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quarta-feira, 4 de março de 2015

A LISTA COM 24.000 PREDADORES



Estranho país, o Brasil....

Na Itália, no mais esquálido boteco, ou no mais refinado bar, o “espresso”, definição tipicamente italiana de café, custa 1 ou 1,10 Euros.

O italiano é tradicionalista por excelência.
 
 

 Seu café da manhã, quase sempre tomado no mesmo bar, é composto por um “cappuccino”, ou “espresso” e um croissant.

O “cappuccino “custa, em todos os locais, 1,20, o café 1,00 e o croissant 1,00 Euro.
 

Parecem produtos tabelados.

O bar que ousar aumentar os preços, em apenas 10 centavos, em seis meses fecha suas portas.

O preço do “espresso”, na Itália, é mais uma prova que a monótona cantilena “o vinho nacional é caro por causa do acumulo de impostos” é uma balela.

O café e o vinho são caros no Brasil porque há um apetite exagerado pelo lucro: quanto mais rápido, melhor (ontem, se possível....)
 

O vinho nacional é caro porque está na mão de meia dúzia de predadores, de muitos picaretas, de vários arrivistas (fotógrafos, químicos, ceramistas etc.).

Os nossos produtores vinícolas, apoiados por críticos venai$, incompetentes e coniventes, cria falsos mitos de excelência enológica que são usados para elevar preços.

Lembram daquela palhaçada que, repetida “ad nauseam”, quase vira uma verdade “goebbeliana”?

Aquela que elegia o espumante nacional como o segundo melhor do mundo?
 

Pois é, agora não é mais o espumante o fenômeno enológico brasileiro.

 Nossos crítico$ (Ed Motta, Esper Charcur, Bilu Didu Teteia etc.)  Elegeram um certo Pinot Noir gaúcho, que humilha os primos da Borgonha, como o novo fenômeno vinícola brasileiro…enquanto isso os preços.........

Voltemos ao café.
 

O preço do café expresso, no Brasil, é outra esculhambação total.

Em Brasília, capital da esculhambação total, é possível encontrar, em um único shopping, cafeterias que vendem expresso por R$ 3 - 3,50 - 4,50 - 5,00 e até por R$ 6,00.

Por quê?

O café (matéria prima) da loja X é mais caro do que aquele da loja Y?

Custa o dobro?

Como pode um café, de um boteco infecto do Setor Comercial Sul de Brasília, custar mais do que um “espresso” tomado no “Café Torino “em Torino?
 

A Itália importa o melhor café do Brasil, Colômbia, Honduras, Costa Rica etc. e o expresso custa menos do que no Brasil?

Deve haver algum tipo de anestésico imbecilizante na água que, ao ser consumida, transforma as pessoas em incuráveis “zumbimbecis” (zumbi imbecis).
 

Os “zumbimbecis” são facilmente identificáveis:   acham normalíssimo pagar R$ 37,79 por um Chardonnay do Miolo mesmo vendo que na gondola, ao lado, há um importado francês por R$ 35,09.

O “zumbimbecil” acredita que o Chardonnay da Miolo é mais caro porque é melhor.

O “zumbimbecil”, também, não se “emputece” com escandalosos R$ 6,00 cobrados por um café: paga e não chia.

Enquanto isso..... o francês compra o Chardonnay PH BOUCHARD por 3 Euros e Bacco toma seu “espresso” no mítico “Bar Defilla” por um único Euro.

 Nós ficamos aguardando a lista do Janot com os 24.000 nomes dos predadores nacionais.

Dionísio

5 comentários:

  1. Ola, Di.

    Da serie pitacos que nao foram pedidos e sao dados assim mesmo:

    O cafe sai do brasil e de outros paises a precos ridiculos para os que fazem a torra e distribuicao na europa. Sao sempre comprados verdes. Lembrar que os produtores de cafe verde sao paises ex-quase-colonias. Assim com ex-presidentes que continuam a reter o mesmo status.

    No Bananal a coisa melhora ate mais para compradores porque os produtos sao desonerados de impostos na saida. Toda multinacional (de origem alem mar) compra a bagaca verde a preco tranquilo, processa e destribui dentro da europa e quando nao muito, traz de volta o bicho com valor bem maior por peso.

    Aqui digo que ha predadores nessas bandas de todas nacionalidades. Nomear somente o cara ''nato a brasile" nao seria 100% verdadeiro. Essepaiz he pilhado por todos desde 1500. Talvez os japas que vieram para ca alem de alemaes foram os unicos que vieram e botaram a mao na massa mesmo. Ou enxada.

    A outra parte que forma os custos (sao varios componentes): Os custos TRABALHISTAS na europa podem ser reduzidos. Eu duvido que o garcom que serve o cafe de €1.10 a bacco leve mais que € 700.00 mes para casa. E la eles podem ter o salario reduzido como parte de reducao de despesas durante os tempos bicudos.

    Aqui TODO ano o salario he aumentado por conta de um tal de dissidio de sindicato. As vendas cairam? O lucro caiu? Que se dane, tem que dar aumento por conta do sindicato e tem que subir tambem o vale transporte, o vale coxinha, o vale supermercado.

    Custo do ponto? Sobe todo ano de acordo com IPCA ou IGPM. Nao esta contente? Paga multa e vaza. Que tal pagar luvas e sei la o que mais?

    Entao temos uma cadeia formadora de custos que tem bovinos no cabresto do comeco ao fim. Amarrados pela inanicao intelectual, burocratica ou da lei tanto produtores e consumidores nao reagem a qualidade e custo do produto final nem ao preco e condicoes oferecidas no comeco de tudo. Ah, ainda tem o comprador no meio do caminho que se acha no direito de leiloar o trabalho dele (vai tudo isso para o custo).

    Tudo isso somado a (agora sim) a famosa fome de predador e temos a receita perfeita: Um pais caro, pobre, com consumidores e produtores descontentes (porque sao burros e nao reagem, porque nao podem ou porque sao ignorantes e o ciclo nao termina nunca).

    Somos anoes intelectuais, como comerciantes, como legisladores, com administradores. Nem leoes somos como predadores (um animal que ate usa etica na caza). Somos hienas pateticas.

    E tudo isso tem um culpado: FHC, secondo me (rimou, RA!).

    Auguri, bastardi!

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    1. Que há predadores de outras nacionalidades atuando em Bananória é correto o que não é correto , por exemplo é o salário do rapaz que me serve café . O mínimo que o rapaz ganha passa dos 800 Euros , mas custa ao patrão, lá também , o dobro. Seria bom lembrar que o kg de café custa , por aquelas bandas , algo entre 50 - 55 Euros. Grazie per il "bastardo"
      Bacco

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  2. Realmente vc se supera os "“zumbimbecis foi de mais !!!

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  3. Lendo o texto deste blog, mais uma vez senti saudades do meu tempo de estudante em Turim em que tomava um ristretto ou macchiato a preço justo. E o que falar dos preços dos happy hours em Turim ou Milão onde se paga por um drink e se serve de uma variedade de coisas para "petiscar"? Aqui na Banania paga-se "os tubos" para sentar em um bar com cadeira de "prasticu" para beber este "mijo" que nós, bananenses, chamamos de cerveja com "batata plastificada" frita. E se a pessoa ousar em ir a um bar decente e beber "uns bons drink" sai falido. Um adendo: quem reclama dos custos na Banania se surpreenderia com os italianos, além da burocracia infernal. Sem falar que mais ao sul ainda paga-se o pizzo... Mannaggia !!!

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