis na Borgonha, Alsácia e Champagne.
A Pinot Blanc, durante muito tempo, foi confundida, por suas
características e semelhanças, com a Chardonnay, mas hoje a dúvida já não
existe.
A pátria dos melhores vinhos desta casta é, sem sombra de duvidas,
a Alsácia.
Nesta região francesa é produzido o ótimo "Gros
Pinot Blanc".
A Pinot Blanc é cultivada em todos os continentes com
resultados não mais que razoáveis.
Razoáveis até quando começará a ser vinificada pelo Dani-dos-mil-nomes,
agora em seu "new Look" PAVÂO-BMW-320! .
Nosso PAVÃO-BMW-320i conseguirá, certamente, produzir o "Piúlia" (Pinot-Fúvia) bem superior
ao "Gros Pinot Blanc" alsaciano (risos, risos, risos, risos.....
Parem, por favor)
Os Pinot Blanc italianos nunca me entusiasmaram, mas, como
salientei no começo da matéria, a promoção da "Esselunga" me seduziu
e comprei algumas garrafas por 12,50 Euros.
Dinheiro bem gasto.
O Pinot Bianco da Schiopetto, de rara elegância tanto no nariz
quanto na boca, revela muito frescor, boa acidez e uma razoável estrutura.
O Pinot Bianco da Schiopetto é um perigo..... Impossível parar
na primeira taça.
Fácil de beber como aperitivo, acompanha, maravilhosamente, peixes finos e delicados.
Com o consentimento do proprietário do ótimo restaurante "L'Approdo"
, de Santa Margherita, levei minha última garrafa de Pinot Bianco da Schiopetto
para acompanhar o melhor prato da casa (um dos melhores já provados): Linguado
à Belle Meunière.
Grande vinho, ótimo peixe.
Pinot Bianco Schiopetto: recomendo com entusiasmo
Há momentos em que a vida não é uma merda....
Bacco
Gosto muito dos vinhos de Schiopetto. E dos alsacianos, nem se fala. Fico me perguntando: Por que tanta gente insiste em Chardonnay californiano e outros tantos brancos pesadões do novo mundo, quando se tem Alsácia, Friuli, Loire?
ResponderExcluir[]s,
Charles
nao acho que tanta gente insiste. a producao de california e os tais pesadoes supera em muito alsacia, friuli, loire. e as mega empresas por tras dos pesadoes tem muito mais poder de exportacao, marketing, pressao, etc etc que os brancos mais delicados, caros e raros. imagino quanta coisa boa jamais tomaremos porque nunca saem de onde sao produzidos.
Excluirmelhor para nos que muita gente toma pesadoes. ou voce queria que todo mundo tivesse bom gosto e bom bolso? vamos torcer para a china produzir muito vinho e vender tudo por la mesmo.
sds.
Perfeito, JR! Concordo em tudo. E torço para que os caras continuem com os pesadões e não encontrem os outros. Imagina quando os chineses se derem conta da qualidade e preços (quase sempre justos) dos vinhos do Loire, Friuli, Alsácia, Oregon? Estaremos ferrados. Espero que continuem apenas amando (e inflacionando ainda mais) os Bordeaux.
ExcluirSds