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segunda-feira, 30 de março de 2015

GRAND CRU WIEBELSBERG


 


Um caro amigo, que já passeou comigo pelo Piemonte, pediu, recentemente, algumas dicas da Alsácia.

As minhas visitas à região francesa (4) não me permitem posar de expert e nem de guia.

No Piemonte, Ligúria, Toscana, Borgonha posso revelar lugares e locais exclusivo, mas não seria honesto “cantar de galo” na Alsácia, por essa razão indiquei a releitura das matérias que escrevi sobre a região francesa.

 
 
A “consulta” do amigo, porém, despertou e aguçou o desejo de rever a Alsácia, seus lindos vinhedos e suas floridas e incomparáveis aldeias.

Na impossibilidade, lembrei que na minha pequena adega algumas garrafas de Riesling, tranquilamente, repousavam desde minha última viagem em 2014.

Uma rápida conferida e encontrei uma garrafa Magnum Grand Cru Kanzlerberg 2009 da Sylvie Spilmann (veja matéria mais antiga) e duas de 0,75ml do Grand Cru Wiebelsberg 2008 de Marc Kreydenweiss.
 

As vinícolas foram recomendadas, como sempre, por Stéphanie Bléger, a experiente sommelier e proprietária do ótimo restaurante “Le Meisenberg” em Châtenois.

As preciosas dicas, que Stéphanie repassa há anos, sempre foram muito válidas.

Uma pequena pausa para reflexão......
 

Não sei e nem me interessa saber, se a “Wine-Cascateitor” ou o Parker escrevem ou pontuam vinhos alsacianos, mas tenho certeza que Stéphanie, nascida na estupenda aldeia de Bergheim, trabalhando com vinhos desde sempre, é muito mais experiente e confiável do que qualquer “pontuador” americano.

A tática é sempre a mesma: Procuro um bom restaurante, peço a comida e delego a escolha do vinho ao sommelier, proprietário ou garçom.

Quando e se o vinho me agrada, na qualidade e no preço, no final do almoço ou jantar, elogio a escolha do vinho e sempre pergunto; “O vinho me agradou muito e gostaria de agradecer a escolha. Sou um grande admirador dos vinhos locais e aproveitando sua experiência e conhecimento, pediria o endereço de alguns de seus produtores preferidos”.
 

É vaselina pra todos os lados, mas, creiam, funciona.

Funciona mais do que uma dúzia de Parkers e duas dúzias de “Wine-Speculeitor”.

Voltemos ao Grand Cru Wiebelsberg....

Abri a garrafa e quase fiquei petrificado.

Que vinho era aquele?????

Levei a taça ao nariz e quase não acreditei em tantos aromas florais, cítricos e outras frutas que não ouso mencionar para não parecer um de nossos pretenciosos “sommerdiers”.

Na boca a surpresa foi maior!

Redondo, potente, mas ao mesmo tempo fino e elegante, o Riesling, com toda sua mineralidade, permanece na boca quase interminável.

Um grande vinho!
 

 Um dos melhores Riesling já bebidos.

Encontrar e ser atendido na vinícola Kreydenweiss, em Andlau, não é tarefa fácil nem barata, mas os vinhos, lá produzidos, valem o esforço e o preço.

Consultando minha agenda (a maior zona já vista....) encontrei o preço pago pelo Grand Cru Wiebelsberg 2008: 18,50 Euros.
 

A vinícola Kreydenweiss produz, anualmente, pouco mais de 7.000 garrafas do Grand Cru Wiebelsberg e não são fáceis de encontrar.

Sem poder oferecer mais dicas da Alsácia, ao amigo Ado, aproveito apara indicar com entusiasmo uns soberbos Riesling Alsaciano.

Salute!

5 comentários:

  1. Os vinhos deste produtor eram importados para o Brasil pela World Wine. Mas parece que agora vão parar de importá-los. Aliás, parece que isso acontece com muitos vinhos diferenciados. Poucos compram e a importadora pára de trazer. É uma pena, pois concordo com você que é um grande vinho.
    Salu2

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  2. Esta sendo ofertado um curso com o professor francês de vinhos Ronan Kerrest ! Alguem o conhece e poderia me dizer se vale a pena ?

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  3. Acho que não! Vai ser no Daniel briand na asa norte

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    Respostas
    1. Se o cara é francês como pode ministrar curso em português? Tá cheirando picaretagem. Mais uma.

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