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sábado, 14 de março de 2015

HENNESSY ON THE ROCKS


 


Segunda feira!

 Tarde cinzenta, chuvosa, chata como, quase sempre, são   as segundas feiras.

“Vamos tomar uma garrafa despedida?”

Um convite, do amigo Beto, irrecusável.

“Vamos no Piantas (antiga Expand)”.

Com passagem marcada para Chiavari, para sexta-feira, a despedida se fazia necessária.

Bebericando um Chablis, mais que deplorável, já estava pensando em fugir do Piantas para abrir uma garrafa decente em minha casa.

Antes, que eu pudesse fazer o convite, um telefonema.

Beto atendeu, desligou e sorrindo, de orelha a orelha, disse: “O Daniel está chegando com o presidente da Moet Hennessy. Aí vem coisa boa....”

O Daniel, outro amigo, é proprietário da “Superadega” e com alguma frequência nos acompanha nas libações.

A “Superadega” é o maior revendedor de vinhos de Brasília e Daniel, logicamente, conhece todos os mais importantes produtores e importadores de vinho.
 

O senhor Davide Marcovitch, simpático, elétrico e sempre sorridente, (parece com Danny De Vito), em poucos segundo, após as apresentações, tomou conta da nossa mesa e quase não nos deixou respirar: O homem é um furacão!

Sem delongas perguntou qual vinho da Moet-Hennessy havia na casa e mandou abrir um “Cheval des Andes”.
 

Por ter sido apresentado como conhecedor de vinhos (Bacco-Beato-Salu-argh) fui escalado para provar o vinho.

Em minha próxima matéria escreverei sobre o “Cheval des Andes”.

O senhor Marcovitch me revelou coisas interessantes:

A produção de garrafas de Champagne da Moet Hennessy gira em torno de 65 milhões de garrafas/ano.

 Seu maior cliente de “Dom Perignon” (América Latina, Caribe, Canadá, África e Oriente Médio) é Dubai.

 Dubai importa, somente da etiqueta Dom Perignon, a beleza de 165.000 garrafas por ano.
 

Argumentei que os muçulmanos são proibidos de consumir álcool e não entendia tamanho exagero no número de Dom Perignon.

“Os ricos da região vão para Dubai e enchem a cara nos hotéis e além disso a Emirates, em seus aviões, serve Dom Perignon”.

Tá explicado......

O presidente da Moet-Hennessy acredita que o único vinho brasileiro, com bom potencial, é o espumante.

A meta da Chandon é passar de 3 para 8 milhões unidades/ano.

Cifra bastante otimista, mas difícil de alcançar, creio.

Concordamos mais do que discordamos (ele jurou que o processo Charmat sai mais caro do que do tradicional devido ao alto custo dos recipientes de inox. Eu não quis argumentar, mas continuo achando exatamente o contrário).

Depois de ter bebido dois dedos de “Cheval des Andes” já estava aprontando minha retirada quando fui surpreendido com o novo pedido de Davide: Uma garrafa de Cognac XO Henessy!
 

Eu pensei “Agora vai ser um porre geral....”.

A surpresa continuou quando o garçom apareceu com as taças cheias de gelo.

“Vocês já provaram “Cognac on The Rocks”? Já sei, já sei.... Acham que beber o XO com gelo é uma heresia, mas provem e depois julguem”.

Quem quiser me queimar em uma fogueira, como um medieval herege, que acenda o fogo, mas, de hoje em diante, nos dias quentes e quem sabe, também, nos frios, somente beberei Cognac com gelo.

A garrafa de Hennessy XO foi esvazianda rapidamente e a alegria aumentando na mesma velocidade.
 

  Cognac com gelo?

Uma unanimidade: SENSACIONAL!

Provem e depois comentem.

Bacco

10 comentários:

  1. O Cheval des Andes é um vinho medíocre. Não vale, aliás como a maioria dos vinhos mais caros da América do Sul, nem 20% do preço cobrado.

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  2. Bacco,

    na hora em que li que o Cheval des Andes fazia parte do programa, pensei "lá vem bomba...". pelo visto, não estou enganado.

    mudando de assunto, quando sai aquele post do seu papo com o Jorge Lucki e o Martinelli?

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    1. Logo. Vai ser uma boa matéria.O Cheval de Andes é uma ....

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    2. O cheval de andes é uma ...., voce quer dizer é mais uma .........

      Quantos vinhos pavorosos, horriveis, ruins, malfeitos ha aos montes por ai? So que esse custa mais caro ainda pelo desprazer.

      Eca.

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  3. Mal revelaram sua identidade já tá tomando todas como os pobres mortais?

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    1. Em Brasilia nem deputado e senador tomam um goroh na segunda. Tambem nunca estao la. Boa essa.



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  4. Topico mais quente que os depositos escondidos pela lava a jato: Como beber cognac. A internet em outras linguas ferve nisso e nao ha um veredito final a maneira ideal de como se bebe um cognac.

    Nao tendo que dar o toba, o negocio é experimentar de tudo mesmo. Deixar preconceito para outras areas.

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  5. Esse é o.mundo do vinho no Brasil ! Se fosse as cegas na viagem de graça no Piemonte seria ótimo! Não que o vinho seja bom mas elogia-se e crtica-se ao sabor das conveniências !

    http://m.cbn.globoradio.globo.com/comentaristas/jorge-lucki/2015/03/19/VINHOS-DE-GOIAS-VALEM-A-PENA.htm

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    1. Não vi nada de errado com a opinião do Lucki. Eu já provei esses vinhos feitos em Goiás e também não gostei. Duvido que o Lucki mudasse a sua opinião por conveniência. O cara conhece de vinho e é bastante honesto.

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